Hope Christine Willians está em seu último ano no tradicional colégio The Windsor's Queen. Como uma típica adolescente da alta sociedade inglesa, a menina começa a viver um grande dilema, em que precisa aprender sobre o império de seu pai para poder...
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— Você sabe que seu pai vai te matar se ele souber que você está bebendo, né? — A voz de Livy saiu abafada, por causa da música alta que tocava.
Dei de ombros e bebi mais um gole da vodca que estava quase quente dentro do copo de plástico. Era para ser uma festa de boas-vindas tranquila, contudo, os alunos mimados do colégio tradicional The Windsor's Queen não sabem controlar o ímpeto de desembolsar suas libras da mesada, e acabou se tornando a melhor festa de boas-vindas do colegial, que a cidade de Windsor já viu, regada a bebidas e drogas.
— Faz apenas três meses que você saiu da clínica. — Livy voltou a me dizer sob o som estourando algum hip-hop norte-americano.
— Por isso estou comemorando! — Ergui meu copo com a bebida e em seguida entornei toda a vodca e soltei um grito.
Livy revirou os olhos e bebericou sua cerveja. Compreendia sua preocupação comigo, mas eu nunca quis ir para a clínica de Londres que ajuda jovens problemáticos, meus pais só me colocaram lá durante as férias, para abafar o comportamento rebelde de sua filha, que simplesmente surtou em uma reunião e jogou uísque na cara de um dos acionistas da empresa de seu pai.
— Aproveite esse momento, amanhã voltam às aulas e toda aquela merda volta junto. — Minhas palavras saiam emboladas, mas eu não importava, só queria beber e esquecer que meu pai estava me recrutando para herdar sua poltrona de couro.
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Orlando Bloom vinha caminhando na minha direção, os olhos negros dele estavam completamente focados em mim. Os lábios dele carregavam um sorriso sacana, daqueles que deixam qualquer mulher completamente excitada.
Suas mãos tomaram minha cintura, e faziam um leve carinho. Postei minhas mãos em seus ombros e dei um leve aperto quando senti seus lábios em meu pescoço, ele foi subindo fazendo uma trilha de beijos até a altura da minha orelha. Sua respiração ruidosa batia no local causando leves arrepios pelo meu corpo.
Eu senti quando ele abriu levemente a boca. Ele diria algo bem safado, imaginei, mas quando sua voz saiu ela era igual à de um despertador. Olhei para seu rosto e a cada palavra proferida o som estridente do despertador soava.
De repente tudo ficou embaçado, Orlando Bloom já não estava mais à minha frente.
Abri os olhos e percebi que era, realmente, meu despertador que estava tocando irritantemente. Peguei meu celular e deslizei meu dedo pela tela. O barulho, enfim, sessou, mas minha cabeça continuava a latejar como se um martelo estivesse batendo contra meu crânio sem dó nem piedade.
— Bom dia, Nutella. – olhei para o meu lado encontrando minha gata lambendo suas patas negras. — Por isso, você não deve beber. — Voltei a fechar meus olhos e a deitar em minha cama.
A vontade de levantar dali, para dar de cara com aqueles idiotas engomados, era nula, mas o som da porta abrindo e Marta aparecendo com seu sorriso largo e mãos ágeis fizeram-me levantar a força.
