DOMINADORA ( EM REVISÃO )

CAPÍTULO 28 - Chelsea

~ 2 meses depois ~

Não gosto de lembrar de um dos piores dias da minha vida. Ter sido abandonada no dia do meu casamento, ver Alex dominando uma garota, e ainda ter desmaiado duas vezes naquela mesma noite, quase fez com que eu perdesse o bebê.
Passei duas semanas internada no hospital, e monitorando a vida do pequeno, pra que nada de ruim acontecesse a ele, e eu sempre recebia a mesma recomendação: sem estresses.
Mas ali em Seattle, com tudo o que estava acontecendo nas nossas vidas, era impossível não ficar estressada.
Diversas vezes Alex apareceu bêbado, como eu nunca tinha o visto, no hospital para tentar me explicar a situação, mas graças a Deus a família dele estava do meu lado, me apoiando e o afastando de mim.
Depois de uma semana internada William foi embora levando a vovó e Anne, mas antes disso ele conseguiu na Justiça uma medida que mantinha Alex afastado de mim em um determinado espaço. Aaron e Amélia continuaram na semana seguinte em que estive internada junto comigo, me auxiliando em tudo o que precisava. Mas assim que o médico me deu alta, eu decidi que para o bem do bebê era hora de recomeçar; e assim eu fiz, voltei pra Nova York, mas dessa vez não vim sozinha, eu tinha o bebê, Suzie e Aaron comigo.
Aaron tinha um Loft com dois quartos ali, e assim nós nos mudamos.
Eu não tive mais notícias de Alex, porém isso foi uma escolha minha. Aaron sempre tinha que voltar pra Seattle, usando como justificativa a campanha política do pai, mas eu sabia que era alguma coisa relacionada ao irmão.
As vezes Anne também vinha nos visitar trazendo a namorada, que eu infelizmente nem pude conhecer no dia do casamento. Mariah também advogada, estava trabalhando para William, mas em uma dessas visitas eu ouvi uma conversa dela com Aaron dizendo que tinha conseguido livrar Alex de um processo, mas eu preferi não me atentar muito ao que falavam.
Fiquei durante todo esse tempo de repouso, pois houveram complicações na gestação, devido a toda essa agitação. Suzie assumiu os negócios, enquanto eu ficava em casa com as pernas pro alto, comendo e dormindo.
Até que em um domingo chuvoso..
- Aaron! Suzie! - gritei os dois, mas nenhum deles me ouviu - Aaron! Aaaaai - uma forte contração - Caralho! Aarooooooon!
Ele apareceu nas escadas correndo assustado. - O que foi Chels?!
- Acho que vai nascer! - eu disse rindo, nervosa. - Aaaai! Tô tendo contrações!
- Calma! Shhh! Eu tô aqui! - ele se sentou ao meu lado no sofá e esfregou a mão na minha testa, carinhosamente. - Suzie! Suzie! - ele gritou.
- Já gritei. Acho que ela nem tá em casa.
- Droga! Você consegue andar até a porta da frente?
- Consigo.
- Vou pegar as suas bolsas lá em cima, e depois vou parar o carro em frente ao Loft.
- Tá. - ele já estava subindo para o meu quarto - Aaron, não esquece o bebê conforto!
Com dificuldade eu fui para a porta da frente. Alguns minutos depois ele apareceu com o carro ali, saindo para fora pra poder me ajudar a entrar.  - Tudo bem? - concordei com a cabeça. - Vou ligar pros meus pais avisando. - concordei mais uma vez. Já dentro do carro, ele me perguntou: - Chels, você quer que avise o Alex?
- Não! - gritei. Mais uma contração.
Fomos para o hospital ligando para toda a família. Eu estava sentindo dores, mas coitadinho, Aaron estava tão nervoso que chegava ser fofo!
Fofo?!

- Chelsea, vamos ter que fazer uma cesária, tudo bem? É melhor pra você e pro bebê! - disse Doutor Karl.
- Tudo! - outra contração. - Aarooon! Aaroon! - gritei por ele.
- Eu tô aqui! - ele segurou com força minha mão.
- Quero que você fique lá dentro comigo! - supliquei.
- Posso doutor?
- O pai da criança não vai vir?
- Não! - eu e Aaron dissemos juntos.
- Então você pode, mas antes, tem que fazer a higiene e se vestir adequadamente.
Alguns minutos depois estávamos no centro operatório, e ele segurava minha mão como se eu dependesse do seu aperto para viver.
Eu estava ansiosa e com medo de algo dar errado, mas tudo isso foi deixado de lado quando eu ouvi o chorinho.
- Nasceu Chels! - Aaron beijou minha cabeça - Ele nasceu!
- Eu quero ver! - chorei - Deixa eu ver meu filho!
A enfermeira o pegou e o limpou, enrolando-o em um lençol, depois o colocou em meus braços.
Ele era lindo, gordinho, e pequenino; o amor da minha vida.
- Oi filho! - disse baixinho - Bem-vindo ao mundo! Eu sou sua mãe, e esse aqui é o tio Aaron.
- Oi garotão!
- Senhora, precisamos levá-lo. Depois levo-o até seu quarto para que possa amamentá-lo.
- Tudo bem.

- Chels! Como você tá?! - Suzie entrou no meu quarto com muitos balões azuis e uma caixa de chocolate, colocando em meu colo.
- Se dependesse de você eu teria parido em casa! - eu disse brava e Aaron simplesmente riu ao meu lado. - Ah, não posso comer chocolate, vai dar cólica no bebê! - devolvi a caixa pra ela.
- Mas é chocolate belga! E desde quando você se importa com isso?
- Desde que eu virei mãe! - revirei os olhos.
- Ah, eu tenho um álibi para não estar em casa naquela hora. - Suzanne sorriu de um jeitinho safado que só eu entenderia. - Laurent está aqui.
- Laurent é seu namoradinho, Suzie? - interveio Aaron, sarcástico.
- Não, é meu submisso mesmo. - ela sorriu de volta, devolvendo o sarcasmo.
Assim que Suzie terminou de dizer isso, William, Amélia, Anne e Mariah entraram no quarto.
- Olá! Onde está o neném mais amado do mundo? - Perguntou Amélia, carinhosa.
- Vou pedir para a enfermeira trazê-lo. - Aaron se ofereceu. Alguns minutos depois, ele entra no quarto segurando meu precioso pacotinho. - Digam 'oi' pra ele! - todos em questão de segundos começaram a proferir 'ownts' e 'que fofura'. Ele me entregou meu filho mas permaneceu ao meu lado.
- Chelsea, ele já tem nome? - William perguntou.
- Sim, Alex Theodore Backer White. - Aaron olhou surpreso pra mim. - Theodore era o nome do meu falecido pai. Mas eu quero chamá-lo de Theo.
- É uma linda homenagem Chelsea! - Anne disse.
- Alex vai gostar de saber que o filho tem o mesmo nome que ele. - Amélia estava emocionada, tentando conter lágrimas.
- Aaron, você ligou pro seu irmão?
- Liguei, mas ele não quis falar comigo, então foda-se o Alex! - Aaron saiu do quarto exasperado.
- Aaron! - o chamei.
- Chelsea, deixe-o um pouco só, ele só está preocupado com você! - Amélia disse.
- Sabemos como Aaron tem um apreço especial por você, não é mesmo?! - William me olhou, cúmplice.
- Bom, Chelsea, assim como Aaron, todos nós aqui amamos muito você, e o pequeno Theo! E estaremos sempre ao seu lado! - Anne veio para perto de mim. - E eu serei a tia mais babona do mundo! - ela fingiu apertar a bochechinha de Theo.