Capítulo 5

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SUSIE

E la vou eu mais uma vez pelo caminho que sigo até a biblioteca, mas antes, eu fui recolher as cartas na caixa do correio. Havia apenas uma caixa com um envelope prata e o laço preto, estava endereçada a mim mas sem nada além do meu endereço. Corri pra dentro e me tranquei no quarto, abri a carta e li a seguinte mensagem :
"Querida Susie Meyer,
Através desta carta venho lhe convidar a descobrir o que andou acontecendo com você nesses últimos tempos.
Estarei o esperando na biblioteca de Nova York.
Ps: chegará pelo correio a você um objeto com as devidas instruções de uso.
ASS: Um remetente qualquer"
Eu não sabia o que pensar, minha cabeça estava com milhões de possibilidades, aquilo teria algo a ver com o tremor na terra? Com o símbolo da Árvore? Ou era apenas paranóia? Paranóia ou não eu fui até a biblioteca de toda forma.
O caminho não era demorado, mas eu fui observando a natureza, eu ouvia o som dos pássaros nitidamente como nunca tinha ouvido antes, aconteceu também com o som das folhas se balançando com o vento e com o barulho de pequenos insetos, eu achei estranho mas continuei o caminho. De repente um barulho estranho aconteceu e eu procurei de onde vinha, não encontrei, mas quando fui voltar meu olhar para a rua, Max estava na minha frente.
- Puta merda! O que você está fazendo aqui? - eu disse assustada.
Antes que ele respondesse, o dia da biblioteca passou como um filme perante aos meus olhos.
- Eu quero poder me apresentar de verdade a você, aquele dia você correu, como se eu fosse perigoso - ele respondeu, suas palavras pareciam verídicas.
Será que Max não tinha visto a tatuagem? Será que ele não sabia o que realmente tinha acontecido? Só pensei nessa possibilidade depois que ele falou isso, mesmo assim achei melhor evitar.
- Eu tenho um compromisso.
Me desviei dele e tentei continuar andando, ele foi caminhando na mesma velocidade do meu lado.
- Só um cafezinho? Pra compensar aquele dia - ele propôs com uma voz doce.
Eu pensei na situação, por que não conhecer melhor ele? Mas faria um drama mesmo assim.
- Melhor não, você é totalmente desconhecido, poderia tentar se aproveitar de mim - respondi.
Ele se virou e sorriu pra mim.
- E se você for a psicopata?
Eu não consegui evitar o sorriso que brotou em meu rosto e concordei com a cabeça.
- Você deveria ter medo de mim.
- Onde tem cafezinho por aqui?
Ele sorriu e fez um sinal para que eu o seguisse. Chegamos no café, ele sentou em uma mesa e pediu um expresso e eu fui de capuccino.
- Então agora podemos ter uma apresentação digna? - ele me perguntou.
Assenti com a cabeça.
- Então, como você sabe, meu nome é Max e eu tenho 19 anos.
- O que te faz parecer mais psicopata ainda, por que eu tenho 15.
Ele riu. Continuamos conversando sobre nossos gostos em comum e discutindo sobre política, homofobia, feminismo e outros temas polêmicos. Descobri que ele também ama Star Wars, perdemos tempo falando sobre isso também.
No final do nosso cafezinho, Max pediu meu número e eu passei a ele, não sabia o que esperar dele, não era uma pessoa transparente. Ele se despediu e a hora que eu virei e comecei andar, ele se virou e gritou:
- Que a força esteja sempre com você!!

Fui embora pra casa feliz, apesar da primeira vez que a gente se encontrou, essa compensou tudo. Ele foi super gentil e realmente pareceu não saber sobre a tatuagem, mas eu ainda desconfiava dele. Quando cheguei lembrei da carta e acabei pensando, como e quando esse tal "objeto" irá chegar? É algo de teletransporte? Eu não sabia o que esperar de tudo isso.

RAVENA

Tudo estava bem bosta. Começando pelo meu relacionamento com John, ele estava me tratando super mal. E em casa minha mãe resolveu implicar com tudo o que eu estava fazendo, e aquele dia não foi diferente.
- Bom dia filha -disse meu pai todo entusiasmado
- Bom dia pai -eu respondi ainda um pouco sonolenta.
Estava pronta pra chamar a empregada com meu café da manhã quando minha mãe começou a gritar:
- ISSO É HORA DE ACORDAR, DEPOIS NÃO QUER QUE EU RECLAME!! 
Eu gritei de volta:
- NÃO PEDI PRA NINGUÉM TOMAR CONTA DA MINHA VIDA!!
Ela veio até a sala de jantar com o olhar furioso. Parou frente a frente comigo e falou:
- Acho bom você sair da minha frente agora ou eu não sei o que sou capaz de fazer.
Eu fui para o meu quarto e arrumei uma mochila com várias coisas pra passar o dia fora de casa, peguei as chaves do carro e sai em disparada.
Fui até a praça, embolei a maconha e la fiquei até o cigarro acabar, abri a mochila e peguei minha garrafa de vodka. Já estava na metade da garrafa quando meu celular tocou. Olhei a tela e minha foto com o John estava estampada la.
- Alô? - ele disse.
As palavras se embolaram na minha boca e eu dei uma risadinha.
-Oi - finalmente respondi
- Onde você tá? A gente precisa conversar.
- Tô no parque, vem aqui ué.
- Eu tô indo, me espera aí.
Eu dei mais alguns goles na garrafa quando ele chegou. Veio com a cabeça baixa até mim e disse apressadamente:
- Eu não quero que você dificulte as coisas.
Eu estava bem lerda a aquela altura, minha visão já estava turva.
- Eu preciso falar pra você, acho que você já sabe. As coisas entre a gente não vão bem e eu quero terminar com você. Além disso estou saindo com a Ashley, então não fica atrás de mim não.
Ele fez aquela cara que nojo que eu odiava, deveria ser de provocação, mas eu não estava raciocinando direito, então eu apenas ri da cara dele.
Ele virou os olhos e ficou esperando uma reposta, ao invés disso eu só coloquei a mochila nas costas, peguei minha garrafa e sai andando.
Fiquei até tarde no parque. Depois fui até a balada onde encontrei o garoto do ponto de ônibus.
- Max? -perguntei
- Oi, que surpresa te encontrar por aqui.
Minha mente estava lenta, apesar do efeito da maconha já ter passado, eu ainda estava meio tonta pela vodka.
- Digo o mesmo.
- Acho que aquele dia a gente não teve a devida apresentação, se importaria se eu te pagasse uma bebida?
- Não, eu não me importo.
Eu já estava bêbada de mais mas mesmo assim resolvi aceitar.
Eu e Max ainda ficamos conversando por um bom tempo, ele é um cara legal.
Dirigi tarde até minha casa, não sei como consegui chegar, entrei e fui direto pro banho. Quando entrei no meu quarto havia uma carta em cima da cama, em um envelope prata.
"Querida Ravena Cooper,
Através desta carta venho lhe convidar a descobrir o que andou acontecendo com você nesses últimos tempos.
Estarei o esperando na biblioteca de Nova York.
Ps: chegará pelo correio a você um objeto com as devidas instruções de uso.
ASS: Um remetente qualquer"
Eu não estava bem, então não entendi nada. Guardei a carta e a única coisa que pensei foi em que objeto era aquele?
Peguei rapidamente no sono.

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