CAPÍTULO 1 - Alex

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Faltavam apenas dez minutos para a entrevista começar e eu estava correndo feito um louco pelas ruas da cidade para tentar chegar a tempo na White. Quem me visse nesse estado iria dizer que era um mendigo bêbado correndo quando falam que tem cachaça de graça sendo distribuída em algum beco; meus cabelos completamente despenteados e colados a testa por conta do suor, o terno além de todo amassagado, estava me sufocando, além de eu ser um desastrado de merda; minha pasta, com meus documentos, havia acabado de ter seu zíper estragado, e por isso, estava praticamente aberta, o que dava uma liberdade aos meus papéis, para saírem voando em direções diversas.

Enfim cheguei a White faltando apenas vinte e sete segundos para estourar meu tempo. Claro, meu atraso se deu porque eu acreditei ser capaz de correr pelas ruas, mais rápido do que um táxi andaria neste trânsito infernal, mas eu não levei em consideração que as calçadas da cidade estavam extremamente movimentadas naquele período do ano, fazendo com eu eu chegasse quase no dobro do tempo. Parei no meio das pessoas que transitavam por ali, só para poder babar na edificação a minha frente.  O prédio era simplesmente foda. Não tinha nada mais maneiro que aquilo ali. Como uma menininha de quinze anos quando dá o seu primeiro beijo, eu entrei na empresa onde eu queria construir meu futuro.

Fiz meu cadastro e subi pelo elevador até chegar a cobertura do prédio de vinte e um andares. Ali ficava a presidência da White. Como eu estava me candidatando a vaga de advogado da empresa, o próprio chefão é quem iria me entrevistar. Eu não estava tão nervoso assim; um cara de vinte e seis anos como eu devia estar preparado para encarar qualquer desafio, e um velho de cinquenta e poucos anos não podia me colocar medo só porque ele era dono de uma das maiores empresas de Seattle. 

Pra falar a verdade eu nem sabia quem era o presidente da White. A única coisa que eu sabia era que ele era CEO, e que a White abrangia outras treze empresas, todos do mesmo dono,no caso ele mesmo, em diversas áreas como economia, estética, tecnologia, entre outras coisas, e que ele tinha começado o negócio bem cedo, com dezessete anos. Mas se me perguntassem qual era o nome do cara, eu só poderia responder o sobrenome, White, até porque isso era meio óbvio.

O correto seria eu saber quem era o dono da empresa, porque William Backer, um dos maiores advogados do continente, já fez diversos acordos, contra e até mesmo a favor da White, e isso sempre fez com que meus olhos brilhassem ao ler esse nome vinculado ao do meu pai. Um sonho trabalhar aqui? Sem sombra de dúvidas.

Enquanto eu sonhava acordado, fui andando pelo andar e constatei que ele era fantástico, e se eu fosse contratado, era ali que eu iria trabalhar, junto com os executivos. A paleta de cores da White era em torno de branco, prata, e preto, mas o andar da presidência era exclusivamente preto, o que me passou uma ideia de muita seriedade. Gostei daquilo. Afinal, do que que eu não gostava ali, né?

A secretária, que pelo que eu li em seu crachá se chamava Karen, me fez uma série de perguntas e depois se dirigiu até a sala da presidência. Quando ela voltou, com uma loira maravilhisamente fostosa a tira colo, eu percebi que aquele era meu dia de sorte.
- Alex Backer. - a mulher afirmou estendendo sua mão para me cumprimentar. - Já ouvi falar muito de você pelo seu pai.
- E você é? - ainda segurava sua mão, lançando-lhe aquele tilico sorriso de quem diz 'se me der liberdade, te como aqui e agora'.
- Suzanne White, diretora geral das empresas White, muito prazer. - Okay. Fui para o inferno e tem uma diabinha me dando um sorrisinho malicioso?!
- O prazer é todo meu. - Coopera Alex, e talvez você possa ter uma diversão a mais nessa empresa.
- Bom, tenho que sair agora. - a loira curvilínea se afastou um pouco de mim - Boa sorte lá dentro, Backer. Espero que a proposta lhe agrade! - ela piscou indo embora.

Karen autorizou minha entrada, encaminhando-me até a sala que eu tanto temia.

Caminhei tentando passar um ar de 'eu sou o cara mais seguro do mundo' e assim que a secretária abriu a porta, meu coração deu um salto.

- Nossa! - sussurrei. Aquela era a maior sala que eu tinha visto na minha vida. Eram 3 paredes pretas, e a parede por trás da mesa do presidente, era toda composta por vidros, o que dava uma visão para Seattle sensacional! O presidente estava sentado de costas para mim, voltado para essa parede de vidros. Mas pareceu que ele ouviu quando eu entrei maravilhado, pois ele virou sua cadeira para me ver melhor.

Mas quando ele se virou e ficou de frente para mim, eu vi que não era ele. - O que que?! Co como assim? - Mulher?! Era a presidente. E que presidente! A mulher era simplesmente um espetáculo! Se Suzanne já era uma gata, essa muljer era uma deusa. Ela ficou de pé e veio até mim.

- Surpreso, Sr. Backer? - ela disse com um sorriso brincalhão nos lábios.

DOMINADORA ( EM REVISÃO )Onde histórias criam vida. Descubra agora