Elementares

Capítulo 4

HAYATO

O dia começou com o grito do meu pai:
- ACORDEM!!!!
Eu me virei de um lado para o outro até que decidi levantar. Hoje era dia de treino, meu pai é mestre de Jiu-jitsu, tem uma academia, onde eu e meus irmãos treinamos. Parece que meu pai nos trata bem, mas dentro do tatame a história é outra, ele exige que todos nós treinamos de forma cansativa, mas acabamos nos acostumando.
Hoje é meu dia de pegar as cartas, fui até a caixa do correio e peguei todas elas, uma em especial me chamou atenção, estava em um envelope prata, endereçada a mim. Levei um susto, há tempos eu não recebia una carta, resolvi guardar no bolso e abrir quando estivesse sozinho. Deixei as cartas em cima da mesa e fui para o quarto, tranquei a porta e, sentado na cama, eu abri o envelope.
"Caro Sr. Hayato Yashima,
Através desta carta venho lhe convidar a descobrir o que andou acontecendo com você nesses últimos tempos.
Estarei o esperando na biblioteca de Nova York.
Ps: chegará pelo correio a você um objeto com as devidas instruções de uso.
ASS: Um remetente qualquer"
Eu não sabia em que pensar. A carta não tinha endereço, não tinha nome e nem tinha o selo do correio, era uma coisa confusa. Como eu iria a Nova York? Eu não tenho dinheiro. Vai chegar um objeto? Tá de zoas né? Eu não sabia o que esperar. Estava tão pasmo que não ouvi as batidas na porta, peguei a carta e coloquei dentro da minha caixa e joguei em baixo da cama.
De noite, na academia, um aluno novo chegou, eu era o mais evoluído entre todos meus irmãos, mesmo sendo o mais novo. Meu apelido la era Magrelo Faixa Roxa. Meu pai me chamou:
- Ei Magrelo, você pode passar o básico pro aluno novo?
- Sim mestre! - respondi.
Fui até o menino.
- Qual seu nome? - perguntei
- Max e o seu?
- Sou Hayato, mais conhecido como Magrelo.
Estava passando alguns movimentos quando reparei na tatuagem de Max em seu antebraço, ela se iluminou e eu me afastei de repente.
- O que aconteceu? - ele perguntou
- Não é nada - respondi um pouco nervoso.
O treino acabou bem rápido.
Quando deitei pra dormir, os pensamentos vieram a tona. Será que Max tinha algo a ver com a carta? Eu tinha muitas perguntas e poucas respostas,na verdade, nenhuma resposta.

JAKE

Eu arranjei um serviço no verão, ia trabalhar em uma loja de artigos esportivos. Estava saindo de casa quando o carteiro estava passando, ele nunca parava em casa, minha mãe, eu nem sabia onde estava, e meu pai deveria estar bebendo, nem deve ficar sóbrio o suficiente pra ligar pro próprio filho. O envelope da carta era prata envolvido com uma fita de cor preta, estava apenas com o meu endereço, entrei pra dentro e me joguei no sofá, quando abri a carta, tinha a seguinte mensagem: "Caro Sr. Jake Miller,
Através desta carta venho lhe convidar a descobrir o que andou acontecendo com você nesses últimos tempos.
Estarei o esperando na biblioteca de Nova York.
Ps: chegará pelo correio a você um objeto com as devidas instruções de uso.
ASS: Um remetente qualquer"
Aquilo me perturbava um pouco, eu não sabia quem havia mandado a carta, não sabia nada do que pensar. Sai correndo para o trabalho, não podia chegar atrasado no primeiro dia.
Quando entrei na loja, havia um garoto parado atrás do balcão, deveria ser o moço que já trabalhava lá, ele me viu e se apressou em dizer:
- Você deve ser o novo vendedor, sou Max e você é o?
- Jake - respondi
Ele esticou o braço pra me comprimentar e eu vi a tatuagem da Árvore da vida em seu antebraço, ela se iluminou e eu a fitei ainda mais, olhei  nos olhos de Max e ele sorriu como se não tivesse vendo o que acabará de acontecer, mas eu sabia que ele escondia alguma coisa, eu conseguia ver em seus olhos, mas quanto a tatuagem, eu achei que fosse loucura minha, talvez eu só tivesse vendo coisas de mais.
Um grupo de surfistas entrou na loja e eu fui atende - los, um deles falou:
- Você sabe que estão dizendo que existem 4 jovens que vão salvar nossa ilha?
Eu me interessei pelo assunto e me concentrei na conversa.
- Disseram também, que cada um deles tem um poder diferente, o agente foi mandado para recruta - los, finalmente seremos salvos - disse outro jovem
Terminei de atender aqueles garotos e fiquei pensando, será que eu tinha algo a ver com essa história toda? Não! Eu tinha que parar de me distrair com aquilo, se eu tivesse algum poder eu já teria descoberto.
Me distrai pelo resto do expediente, mas quando cheguei em casa as perguntas vieram a tona. Eu só sabia perguntar, tinha que encontrar uma forma de saber responder.