Capítulo 17

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– Você aqui? Como soube da nossa busca? – Cruzo os braços encarando a pessoa na minha frente.

– Qual é, Marlee. – Analee dá de ombros e entra no esconderijo, logo a porta se fecha.

– Analee, você me deu um susto. – Sorrio e todos começam a caminhar pelo túnel.

– Desculpa, eu ouvi sua conversa com a Josy e a Elisa, então resolvi aparecer. – A encaro e dou de ombros.

– Tudo bem, você faz ideia de onde possa estar esse quarto? – Vejo Elisa, Josy e Matt andando à nossa frente.

– Sei, na verdade, eu bricava por esses túneis quando era criança. – Ela rir, provavelmente lembrando de sua infância.

– Ótimo. – Matt havia levado algumas lamparinas, ele estava ao lado de Josy, e o fato da minha irmã estar babando por ele era engraçado.

Andamos todos em silêncios, os túneis eram completamentes vazios e escuros, não sei como a Analee brincava aqui quando pequena.

– Alguém pode, por favor, dizer algo? – Analee resmunga.

– O que por exemplo? – Matt questiona.

– Não sei... – Ela para pensando – Que tal falar sobre quem você irá levar ao baile? – Ele encara Josy e sorri.

– Ainda não fiz o pedido. — Ele responde, com as bochechas coradas.

– Então peça. – Essa conversa estava um pouco estranha. Será possível que no meio de uma busca, em um lugar escuro e fedorento, eles estavam falando sobre baile?

– Mas agora? – Ele me olha desesperado.

– Peça, Matt. – Tento encorajar ele.

– Tudo bem... – Ele se vira para a Josy e sorri – Josy, eu gostaria de te convidar para ir ao baile comigo. – Ele a encara de uma forma fofa.

– Matt, mas é claro que eu aceito. – Sorrio ao ver a felicidade estampada no rosto de ambos.

– Que maravilha, agora podemos continuar a nossa busca. – Analee diz com desdém e continua a caminhar a nossa frente.

Depois de se passarem 30 minutos, encontramos uma porta um pouco gasta e velha. Analee passa por todos nós e analisa a porta.

– É aqui, eu lembro dessa porta. – Ela nos olha e suspira – Vocês estão prontos? – Concordamos com a cabeça e ela se vira.

Ela abre a porta devagar, fazendo com que a porta rangesse e emitisse um barulho chato e irritante. Entramos no local olhando tudo ao redor, confesso que o lugar era bem sombrio, as paredes e o chão eram cobertos por um piso branco, em um canto havia uma cama enferrujada com lençois velhos e amassados, logo a frente tinha uma pia pequena e a cima um pequeno espelho, e em um canto bem isolado, havia uma pequena mesa, nela havia um caderno, mais parecido com um diário.

– Nossa... – São as palavras que saem da boca do meu amigo.

– É bem solitário aqui. – Josy diz, enquanto passa os olhos pelo pequeno cômodo.

– Odiaria viver aqui. – Elisa diz, e imediatamente dou uma olhada feia para ela.

– Tudo bem, não é tão ruim assim. – Me aproximo da mesa e pego o  pequeno diário, abro o mesmo e me deparo com as folhas já velhas, tento não descer o olhar para as letras abaixo, mas, minha curiosidade fala mais alto.

1 dia nesse inferno de quarto...

– O que pensa que está fazendo? – Analee olha para mim, logo desvia o olhar para o pequeno caderno em minhas mãos.

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