CAPÍTULO 40 - Lua de Mel

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CHELSEA:

O casamento tinha sido maravilhoso. Fomos descansar pois logo pela manhã iríamos viajar.
- Pegou tudo que você precisa, amor? - perguntou Aaron enquanto colocava nossas malas no porta-malas de seu carro.
- Peguei sim, tá tudo aqui! Seus documentos estão com você?
- Sim. Vá se despedir do Theo pois já está na hora de irmos! - Theo ficaria com os avós nesses oito dias de viagem. Sim, meu coração doía por ficar tanto tempo longe dele, mas desde que nasceu, eu e Aaron não pudemos ter um tempo só nosso, e daqui a algumas semanas esse tempo de casal, seria ainda mais reduzido por conta dos gêmeos.
Voltei para a sala da mansão Backer onde Theo brincava com Anne no tapete.
- Filho, mamãe vai sentir tantas saudades de você! - abaixei com dificuldade e o peguei no colo. - Vou te ligar todos os dias para saber o que anda aprontando! - beijei o topo de sua cabecinha.
- Chels, vamos?! - Aaron chamou na porta.
- Vamos sim! Te amo meu amorzinho! - coloquei Theo novamente no tapete, me despedi de todos e fui para o carro com Aaron.
- Até que enfim chegou a melhor parte do casamento! - ele disse todo serelepe.
- O que? A viagem de lua de mel? - perguntei confusa.
- Também.. mas mais especificamente o sexo da lua de mel - Aaron disse maliciosamente.
- Seu bobo! Você só pensa naquilo. - revirei meus olhos.
- Engraçado, acho que na cama você também pensa bastante nisso, até porque nos últimos meses você tem correspondido muito!
- Idiota! Anda logo senão vamos perder o voo.

Chegamos ao aeroporto, fizemos o  check in, e logo embarcamos rumo a Portugal.
Aaron realizou um desejo meu de fazermos uma EuroTrip. Cada dia em uma cidade diferente em um país diferente. Mas optamos por fugir do óbvio, até porque tanto eu quanto ele já havíamos visitado as famosas cidades turísticas do continente, como Paris, Lisboa, Veneza, entre outras. Escolhemos cidades maravilhosas, e que são pouco visitadas, ou que mesmo turísticas, ainda não havíamos visitado, como por exemplo, Amsterdã. Oito dias, oito cidades, oito países da Europa.

Começamos por Cascais, Portugal. A cidade era simplesmente maravilhosa! O hotel em que nos hospedamos parecia ter sido construído no início do século passado.
- É tudo tão bonito aqui! - eu disse para Aaron assim que chegamos ao nosso quarto.
- Sim. Está cansada?
- Um pouco, mas não quero dormir agora.
- Então acho que podemos nos cansar um pouco agora, o que acha? - ele veio por trás de mim, prendeu suas mãos em minha cintura, e me puxou para seu corpo, me fazendo sentir o grande volume em sua calça.
Me virei de frente para ele, joguei meus braços em seu pescoço e nos uni em um beijo quase feroz. Aaron com cuidado, me deitou na cama, e colocando uma mão de cada lado do meu corpo, ficou suspenso por cima de mim, já que uma grande barriga nos separava, e ele não podia deitar por cima dela, pois havia o risco de o peso do seu corpo machucar os bebês. Ele foi tirando minha roupa até me deixar nua, e logo depois, ele mesmo já estava nu.
Eu já me sentia completamente molhada, então ele não teve dificuldade alguma de me penetrar.
Minha libido estava ainda maior nos últimos meses devido aos hormônios da gravidez, e isso queria dizer que eu estava pegando fogo na cama.
Bastavam algumas estocadas, uns beijos mais quentes e eu já era levada a um orgasmo intenso. Mas se a vontade de transar era grande, grande também era a quantidade de sexo que estávamos fazendo.
Eu não me contentava com dois, três orgasmos por noite. Aaron, que se aproveitava desse meu momento para satisfazer-se, tinha uma teoria de que se começássemos a transar cedo num dia, terminaríamos de transar cedo também, só que no outro dia pela manhã.
- Gatinha, assim você vai me matar! - ele disse ofegante ao meu lado.
- Olha quem fala! Eu acho que as crianças pensaram que todo esse movimento era carnaval e agora elas estão pulando dentro de mim! - ele passou uma mão no meu volume arredondado.
- Amo vocês!
- Nós também amamos você! - e adormecemos.
Aproveitamos a cidade naquele dia, já que havíamos chegado na noite anterior. Também a noite, partimos para o nosso próximo destino: Alicante, na Espanha.
Fazíamos assim: trocávamos de cidade a noite, dormíamos, ou melhor, não dormíamos de jeito nenhum, já que aproveitávamos o conforto de uma cama para fazer outras coisas, no hotel, e no dia seguinte passeávamos pela cidade.
Alicante também era sensacional! Tinha uma bela vista para o mar que deixava qualquer um emocionado.
Tiramos muitas fotos, mas ali resolvemos permanecer na praia e pegar um pouco de sol.
Ainda bem que que eu havia levado biquíni na viagem, pois deu até pra pegar uma marquinha que eu nunca consegui ter por morar aonde moro.
No terceiro dia de viagem, fomos para um dos meus destinos preferidos! A cidade de Cassis, no Sul da França.
Aaron comprou um passeio de barco por um dos Calanques na cidade, e eu posso dizer que foi a coisa mais bonita que vi até agora! O lugar parecia ter sido pintado por um artista; os rochedos e montanhas cercavam com muito zelo a pequena baía de águas cristalinas, com um intenso tom de verde ou azul, chegando a ser fluorescente.
A pedido de Aar, no quarto dia fomos para a Irlanda, na cidade de Limerick. Me surpreendi com sua escolha, nunca poderia imaginar que Aaron pudesse me trazer para uma cidade completamente tomada por lindas flores. Sim, flores! E ele também, para minha surpresa, parou em uma floricultura e me presenteou com um lindo arranjo.
Da Irlanda passamos direto pelo Reino Unido, e escolhemos não visitar nenhuma cidade lá, pois a grande maioria nós já conhecíamos.
No quinto dia fomos para nossa parada obrigatória: Amsterdã, na Holanda. A melhor cidade para se visitar, com toda certeza! E quem sabe um dia morar também?! Tudo ali nos encantou: as moradias, os pontos turísticos, as ruas, pontes, flores, enfim, aquele lugar com certeza foi mágico!
No sexto dia, chegamos a Hamburgo, na Alemanha. E só poderia descrever a noite naquela cidade como espetacular! As ruas e os prédios com todas aquelas iluminações era encantador!
Completando uma semana de viagem, fomos para Zurique na Suíça. Eu, que nunca havia visto o país sem estar coberto pela neve constante, pude aproveitar um ameno sol na cidade, onde almoçamos em um dos melhores restaurantes do lugar.
E por último fomos para o nosso paraíso particular, um lugar que eu nunca vou me esquecer, e vou querer voltar muitas outras vezes. Bari, na Itália, foi nosso último destino, mas também foi o melhor, assim como em Cassis, a água do lugar me chamou muito atenção por sua incrível coloração.
Como despedida, Aaron reservou uma mesa em um restaurante que se encontrava simplesmente dentro de uma caverna. E além disso tinha a vista para todo aquele lindo mar.
- Nossa, aqui é espetacular né?! - falei segurando sua mão por cima da mesa.
- Sim, o que vai querer?
- Acho que uma massa com frutos do mar, e você?
- Vou acompanhá-la. Se importa se eu pedir um vinho para mim? - ele estava tentando não me fazer passar vontade, e isso era meigo de sua parte.
- Pode pedir, acho que vou pedir um suco de abacaxi.
- Como sempre né?! - ele riu. Suco de abacaxi era meu sabor preferido de suco.
Aar chamou o garçom e fez nosso pedido, e enquanto eu estava olhando perdida para o paraíso a nossa volta, o celular dele tocou.
- Com licença, Chels. É do trabalho, preciso atender. - ao ler o nome na tela do celular, pude perceber que a testa de Aaron vincou, revelando uma certa preocupação. Ele levantou-se da mesa, e se afastou.

AARON:

Quando tínhamos acabado de chegar na Suíça, recebi uma mensagem de Suzanne dizendo que havia algo de errado no clube e que meu irmão estava envolvido. Ela me disse que iria até lá verificar e eu fiquei aguardando sua resposta.
Na hora do almoço, já na Itália, meu celular tocou e eu vi que era ela, e isso queria dizer um mal sinal. Me afastei de Chelsea e atendi.
- Oi.
- Amanda está em coma no hospital desde terça-feira.
- Coma?! Como assim coma?
- Parece que a mãozinha pesada do seu irmão a deixou com inchaço no cérebro e os médicos precisaram deixá-la em coma induzido.
- E Alex? Onde ele está?
- Conseguiram interná-lo em uma clínica.
- Como assim eu não fui avisado sobre isso? - me exasperei.
- Provavelmente seu paizinho encobriu a história para imprensa não saber.
- Caralho! Ainda bem que estamos voltando essa noite.
- Sim. Aaron, você precisa contar para Chelsea.
- Não! Nem começa.
- Mas ela precisa saber!
- Suzie, não!
- Aaron..
- Obrigado por me manter informado, qualquer notícia me ligue!
- Aaron..
Desliguei o celular na cara dela.
Voltei para mesa e Chelsea já estava comendo sua refeição.
- E aí, tudo bem no trabalho?
- Ah, sim! Eles se enrolaram um pouco na divulgação de uma nova proposta da campanha do meu pai, mas já está tudo resolvido.
- Que bom!
- É.
Comemos e depois fomos pro hotel aliviar minha tensão, transando. Mas nada, nem mesmo meu pau metendo com força na minha mulher, me fez esquecer Alex.
Fizemos nossas malas e fomos encarar nossa realidade.

DOMINADORA ( EM REVISÃO )Onde histórias criam vida. Descubra agora