— O que faz aqui? – Mia tratou logo de perguntar ajeitando sua mochila nas costas
— Seu pai me pediu para vir busca-la – Conrado se aproximou de Mia ignorando os olhares femininos sob ele
— Ate parece que irei com você, tenho um carro, achou que meu salário de empregada fosse pouco? - Fez questão de alfinetá-lo
— Não quero discutir. Por que toda essa gente esta me olhando assim?
— Não sei quem sabe, talvez seja esse sotaque de gazela russa – Mia desistiu de procurar sua chave já decidida a chamar um taxi
— Ei, para onde você esta indo? espere por mim... — Conrado gritou andando atrás da mulher, o homem foi abordado por três moças, uma delas ruiva que o mediu de cima a baixo, olhou para suas amigas com um pensamento: É rico.
— Olá, estava a lhe observar e... Você é solteiro? – A ruiva pergunta na cara de pau
O russo viu Mia virar para ele parando com os braços cruzados enquanto o observava, a de marinho queria saber se Conrado daria abertura para aquelas interesseiras
— Me desculpe, mas minha vida pessoal não lhe diz respeito – Foi breve, ele estava com pressa. As meninas riram de sua amiga ruiva que tinha o rosto vermelho, Conrado não soubera distinguir se era de raiva ou vergonha, mas isso também não importava para ele.
— Que isso boy, um homem tão charmoso quanto você não deveria tratar uma dama assim como eu mal. – A Ruiva a qual o nome era Barbara falou se esquivando para frente ficando a centímetros de Conrado. Barbara fazia um barulho irritante com sua boca ao mascar chiclete. Conrado tentou evitar olhar para seus lábios para não ficar com náusea, era tanta baba que se a moça chegasse mais perto dele provavelmente cairia no russo.
— Olha, não quero ser grosseiro, mas se você não se afastar... – é interrompido por uma Mia sem paciência que chega puxando o braço de Conrado
— Desculpa interromper sua conversa com essas... – Olhou para as três jovens que fecharam a cara logo que a Mia apareceu. A negra se segurou para não insultar aquelas mulheres — Enfim, ele não esta interessado em vocês, beijos de luz.
Mia puxou Conrado para longe de Barbara e suas seguidoras que pareciam mais umas caçadoras de machos ricos.
— Vai com calma, assim você vai me derrubar – Reclamou o homem forçando Mia parar.
— Vem gazela, não estou com paciência.
— Gazela? – Franziu o cenho notando que ela já tinha o chamado assim
— Sim, aqueles animais com canelas longas e finas que saltitam por aí – Explicou a moça revirando os olhos.
— Eu sei o que é gazela, só não consigo compreender o porque de me chamar assim – O homem andou pelo estacionamento indo ate o carro que agora estava do outro lado, pois Mia tinha o afastado do automóvel.
— Conrado se aquiete que hoje não estou boa, tudo que tem de saber que esse é seu apelido
— Como falei antes, não quero discutir. E eu não sou uma gazela, você tem manias de dar apelidos estranhos nas pessoas, Green Bear, Gazela – Conrado citou pegando sua chave do bolso e abrindo a porta do carro.
— Russa – Mia completou
— Como? – Abriu a porta para que ela pudesse entrar, a jovem estranhou seu ato de cavalheirismo, já que tinha pensado que o mesmo era um mal educado, isso sem ao menos o conhecer.
— Gazela Russa, seu apelido não é apenas Gazela – Mia se sentou sentindo algo estranho se remexeu no banco tirando um buque de tulipas amarelas completamente amassadas de baixo de si.
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Contradições do Amor
Storie d'amoreMia, uma mulher determinada que luta por aquilo que quer; se ver em uma contradição entre aceitar continuar a morar com seus pais, ou sair de casa para alcançar sua independência. Mia é mal vista pela sociedade que a olha feio por ser negra e ter pa...