Reinado (EM REVISÃO)

Capítulo 2

Eu realmente não fazia ideia do porque estava sendo solicitada pelo rei Augutus.
Nunca em toda minha vida, infligi alguma regra, muito menos furtei algum estabelecimento. O que mais eu poderia ter feito de errado?

– Senhorita Tames? Precisamos ir. – Solto um suspiro em redenção e vou até os meus irmãos.

– Você vai embora, Marlee? – Jack perguntou, despertando o desespero nos demais.

– Calma, eu irei voltar assim que eu puder. – Dou um beijo na testa de cada um e sigo um dos guardas até a carruagem.

– Obrigada por cooperar, senhorita Tames.

Apenas afirmo com a cabeça e me sento no banco acolchoado. Tudo aqui dentro era diferente. Havia um ar de superioridade e isso não me surpreendia. Após algum tempo, me aproximo do pequeno quadrado de madeira. A vista era divina, e ao avistar a grande ponte de madeira, onde possibilitava a entrada e saída do palácio, não pude conter a admiração.

– Chegamos, senhorita. – Saio dos meus devaneios e seguro na mão do guarda que me aguardava ao lado de fora da carruagem. Desço devagar e endireito minha postura.

– Levarei a senhorita até a sala do Rei Augustus. – Balanço a cabeça, tentando me manter firme.

Ao entrar no palácio me sinto completamente fora de órbita. Sempre imaginei como seria dentro do castelo, mas nada se compara ao que estou vendo neste momento. Tudo era tão bonito e novo.

– Poderia avisar ao rei Augustus que a senhorita Tames está aqui? – Ele pede à um guarda e o mesmo me analisa por alguns segundos, antes de se virar e sumir de vista.

– Por que todos me olham assim? – Pergunto, tentando descobrir o máximo de informações.

– Não sou permitido à falar com a prin... – Ele se detém e solta um suspiro de derrota.

– Com a...? – Antes que ele possa responder, o mesmo guarda que me encarou de forma estranha, se aproxima novamente.

– Ele aguarda a senhorita. – Após ele sair, sou guiada até uma enorme porta de madeira.

– Foi um prazer conhecê-la, senhorita Tames.

O guarda diz, antes de me deixar a sozinha. Bastava eu abrir a porta e encarar a fera de uma vez. Respiro fundo e finalmente tomo coragem, abrindo as portas.

– Vossa majestade! – Faço uma reverência e lhe dou um sorriso tímido.

– Senhorita Tames, é um prazer conhecê-la.

Seu sorriso era encantador. Admito que sempre imaginei como seria a família real, e agora, de frente para o rei, posso concluir que todos são bonitos.

– O prazer é todo meu, majestade.

Me sento de frente para ele. Não era tão ruim como eu imaginei, mas o nervosismo era evidente em meu rosto.

– Temos assuntos para resolver. –Ele se ajeita na cadeira e beberica um gole de café.

– Sobre o que exatamente? – Pergunto, deixando nítida a minha curiosidade.

– Sobre sua família. Me diga, tem quantos irmãos? – Estranho a pergunta, mas não êxito em responde-ló por ele ser quem ele é.

– Tenho cinco irmãos. Três irmãs e dois irmãos, para ser mais exata. – Ele abre um meio sorriso, antes de prosseguir.

– O que tenho para lhe dizer, é algo que pode mudar sua vida para sempre. – Sinto minhas mãos  trêmulas em meu colo.

– Fique a vontade para dizer, majestade. – Tento me manter firme, porém minha postura cai ao ouvir suas palavras.