Capítulo 12

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Parecia que tinha dito algo errado, os homens do conselho, meu pai e minha madrasta me olhavam e cochichavam entre si.

– Disse algo de errado?

– Como uma princesa que há pouco tempo era uma camponesa, vai ter a coragem de falar com o papa?

Um senhor de cabelos grisalhos diz.

– Você não deve falar com ela desse jeito, ela não é diferente de ninguém aqui.

Meu pai eleva a voz ao falar com o senhor.

– Mas majestade, como ela pretende fazer isso?

Ele se senta em sua cadeira e me olha esperando uma resposta.

– Irei marcar uma reunião com o papa, creio que isso ajudará.

Murmúrios ecoam pela a sala.

– Quietos! Reunião terminada, irei resolver algumas coisas com o conselho. Mas quero que me encontre no jardim, Marlee.

Suspiro e balanço a cabeça afirmativamente enquanto me retiro da sala.

– Posso acompanhá-la até o jardim?

Sinto um enorme alívio ao ouvir a voz do Luke.

– Claro que sim.

Seguro em seu braço e caminho em silêncio ao seu lado.

Ao chegar no lado de fora do palácio, percebo o quão lindo estava o céu. As estrelas estavam por todo lugar, deixando aquela noite ainda mais linda.

– Essa noite está perfeita.

Um pequeno sorriso cresce em meus lábios ao ouvir a voz do Luke tão próxima ao meu ouvido.

– Está mais que perfeita.

Me viro para ele e sorrio ao ver suas lindas covinhas.

– Eu admiro você, Marlee.

Seu tom de voz estava mais sério dessa vez. Sinto suas mãos repousarem delicadamente em minha cintura.

– Me admira? Sou apenas uma camponesa, que está de fato, tentando lidar com todos esses problemas, visto que agora sou uma princesa.

Ele me dá um lindo sorriso e se aproxima mais de mim.

– Lhe admiro muito. E eu sei que está sendo difícil, mas com o tempo você se acostumar.

Seus lábios macios e quentes encostam no canto de minha boca.

– Você parece ser o único a me entender.

Sorrio ao sentir o beijo.

– Eu sei como é. Nasci nesse mundo e eu não queria, mas sou o príncipe da França.

Concordo com a cabeça e subo minhas mãos pelos seus braços, paro no instante que sinto algo neles, pareciam cortes, cortes bem fundos.

– Eu... Marlee...

Ele estava mais pálido que o normal.

– O que é isso, Luke?

Ele se afasta e se senta em um dos bancos que havia no jardim.

– Não é nada demais. Foi apenas um acidente.

Me sento ao seu lado.

– Luke, sabe que pode me contar tudo, não é mesmo?

Vejo ele ficar tenso com a menção do assunto.

– Eu sei, mas acho que não é o momento.

Me aproximo para falar mais com ele, mas sou interrompida por alguém, ou melhor, pelo meu pai.

Reinado (EM REVISÃO) Onde histórias criam vida. Descubra agora