Capítulo 6- Hope Christine Williams e sua falsa capa de heroína.

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Estudar em um colégio particular, em que o pai faz parte dos doadores anuais tem lá suas vantagens, como, por exemplo, a de poder ir uma hora mais cedo para lá para poder nadar um pouco sem a presença do time de natação e também poder fumar um cigarro sem os olhos e nariz clínicos de Olivia Patel.

Eu caminhava lentamente, sentindo a brisa gelada começar a tomar conta de todo o clima da pequena cidade. Um sinal claro do início da mudança de estação, logo mais estaríamos embaixo de grandes casacos, a fim de espantar o frio e o tapete branco que se forma, assim que as festividades natalinas começam a dar as caras.

Estava começando a me aproximar da lateral do colégio, próxima a ala 6, como costumávamos chamar aquele corredor que, de certa, ficava abandonado, guardando apenas algumas cadeiras e mesas que estavam velhas. Conforme, me aproximava do local, podia ouvir alguém conversando, o tom de voz era um pouco alterado, mas não tinha resposta imediata, o que me fez pensar que talvez fosse algum louco. Assim que fiquei ao lado da parede de tijolos, pude ver Thomas de costas, sua voz estava alterada e ele falava no celular com alguém. Meus ouvidos se aprumaram, pois queria saber se era a mesma pessoa que falara da última vez que o peguei pelos cantos do colégio falando ao celular.

ㅡ Já está tudo combinado, não se preocupe... Eu já falhei alguma vez com você? Então, fique calmo e espere o resultado.

Franzi meu cenho e meu interior borbulhou para querer saber o que diabos Thomas estava aprontando. Ele virou-se e u precisei me esgueirar para dentro de um vão entre duas colunas. Ele despediu-se rapidamente da pessoa e eu pude escutar seus passos indo direção contrária da qual eu estava, coloquei minha cabeça para fora do vão e pude vê-lo longe, quase próximo ao ginásio poliesportivo. Sai de lá com aquela conversa na cabeça.

O que será que Thomas Davies estava aprontando? Será que ele estava aprontando a mesma coisa que aprontou em seu antigo colégio? Ou será que tudo aquilo que tinha ouvido era apenas um grande mal entendido?

Conforme me aproximava do ginásio, mais perguntas pipocavam em minha mente, me deixando completamente confusa e curiosa. Por isso, estava indo nadar. Precisa expelir um pouco da tensão que estava se formando em meus ombros ao longo daqueles dias em que me aproximava mais do sonho de meu pai e me afastava do meu, e descobria cada vez mais sobre segredos que eu nunca tinha ouvido falar. Eu queria ter forças para dizer ao meu pai que eu não gostaria de seguir o mesmo caminho que ele, mas, ir contra a maré de todos que se sentaram naquela cadeira, seria o mesmo que assinar meu atestado de óbito familiar. Eu seria quase expulsa, além de deixar meu pai sem opções confiáveis para administrar seu império.

Mais tarde, as inscrições para as universidades abririam, e eu poderia arriscar fazer o curso de Artes na Oxford, enquanto comandava o império do aço. Talvez desse certo, não?

Empurrei a porta pesada de metal e entrei no local com uma grande piscina e arquibancadas ao redor, como um grande clichê americano. No alto, próximo ao teto estavam as bandeirinhas azuis-marinhos que foram postas quando aconteceu o campeonato regional de natação. Foram dias bem intensos e repletos de festas e muita diversão na torcida pelo nosso colégio.

As Suas Cores - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora