Capítulo 32

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O mundo havia congelado por breves segundos.

Ainda sem me mecher, continuava a olhar para a minha madrasta, e o sorriso malicioso posto em seus lábios, continuavam a me causar arrepios.

– Marlee? – Ouço a voz do Christopher.

Solto um longo suspiro e desvio o olhar para o meu cunhado.

– Sim? – Seus olhos me analisam por um momento.

– Está tudo bem?

Olho de relance para a Analee e sorrio, tentando aliviar a tensão.

– Estou ótima. – Dou um gole no chá – Como vão as coisas entre você e a Analee?

O clima normaliza novamente. Desvio meu olhar para a árvore procurando por ela, mas não a vejo em lugar algum.

– Estamos bem – Respondeu, com um sorriso indescritível – Hoje irei pedir a mão da Analee para seu pai, confesso que estou nervoso com isso.

Analee rir.

– Você só terá que enfrentar o rei e a rainha da Inglaterra – Christopher se engasga com os pastéis.

Esses dois são hilários, e o mais engraçado é que são pessoas com personalidades completamente diferentes, mas como a vida é algo imprevisível, ela olhou para os dois e viu que o que mais precisavam era de um amor verdadeiro.

Não sei como fui conhecer o Luke. Ele era um verdadeiro príncipe, e ao contrário de muitos homens do reino, ele era gentil e corajoso, e eu sei que quando chegar a hora de governar ou tomar qualquer decisão difícil, ele será o homem certo para isso.

Luke Armstrong é o homem da minha vida.

Sorrio bobamente ao pensar no nosso futuro, em algo que eu nunca imaginei que estaria vivendo e olha onde eu estou, ao lado de pessoas da realeza, mas acima de tudo, pessoas que eu amo.

– Posso saber o motivo desse lindo sorriso? – Meu noivo sussurra em meu ouvido, o que causa uma série de arrepios em meu corpo.

Não gosto da ideia de ser tão vulnerável ao seu toque.

– Um certo príncipe. Por acaso você o conhece? Ele se chama Luke Armstrong. – Pergunto, me fazendo de desentendida.

– Luke Armstrong? Ouvi dizer que ele é um bom rapaz, mas também é caçador de jovens camponesas – Ele sussurra a última parte, roçando seus lábios extremamente macios na parte sensível do meu pescoço.

– Isso é maldade... – Respondi, com a voz mais baixa que o normal.

– Será que os pombinhos poderiam parar de se agarrar? – Analee rir, ao ouvir a reclamação de seu quase noivo.

– Está incomodado? – Respondeu Luke, retrucando o irmão.

– Na verdade não. Só que eu não posso ficar aos beijos com a Analee, aliás nenhum de nós podemos ficar aos beijos. – Disse, resmungando.

– Você tem razão, Christopher – Me afasto – Acho que consigo resistir ao seu irmão.

Todos nós rimos.

O chá correu bem. Depois de muito assunto dito, um dos guardas nos avisaram que o almoço estava na mesa e é claro que tivemos que parar com o maravilhoso chá da manhã e ir para a grande sala de jantar.

Não me agradou muito o fato de ter que almoçar com a minha madrasta, mas o que eu poderia fazer? Talvez pudesse dizer a todos, não acho que seria uma má ideia.

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