MIA
Depois que destruí o anel com o tridente, fiz a mesma coisa com o diadema. Deu uma dorzinha no meu coração... Não sou muito fã de moda, mas aquele diadema era lindo!
Aparatamos perto de uma caverna. Eu já disse o tanto que eu odeio aparatar? Harry entrou e falou algumas palavras. Não entendi nada! Continuamos andando.
- Bem, é aqui - disse o filho de Lílian - quem vai querer se cortar?
- Pode ser eu - disse Sirius - me empresta sua adaga, Mia?
- Acho melhor não. Ela é feita de um material diferente. Então vai doer bem mais que um corte normal.
- Mas nós não temos outra coisa. - o pulguento me respondeu - Vai ter que ser ela.
Dei uma rápida olhada para meu irmão. O bronze celestial doía mais que um corte comum. Sei disso por experiência própria. Mas Sirius estava certo. Nós não tínhamos outra coisa... Transformei minha pulseira em um punhal. Sei o que vocês devem estar pensando: Mia, isto é uma espada, uma lança, uma adaga ou um punhal?
A resposta é: Todos eles. Minha pulseira é encantada para ser a arma que eu quero. Obrigada as minhas amigas do chalé de Hecate!
Quando o bronze entrou em contato com a pele do grifinório, ele gemeu de dor. O sangue escorreu e pingou na parede, que logo se abriu. Isto era incrivelmente assustador...
Lá dentro era totalmente negro. A não ser por uma luz verde fantasmagórica no centro da caverna. Ok, isso dava um pouco de medo.
-Espera - Harry disse do nada - Temos que decidir quem vai beber o líquido para pegarmos a horcrux. O barco só dá para três de nós e lá na frente é estreito.
Todos se voluntariaram.- Harry... Você disse que quando você e Dumbledore estavam aqui quando ele tentou beber água depois de pegar o medalhão a água fugia dele, né? - perguntei só para ter certeza. O Potter mais novo assentiu - Vai ter que ser um de nós dois - disse para Percy - temos mais chance de conseguirmos beber água sem ter que pegar do lago.
- Ok. Então eu vou. - meu irmão disse.
- De jeito nem um! - protestei
- Você realmente acha que eu vou deixar minha irmã mais nova beber daquele troço que nós nem sabemos o que é? - ai... O defeito fatal dos filhos de Poseidon... - Eu vou, Mia.
- Claro! - disse irônica - Porque qualquer das minhas memórias é bem pior que cair no Tártaro, ver a mãe e os amigos morrerem bem na sua frente, Silena, Charles, Luke, Leo, Zöe, Bianca... Fala sério, Percy! Você vai desmoronar no primeiro gole!
- E se eu te deixar beber vou ter que adicionar ver minha irmã sofrer na minha lista de piores momentos da vida!
- Você sabe que eu não vou mudar de ideia. Vai ser por bem ou por mal? - ele sabia do que eu estava falando. O charme.
- Ok - ele cedeu furioso - Mas eu vou com você!
Dei um sorriso discreto. Não por ter vencido a discussão, mas por ter meu irmão perto de mim. Ele era praticamente a minha única família...
- Vamos então - falou Harry
Estávamos andando. Harry tinha razão, era realmente estreito.
- Merda! - praguejou o bruxo - Esqueci o feitiço que Dumbledore usou para puxar o barco!
- Deixe comigo - falou Percy. Segundos depois um barco pequeno estava na nossa frente.
- Mas de quem vocês são filhos afinal?
- Eu e Mia somos de Poseidon. Annabeth é de Atena. Agora vamos logo. Quero acabar com isso o mais rápido possível...
Entramos no barco e ele se moveu assim que embarcamos. O Jackson deve ter percebido meu nervosismo, porque segurou minha mão e sorriu pra mim. Era uma forma de dizer que tudo iria ficar bem.
- Chegamos. Lembre-se, quando começar a tomar aquele trem, vai ter que ir até o final.
Comecei a me arrepender. Não tinha caído no Tártaro, ou presenciado o assassinato de meus pais, mas minha vida não foi um mar de rosas. Eu tinha meus fantasmas.
Tentei parecer o mais confiante o possível ao pegar a taça e encher com aquele líquido estranho. Respirei fundo. 1... 2... 3. Não posso voltar atrás agora. Tomei.
Comecei a ver alguns flashes do meu pai tendo ataques de raiva no último ano sendo Poseidon/Netuno. Até que não era tão ruim quanto Harry havia descrevido...
- Está tudo bem, maninho. - disse para Percy - Pode parar de olhar para mim como se eu fosse morrer a qualquer momento.
Tomei outra vez. Mais flashes. Mas estes agora estavam um pouco diferentes. Além de serem um pouco mais longos, eu via a batalha que meu pai teve com Oceanus, e não a crise de bipolaridade. Tomei mais uma vez. Na terceira pude ver as mortes da batalha marinha com mais clareza. Tomei mais uma vez, quem sabe assim não mudaria a memória? E mudou. Mas não foi para melhor. Me lembrava com clareza o que tinha acontecido para meus tios morrerem:
- Você vai nesta missão para mim. - dizia um Zeus furioso para mim. Eu tinha apenas nove anos na época.
- Não. Não vou. - acho que não mudei muito no quesito obedecer ordens. - É suicídio! Não vou pegar o arco de Apolo só porque você quer!
- Eu sou o rei! Você tem que me obedecer!
- Mande outra pessoa!
- Você se recusa a fazer o que eu mando, não é garotinha?
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Harry Potter, Percy Jackson e um Vira Tempo
FanfictionO que aconteceria se os bruxos se encontrassem com os meio-sangues? E se eles fossem para o passado? E se no passado surgisse uma missão? Em um dia "normal" o mundo de Harry Potter cruza com o mundo de Percy Jackson. O que pode acontecer quando brux...