Alex não sabia onde estava se metendo ao me pedir para levá-lo ao clube. Agora, ele teria que aguentar até o fim, não importa o quão reveladora essa noite seja para qualquer um de nós.
Tomei banho e comecei a me arrumar. Fiz meu cabelo, investi em uma maquiagem mais elaborada, mas sem parecer muito pesada e fui escolher a roupa. Nesse momento, na escolha da vestimenta, ao me deparar com meu closet, percebi que mulheres como eu, sedentas pelo poder e controladoras no sexo, tendem a ter um único estilo de roupa, e uma cor que passa a predominar, não importando a estação, o preto. Escolhi para a noite algo não tão indiscreto e que não revelasse tanto, o que deveria servir para dar asas a criatividade do meu companheiro da noite. Um vestido justo, que ia até acima da metade de minhas coxas, com pouco decote, mas com diversas amarrações em couro, o que deu um ar mais sensual à peça. Por baixo, pus lingerie de renda, essa bem mais transparente, e também com amarrações em couro, além de meias 3/4. Por cima de tudo isso, vesti um simples sobretudo acompanhado por botas de cano bem alto, que quase iam de encontro a barra do vestido.
Sexy e fatal.
Saí do meu quarto e fui esperar Alex na sala, enquanto isso bebia vinho.
Pela primeira vez na vida ele chegou adiantado. Sem dizer nada passei por ele na porta, tranquei o apartamento e fui para o elevador.
Lá dentro o clima entre nós era quente e pesado. Havia uma sensualidade evidente pairando no ar também e era perceptível o quanto nós estávamos nos esforçando para não transarmos ali mesmo.
Fomos até a garagem e ele me conduziu até seu carro. Para alguém que estava procurando um emprego na White como advogado, ele parecia ter bastante dinheiro, afinal sem-tetos não possuem nenhum Audi tt.
- Uau, belo carro, garanhão! - sorri maliciosamente para ele.
- Hum.. ela sabe falar! - ele brincou - Obrigado por elogiar meu bebê. - ele chegou perto e acariciou o capô do 'bebê'. Alex abriu a porta para mim e eu entrei. Rapidamente ele se acomodou ao meu lado e deu a partida, saído do prédio. - Pra onde?
Sem dizer nada, eu programei o Gps e depois liguei o som do carro. Nada mais conveniente! Tocava Crazy in Love, da Beyoncé. Não tinha como ser mais clichê que isto. - Nossa música da noite? - ele sorriu pra mim.
- Parece que sim. - retribuí o sorriso.Cerca de meia-hora depois, chegamos ao clube.
- É aqui? - ele perguntou. Eu concordei. - Tipo.. isso não parece um clube de sexo.
- Porque não é, bobinho. - Ele me olhou confuso. - Aqui é um restaurante. O clube fica no subsolo. Vamos?! - saí do carro, esperando por ele. Alex parecia meio aéreo. - Está nervoso?
- Eeu? Imamagina.. - ele gaguejou.
Cheguei perto dele e acariciei seu ombro. - Não precisa, eu estou aqui com você! Tudo bem?! - ele concordou.
Entramos no restaurante e passamos por John, o chef que acompanha o clube desde antes de eu assumi-lo. - Chelsea, que bom te ver por aqui, querida! Veio comer? - nós rimos de nossa infame piadinha interna. John não falaria assim com nenhum cliente, mesmo que ele fosse o maior e mais assíduo frequentador do local, mas devido a minha história, e o fato de ele ter presenciado tudo o que ocorreu comigo ali, ele poderia ser considerado um amigo, sendo permitido este tipo de intimidade.
- É claro! - Ao meu lado Alex não estava entendendo nada. - John, esse é Alex, Alex esse é John, o chef do restaurante.
- Prazer John! - Alex apertou a mão de John.
- Amigo, você deve ser muito importante para Chelsea White, porque você é o único rapaz a quem ela me apresentou. - Alex corava ao meu lado, tentando conter um sorriso no canto dos lábios. Revirei meus olhos.
- Tchau, John. Nos vemos qualquer hora. - Puxei Alex em direção a rampa que dava acesso a porta do clube.
- Black Sex? - ele leu na placa, indicando o nome dado informalmente ao clube. - A Chelsea é White, e o sexo é negro? - ele riu sarcasticamente.
- A ideia era meio que essa mesmo. - eu disse indo por a senha para destrancar a porta de entrada. A porta se abriu e ele continuava em silêncio. - Preparado?
- Nesse momento? Aacho quee siim.
- Bem-vindo ao meu mundo. - eu entrei com ele a meu encalço. - Vamos fazer um tour pelo lugar. Preciso que você esteja habituado a andar pelas dependências.
Passando pela recepção, entramos no elevador que nos conduziria aos quartos, que se localizavam acima do restaurante, como se aquilo ali, diante dos olhos da sociedade, fosse mais um dos hotéis da família White. Parando no primeiro andar, eu o levei ao corredor onde ficavam as suítes privados. Entrei em um deles e mostrei a Alex como era. Um quarto simples, com uma cama, e só.
No segundo andar, mostrei-o que ali ficavam e lá ficavam as suítes premium equipadas. Podemos dizer que eram mini apartamentos, com quarto amplo, na maioria das vezes com mesmo modelo dos quartos simples, banheiro com banheira de hidromassagem, sala de estar, e hall. Ali, se o cliente desejasse, como ocorreu neste caso, ele poderia incorporar alguns aparelhos para suas sessões, mas nem de perto, essas suítes poderiam ser comparadas aos verdadeiros quartos de jogos.
Aqueles dois andares eram destinados mais ao sexo baunilha, como se ali fosse um motel, porém, digamos que mais conceitual e de luxo.
Alex analisava tudo com muita atenção, fazendo perguntas quando necessário, ou apenas absorvendo informações.
Mais uma vez na recepção descemos um lance de escadas, indo realmente ao subsolo.
Antes de entrar no corredor eu me virei para falar com Alex. - Aqui é onde começa o clube de verdade. Não quero que se sinta obrigado a ver nada e nem participar de nada.
- Mas eu quequero, quero ver, e também partiticipar.
Entramos no corredor que dava para as salas de jogos.
- Aqui são os quartos de jogos tradicionais. Não tem nada demais nelas, tem cama adaptadas, pendentes, chicotes, entre outras coisas. Aqui os sócios não podem se hospedar como nas suítes lá de cima, utilizam, mas não podem dormir. Poderíamos começar por aqui, mas eu tenho algo que você vai gostar mais.. - eu sorri de forma maliciosa.
- Aguardo ansiosamente!
Viramos em outro corredor e chegamos ao local onde eu queria levá-lo.
- Alex, estas são as salas de exibição. São quartos de jogos normais, porém tem paredes de vidro; do lado direito do corredor temos as salas com vidro protegido por uma película negra, onde você tem a sensação de estar se exibindo durante o sexo, porém não pode ser observado. Ao lado esquerdo, temos as verdadeiras salas de exibição, onde o público consegue ver a sessão, e se quem está praticando permitir, podem participar dela também.
- Tipo, se a gente tiver transando e vier um cara e quiser te comer..
- Se eu quiser, ele pode.
- Nossa. - ele estava chocado.
- Era aqui que eu queria te trazer. Se você participasse, em qual quarto entraria? - olhei para ele, esperando a resposta.
Ele ponderou por bastante tempo e depois me puxou pra um dos quartos.
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DOMINADORA ( EM REVISÃO )
RomanceChelsea White, uma CEO decidida e poderosa propõe um acordo de trinta dias à Alex Backer, para que este consiga um emprego em sua empresa. Ele aceita, e ao concordar, Alex entra de cabeça no mundo da dominadora Chelsea. Mas este é apenas o começo. O...