Penny Stone
Encarei as paredes à minha volta, pensando em como sair dali.
De jeito nenhum eles iriam decidir minha vida. Não mais, e não agora que eu sabia a verdade sobre quem eles realmente eram.
Vampiros. Eles deviam se achar o máximo, os ocultos. Matavam sem repreensão, escolhiam suas vítimas como se estivessem escolhendo uma bolsa em uma loja.
Não, eles não iam decidir minha vida. A partir de agora quem iria ditar os meus passos seria eu. Nada de influências ou ordens a serem seguidas.
Eu os ia destruir.
Olhei a janela de vidro escuro, provavelmente para impedir que o sol os torrassem de dia, analisando-a.
Era grossa, um soco meu não a quebraria. Olhei em volta, procurando. Havia uma cadeira de madeira na escrivaninha, e eu a peguei. Isso tinha que funcionar.
Mas antes que eu a jogasse contra a janela, abri as gavetas da escrivaninha e encontrei duas pistolas com silenciadores e uma faca de prata aninhada em cetim vermelho.
— Veja, o que eu achei?
Sorrindo comigo mesma, enfiei as armas na cintura, e peguei a cadeira. Bati com o pé dela duas vezes, antes do vidro rachar de fora a fora.
Me afastei dois passos e dei um chute no resto, fazendo os cacos se espalharem em uma chuva dos dois lados.
Subi no batente e olhei para baixo. Uns oitenta metros dali até o chão, com apenas uma grama verde e lisa para aparar a queda.
Naquele momento a porta do quarto abriu, e um Albrey surpreso me encarou, confuso com a cena. Eu não teria tempo.
Girei para ele, já apontando a arma que puxei da cintura e atirei em seu estômago, errando o coração por varias polegadas.
Então me joguei de costas no vazio amedrontador. O vento passou uivando por meus ouvidos, chicoteando meus cabelos em meu rosto com certa violência.
No ultimo segundo, meu corpo agindo por algum instinto natural primitivo, girou em uma meia cambalhota lateral, e eu pousei agachada no chão.
— Uau, isso foi... — olhei para o alto. — Incrível.
Incrível ou não, eu podia ouvir a movimentação dos outros vampiros ali perto, vindo em minha direção.
Levantei e comecei a correr o mais rápido que eu podia, o que surpreendentemente era mesmo muito rápido.
Tiros ecoaram, e comecei a ziguezaguear pela propriedade, cobrindo a cabeça com as mãos. Houve gritos, palavrões, e mais tiros soaram, dessa vez muito mais próximos do que eu gostaria.
No final do grado tinha um grande muro, que me fez reduzir a velocidade drasticamente. Olhei em volta desesperada.
No chão, perto de uma árvore, havia uma tampa do que poderia ser uma saída de esgoto. Olhando para trás, me lembrei que os vampiros não podiam me seguir porque estava de dia, o que significava que eu não estava tão rápida quanto pensei.
Abri a tampa rapidamente, pulei para dentro e puxei ela de volta para o lugar. Tive que agachar, e engatinhar, pois o corredor ali era muito baixo.
Apos uns vinte metros, sai em um túnel por onde dava para andar normalmente. O lugar estava cheio de água, que vinha até os meus joelhos. E estava muito fedido ali.
Um rosnado me fez parar abruptamente, arrepios percorrendo meu corpo de cima a baixo.
Quando virei, um bicho com o dobro do meu tamanho, presas pontudas como adagas enchendo sua boca, e olhos malignamente vermelhos me encarava.
— Ah, merda.
O bicho pulou sobre mim, jogando-nos na água imunda, que respingou para todo lado, sua mão cheia de garras me forçando contra o chão do esgoto, pretendendo me matar afogada, aposto.
Desajeitadamente, puxei minha faca e a enterrei nas costelas dele. O bicho uivou, e antes de sair de cima de mim acertou uma mão cheia de garras em meu rosto.
Sem dar muita atenção para a dor, puxei a arma e atirei em seu peito, derrubando-o. Seguindo o que eu sabia através das lendas, usei a faca para cortar fora a cabeça dele.
Ensanguentada e exausta, encontrei uma saída daquele inferno logo depois da primeira curva.
Usei meu corpo para impulsionar-me, e com os braços me içei para fora. O sol voltou a banhar meu rosto, e caminhei estrada afora.Pobre Penny, ela ficou realmente muito traumatizada com tudo que aconteceu. Mas será que ela vai ter coragem de matar Vladimir quando souber a verdade sobre quem ele é? Continue seguindo os passos dos nossos queridos personagens e descubra os próximos passos deles. Comentem, deixem suas estrelinhas, beijocas da Mihh!!!
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Alma Indomável
VampirCapa feita pela talentosíssima e excelente profissional @daniihs Elisabeth Stone é uma assassina mercenária de aluguel que trabalha para uma Sociedade nomeada Sociedade Sombria. Percy Potter é um policial diferente, que trabalha em um departamento...