Capitulo Vinte e Quatro

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          Ashley Angels

       Vampiros tem ótimas casas, isso eu devia reconhecer.
      Assim que o sol se pôs, e o vampiro pôde andar conosco, pegamos um carro "emprestado" e continuamos viagem.
      Ele dirigia, pois sabia melhor o caminho. Fui no carona, e Penny e James foram atrás, quietos.
      Assim que adentramos os jardins da enorme mansão dos Potter, um pequeno comboio veio nos receber.
     Melinda era a Anciã, e estava na frente, como deveria. Vladimir estava ao seu lado, a expressão impassível demais. Alguns outros vampiros estavam mais atrás, provavelmente como segurança.
— Covardes — murmurei.
       O vampiro no volante me lançou um olhar irritado, me fazendo revirar os olhos pra ele. Ajudar a salvar Penny não significava que eu ia me tornar sua amiguinha, era melhor ele lidar com isso da melhor forma possível.
      Desci do carro, atenta.
      Penny desceu, e olhou para Vladimir com a expressão indecifrável. Albrey se pôs ao lado dela, que olhou para ele agradecida.
— Minha que...
— Não me toque — Penny repeliu o abraço de Vladimir, os olhos irritados.
        Ele, por sua vez, arregalou os olhos em surpresa à reação inesperada por todos. Alguns guardas chegaram mais perto, e puxei minha estaca da cintura mantendo-a à mão, escondida na manga do casaco.
— Eu... — Vladimir olhou confuso para Albrey. — E.. Você está bem?
— Graças ao Albrey, sim eu estou — ela falou.
— Albrey! — Melinda abraçou o vampiro, que retribuiu o afeto. — Você deixou todos nós preocupados com sua segurança e dela.
       Penny soltou uma risada fria e aguda, anormal.
— Comigo? Está brincando. Você iria dançar tango sobre as minhas carcaças se eu voltasse morta, sua infeliz!
— Penny!
— Cale a boca, Vladimir. Depois de saber que você ocultou durante toda a minha vida que sou sua filha, não quero mais...
— O quê? — Vladimir se engasgou.
— Jillian me contou tudo. Sei sobre minha mãe, sobre você e sobre a sua covardia...
— Penny...
      Albrey segurou o braço dela, contendo a garota. Ela o olhou, sacudiu os ombros em um gesto infantil e se calou.
— Penny tem que descansar, ela passou por muita coisa.
— Penny!
        Elisabeth saiu porta afora. A energia fluindo dela era tamanha que imediatamente me curvei, com James repetindo o gesto ao meu lado.
        Sim, era ela a nossa futura rainha. Eu podia ver a luz vermelho-sangue que fluía da aura dela. Seus olhos voltaram-se para mim, e Elisabeth ergueu as sobrancelhas em desafio, exatamente como a mãe fazia.
— Quem são eles?
— Ashley e James — Albrey respondeu. — Acho que estão esperando você liberar eles dali.
        Elisabeth me olhou confusa, e abaixei meus olhos, em respeito.
— És nossa rainha, milady. Somos seus súditos — falei para ela. — Fostes a escolhida para governar nosso clã. Posso sentir.
— Eu não sou rainha de ninguém — Elisabeth gaguejou. — Nem sei do que você está falando!
— Vai ficar tudo bem — um vampiro louro chegou por trás dela, segurando seus ombros. — Tudo será explicado. Mas antes libere eles da pose reverencial.
       A garota olhou para mim, perturbada.
— Levante-se.
       Ergui-me, com James suspirando baixo ao meu lado. Ela era inexperiente, nova demais, eu sabia que isso poderia dar mais trabalho do que imaginamos. E era isso que ele queria dizer.
       O movimento não passou despercebido à milady, que ergueu uma sobrancelha para ele, sarcástica.
— Perdoe-me, milady.
— Qual o seu nome?
— James Job.
— E você é Ashley — ela me olhou.
— Sim, senhora.
        Ela fez uma careta, e me retrai, esperando uma resposta ríspida típica das Stone, mas ela apenas olhou para o vampiro ao seu lado.
— Não te dei permissão de me tocar, idiota — falou zangada. — Tira suas garras.
— Ai, Lisa — ele revirou os olhos. — Vamos esquecer...
— Penny! — ela o ignorou abraçando a irmã. — Minha irmã querida!
— Lisa! — Penny abraçou a irmã com carinho. — Você não estava...
— Coisas de bruxa — falei, de repente. — Milady fez a passagem, já possui sua magia.
— Não sei de magia nenhuma, senhorita — ela me olhou zombando.
— Logo saberá, Milady — dei-lhe um sorriso.
— Tomara que dê para arrancar o couro de pessoas com essa magia — ela olhou para o vampiro ao seu lado.
— Não se atreva — ele sussurrou estreitando os olhos. — Bem, vamos entrar, acho que temos muito a aproveitar da companhia uns dos outros.
       Isso foi uma piada para James e eu, claro. Mas agora que nossa rainha estava enturmada com aqueles sanguessugas, não iríamos deixar ela sozinha.



Meus amores, desculpem a demora para postar capítulos, é que estou tendo muitas coisas na escola, que estou finalizando meu terceirão na escola 😍😍😍.
Mas logo volto na ativa. Continuem acompanhando, comentando e contando
Beijocas da Mihhhhh

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