Capítulo 4 - Segredos nasceram para serem expostos

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Existem alguns dias que são completamente estranhos para nós, pois parece que de alguma forma o universo busca nos avisar que algo ruim irá acontecer, mas nós, como meros mortais, acabamos por não perceber isso

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Existem alguns dias que são completamente estranhos para nós, pois parece que de alguma forma o universo busca nos avisar que algo ruim irá acontecer, mas nós, como meros mortais, acabamos por não perceber isso.

No dia seguinte a nossa conversa com Sabrina, eu acordei muito atrasada, pois passara a noite buscando compreender o que Thomas Davies estava conversando e com quem, porque não parecia ser algo trivial, na verdade, o assunto parecia ser sério demais, pois seu tom de voz ficara mais grave e urgente. Depois do meu atraso ao acordar, derramei café quente na minha camisa branca do uniforme, o que me fez subir e trocá-la e ficar mais atrasada ainda. George não parava de me chamar e eu queria socá-lo na cara, por estar berrando e me apressando daquela. Eu sabia que tinha que ir, droga! Mas parecia que quanto mais pressa eu demonstrava, mais os botões enroscavam em meus dedos e não deixavam tirar a droga da camisa manchada.

Depois de muita luta, eu ainda precisei passar um pouco de água na região da barriga, pois um pouco do pó escuro havia se transferido para lá, o que ocasionou em mais demora e mais gritos de George. Quando, finalmente, acabei tudo, eu desci as escadas pisando fortemente nos degraus e com uma carranca enorme. Passei pelo hall de entrada e abri a porta da frente com força e gritei com o homem:

ㅡ Estou pronta!

George levou um susto que o fez dar dois passos para trás e ficar com os olhos estatelados. Marta apareceu depois e riu do esposo. Senti-me satisfeita e completamente vingada, porque ele sabia que eu odiava gritos e pressão, eu não funcionava direito e só piorava minha situação.

ㅡ Agora podemos ir.

Sorri para ele e acenei para Marta, entrando no carro.

ㅡ Você realmente quase me infartou.

George dirigia com a mão no peito e um cara de dor, mas eu sabia que ele fazia drama, apenas como uma forma de se desculpar pelos gritos que muito provavelmente eram ordens de meu pai. Afinal, Muhammad andava ocupado demais com seus afazeres da empresa e sendo testemunha do caso de Joseph. Minhas idas ao escritório ainda estavam suspensas, mas eu queria logo poder voltar, porque aquele local sempre trazia um ar de mistério, pois havia portas que eu ainda não podia abrir, gavetas trancadas... Sempre um grande mistério.

Chegamos ao colégio em pouco tempo e eu agradeci por ainda ter poucos minutos até o sinal tocar, precisava trocar meus livros e falar com Matt, uma vez que eu não o via desde o dia anterior em que rolou a missão "salvar Matthew das garras de Charles". Caminhei rapidamente pelo jardim, mas meus olhos atentos perceberam que boa parte dos alunos estava com o jornal do colégio em mãos, o que era estranho já que ele deveria sair no dia seguinte. E nem todo mundo gostava ler tudo o que era escrito naquelas páginas.

Entrei no corredor e todos ali dentro também liam em grupos as páginas e pareciam bem interessados no que estava escrito. Franzi o cenho e continuei, sempre observando a todos. Quando cheguei ao meu armário, Matt também estava com o jornal em mãos, mas sua cara não parecia ser tão animada quanto a dos outros, minha cabeça funcionou rapidamente me levando a crer que poderia ser a matéria sobre ele, porém, completamente distorcida.

As Suas Cores - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora