Capítulo 3 - Nem todos os heróis vestem capas...

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Quando os primeiros raios de sol bateram contra meu rosto, naquela manhã, eu senti meu interior ferver, pois eu não havia dormido nada

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Quando os primeiros raios de sol bateram contra meu rosto, naquela manhã, eu senti meu interior ferver, pois eu não havia dormido nada. Lewis tinha me dado trabalho para ir embora, pois foi obrigada a esperar que ele acordasse de seu sono da beleza completamente bêbado e irritado por eu ter feito ele ir até a minha casa e eu não ter comprado nada. Nenhuma carreira. Minha sorte na noite anterior foi que meu pai demorou a chegar e quando o fez, foi direto para seu quarto dormir como uma pedra, assim foi possível que eu e Lewis discutíssemos a vontade antes de eu manda-lo ir embora, mas antes tive que comprar, ao menos, uma carreira.

Depois do grande show eu deitei na cama e fiquei rolando sobre o vestido rasgado. O mar negro sob meu corpo deixou marcas em minhas costas, por causa do zíper, contudo, quando o tirei para tomar banho e vestir o uniforme do colégio, não liguei muito para aquilo, pois apenas a conversa estranha com o homem estranho na noite anterior rondava meus pensamentos de forma intensa. A maquiagem saiu do meu rosto, o perfume forte saiu, até mesmo o penteado saiu de mim, menos a estranha sensação de que o que eu ouvi na noite anterior voltaria à tona em breve.

Após me arrumar e trocar a ração e água de Nutella, eu desci para a sala de jantar. Meu pai já estava sentado em seu típico lugar: na ponta da mesa com o jornal na mão e o café na xícara. Assim que me sentei, o jornal cedeu e eu pude ver a carranca de Muhammad Willians.

— Por que você sumiu ontem?

— Eu...

— Eu disse que precisava de você para que pudesse aprender mais sobre os negócios.

— Eu não estava me sentindo muito bem, aí precisei ir.

— Você precisa começar a aprender a honrar com seus compromissos comigo, eu não estou brincando com você. Estou te ensinando a como lidar com o mundo dos negócios. As pessoas são perigosas, Hope, elas não medem esforços para te derrubar...

— Com licença, senhor, mas tem uma ligação para o senhor. — Marta apareceu e eu suspirei aliviada, pois não aguentaria mais ouvir aquele sermão.

Meu pai pegou o telefone e foi para seu escritório.

— Acho melhor você ver isso, Blue.

A mulher ligou a televisão pequena, no canal em que passava o jornal da manhã. Nos primeiros segundos não consegui compreender o que ela queria, mas quando a foto de um homem apareceu e o lado dele a foto de meu pai, eu entendi tudo. A notícia sobre a morte do parlamentar estava se espalhando, e a pior parte era que ele havia morrido em uma construção que tinha a assinatura de Muhammad Willians.

Acompanhei a reportagem até o final e compreendi que além do local da morte, Joseph Hawley era um grande sócio da empresa de meu pai, o que complicava ainda mais as coisas para o nosso lado. Conforme ia compreendendo o que estava acontecendo, minha curiosidade aumentava cada vez mais, eu queria saber mais o porquê aquele homem havia morrido, porque meu pai tinha que estar envolvido com tudo aquilo, sendo que, na noite em que Joseph supostamente havia morrido, meu pai estava em casa, não estava?

As Suas Cores - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora