Capítulo 21

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SUSIE

O portal em deixou em frente a um jardim botânico. Algumas pessoas que estavam lá por perto, me olhavam e sorriam de forma simpática. Uma mulher de uns 45 anos veio em minha direção, um sorriso radiante iluminava seus olhos.
- Olá, sou Lucille, e sou a líder da parte Terra.
- Olá - comprimentei - sou a Susie.
Ele me deu um abraço e o sorriso não saia de seu rosto.
- Vou apresentar a você nosso lado.
Ela fez um sinal e eu comecei a segui- la.
- Essa é nosso cultivo. Somos os responsáveis por abastecer a ilha. - ela sorriu de forma amigável.
Continuamos andando até que um menino veio em nossa direção. Ele é bem branco, tem o cabelo raspado na coloração castanho, como seus olhos. Ele olhou para Lucille e ofereceu a ele um sorriso. Todos aqui aparentam serem muito felizes. Então ele disse:
- Pode deixar que eu continuo a partir daqui.
Ela sorriu para nós e fez um aceno de despedida.
- E você é o? - eu perguntei.
- Sou Julian, tenho 17 anos e sou nativo da terra, e você?
- Sou Susie, tenho 15 anos e sou nativa do mundo dos normais.
Ele deu risada pela minha ênfase em "normais".
Continuamos andando até a floresta:
- Aqui é nossa reserva ambiental, aqui é nossa famoso bosque. É um belo local como ponto turístico, e é destinado ao lazer.
- Todos os outros podem vir até aqui? - perguntei.
Ele apenas afirmou. Então chegamos a última parte, que é a criação de animais.
- Toda a alimentação da ilha é nossa resposabilidade, inclusive as carnes.
Ao lado desse local, havia um armazém, provavelmente para colocar a carne.
- Então, você quer ir ver o dormitório? - ele me perguntou.
A pergunta foi com pura inocência, mas mesmo assim eu decidi brincar um pouco.
- Que proposta indecente.
Eu gargalhei e ele ficou vermelho.
- Tô brincando com você, fica tranquilo - eu ri e dei um leve empurrão em seu ombro.
Ele levantou sorrindo e eu o segui.
O dormitório é grande.
- Você vai perceber que aqui as pessoas se comprimentar por sorrisos, não sei como é seu mundo, mas não se assuste. - ele disse.
Então uma criança linda, tinha os cabelos loiros e os olhos grandes e castanhos, a coisa mais linda. Ela sorriu pra mim e eu sorri de volta. Já vi que isso me fará bem.
Ele me levou até sua beliche e eu gravei bem o número, que é 345.
Voltamos a caminha tranquilamente e ele começou a me fazer algumas perguntas:
- Como é o mundo dos Normais?
- Aaa, é um pouco diferente sabe? É grande, bem grande. Algumas tecnologias que vocês tem, nós não temos, e algumas que temos vocês não tem, e eu gosto de lá.
Eu respondi com uma saudade. Não fazia nem três horas que estávamos aqui, mas eu já estava com saudades da minha mãe, sei que o tempo para la, mas eu quero poder contar tudo isso a ela, mesmo não podendo.
- Ei - Julian estalou o dedo em minha frente - tá viajando é?
Eu gargalhei alto.
- Estou com saudade de casa.
- Você é bem apegada a sua família né? - ele me perguntou.
- A minha mãe. Não tenho irmãos e meu pai me abandonou. E tenho um carinho especial pelos meus avós, eles ajudaram a me criar. E você?
- Eu sou aquele cara que sempre se virou - começou a responder - vim do mundo dos normais, por que um deles daqui da ilha descobriu meu poder.
Seus olhos perderam um pouco do brilho, então ele continuou:
- E a Claire, que é uma Black Angel, foi me buscar. Ela contou a situação aos meus pais, e eles aceitaram numa boa. Eu era rejeitado desde que nasci, mas ainda assim eu queria conhecer os dois.
Eu sorri de forma triste pra ele, e o abracei de lado. Ele virou e correspondeu ao abraço, me dando um beijo na testa, como sinal de proteção.
Quando o soltei, vi uma cena que me deixou muito nervosa. Dois caras estavam brigando e uma mulher estava perto. De repente o que estava em cima, se levanta e vai em direção a mulher com a mão erguida. Eu mal percebi que já estava no meio da cena, senti minha pulsação aumentar, e antes que ele pudesse bater nela, eu entrei na frente e estendi minha mão, raízes de árvores grudaram no pulso do homem e ele foi jogado de lado. Eu me acalmei enquanto os oficiais o levavam.
- Obrigado, você me libertou - disse a mulher me agradecendo.
Ela ajudou o homem caído a se levantar e ele me ofereceu um sorriso, que eu retribui.
A multidão me olhava com gratidão, todos sorriam e então eles começaram a bater palmas, eu me concentrei em ouvir o som, e me senti muito especial.

JAKE

Sai em frente a um grande local, parecia um salão. Um homem veio em minha direção.
- Olá sou o Bryan, é um prazer recebe-lo - ele tem uma voz rouca.
- Prazer, sou Jake.
- Sou o líder dessa parte da ilha, e como estou ocupado com algumas coisas, Mark e Thomas serão responsáveis por apresentar a ilha a você. - ele completou.
Vi dois caras vindo em minha direção, um deles tinha cara de marrento e o outro estava sorrindo, ambos pareciam mais velhos.
- A partir de agora, ele é responsabilidade de vocês - disse Bryan aos dois.
Ele se virou e saiu andando.
- Olá, prazer Jake, sou o Thomas, tenho 20 anos. - se apresentou com um sorriso.
- Eae, sou o Mark, tenho 22 anos - se apresentou ainda com a cara fechada.
Thomas fez um sinal para eu segui-los. Ele apontou para o grande rio, que é muito bonito, e disse:
- Aquele é o rio, aqui somos os responsáveis pelo abastecimento de água para a ilha toda.
Mark apontou pra grande máquinas e disse:
- E aquele ali é o ponto do tratamento, então qualquer erro ali ferra todo mundo.
Eu assenti e continuamos andando.
- Nossa parte não tem muita coisa, basicamente tudo gira em torno do rio. - explicou Thomas.
- Aqui é o escritório de atendimento - apontou Mark para um lugar que parecia consultório de dentista.
- Reclamações também são aqui? Vai que minha água apareça suja - eu fiz uma piada com um sorriso no rosto.
Thomas deu uma gargalhada alta e Mark me ofereceu um rápido sorriso.
- Esse é o dormitório - apontou Thomas, ainda rindo, para o grande salão.
Quando entramos la dentro ele estava vazio, havia umas poucas pessoas por lá. Então os meninos me mostraram onde fica suas beliches.
Voltamos lá pra fora e eu fiz uma pergunta que não queria calar:
- Aqui vocês nãos assistem futebol*?
Eles me olharam com uma cara de dúvida é então Thomas falou:
- O que é isso?
Eu me virei pra eles e parei bruscamente.
- COMO ASSIM VOCÊS NUNCA ASSISTIRÃO?
Eles deram risada pela minha reação, e eu completei:
- Qualquer dia levo vocês até minha casa para assistirmos.
Thomas me ofereceu um sorriso e Mark apenas assentiu.
Continuamos caminhando, até que eu vi uma cena que me deixou com muita raiva.
Uma mulher estava caída no chão, chorando e três homens estavam ao redor dela, o lugar que eles estavam era pouco iluminado, e se parecia com um beco. Quando percebi já estava lá no meu dos três.
Eles me olharam com uma cara feia, e eu senti o sangue pulsando de forma bruta em minha veia.
Um deles me olhou e disse:
- Sai daqui babaca, não viu que estamos ocupados? - olhou com malícia pra mulher.
Eu posicionei minha mão em forma de soco, mas ao em vez disso, estendi minha mão de frente para o corpo do cara e um jato muito forte de água o jogou pra trás. Eu me virei para o segundo e o terceiro cara e fiz o mesmo. Ajudei a mulher a levantar e me acalmei. A polícia chegou e levou os três.
- Obrigada, você salvou minha vida - disse a mulher, que tem uma voz doce e tranquila.
Só de ouvir que eu poderia salvar vidas um arrepiou percorreu meu corpo e eu sorri orgulhoso.

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* o futebol que Jake cita é o Americano, esporte popular nos estados unidos.

Amores do meu heart, desculpa a demora na postage, mas uma correria ultimamente.
Só queria avisar que posso demorar com os próximos também.

Beijos de unicórnia e aproveitem a leitura ❤

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