Capítulo 7

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JAKE

A vida seguia normal. Eu ia pro trampo, ia pra algum lugar comer, ia pro surf e depois pra casa.
Era uma terça, cheguei no serviço e tinha um pacote em cima do balcão, Max já estava lá como sempre e me entregou o pacote.
- Chegou isso aqui, tá endereçado a você - ele disse.
Fui até os armários pra guardar as coisas e abri o pacote. Lá dentro estava um anel e uma carta.
"Caro Jake,
Este objeto tem um simples funcionamento, ele irá te transportar pra onde você quiser e precisar. Basta coloca - lo no dedo indicador e no dedo do meio, apontar esses dois dedos pra frente e pensar no local onde quer ir, gire a mão que esta com o anel e um portal se abrirá. A partir daí você entra no portal e sai no local desejado.
Te espero em Nova York, sexta-feira as 15hrs.
Espero que faça um bom uso.
ASS: Um remetente qualquer "
Eu não acreditei em nada do que estava escrito, nenhum cientista famoso havia criado o teletransporte, e se tivesse criado não chegaria até mim, deveria ser um tipo de brincadeira. Guardei o pacote no armário e voltei para a loja.
Naquele dia teve muitos clientes, mas eu só conseguia pensar no anel. E se, por um simples erro, tivessem me confundido com alguém? Mas e se fosse verdade e o anel me teletransportasse?
Eu resolvi que quando chegasse em casa eu já teria que ter decidido.

Cheguei em casa e resolvi que iria fazer um teste, pelo menos la eu estava sozinho. Fiz o passo a passo e pensei na montanha em que fiz o último pequinique em família com meus pais, entrei pelo portal e sai realmente no local desejado, eu não estava acreditando, tinha se mudado algumas coisas mas eu estava realmente lá. Voltei assustado para o apartamento.
- AAAAAA QUE MERDA!! - eu gritei.
Eu só podia estar enlouquecendo. Apesar de ter aprendido a me controlar, eu ainda sentia um pouco de raiva e era impulsivo na maioria das vezes.
Para não socar nada, eu peguei a jaqueta, subi na minha Harley (foto na multimidia) e fui até o bar de um amigo meu.
Sabia que não deveria ir até a montanha, ela me trouxe lembranças de meus pais, e eu odiava meus pais.
Enchi a cara. Não sei como cheguei ao apartamento, mas quando cheguei já me joguei no sofá mesmo e cai num sono pesado.

RAVENA

Meu sofá, meu nescau e meu pão, e meus desenhos animados favoritos? Nada melhor que passar o dia todo assim.
A ficha que eu terminei com John havia caído, mas eu não me sentia tão mal, apesar de estar um pouco triste.
Estava assistindo Bob Esponja quando minha mãe parou em frente a televisão, ela segurava um pacote.
- Aqui - ela jogou o pacote no sofá do meu lado - Chegou agora pouco pra você, espero que não seja dinheiro gasto a toa.
- Nem eu sei o que é - respondi.
Ela saiu da sala, sem dizer nada, achei estranho mas também não falei nada.
Abri o pacote e lá estava um anel, eu peguei e experimentei, quem me mandou sabe certinho o tamanho, o que era estranho. Havia uma carta no fundo da caixa.
"Cara Ravena,
Este objeto tem um simples funcionamento, ele irá te transportar pra onde você quiser e precisar. Basta coloca - lo no dedo indicador e no dedo do meio, apontar esses dois dedos pra frente e pensar no local onde quer ir, gire a mão que esta com o anel e um portal se abrirá. A partir daí você entra no portal e sai no local desejado.
Te espero em Nova York, sexta-feira as 15hrs.
Espero que faça um bom uso.
ASS: Um remetente qualquer "
Eu li aquilo, não acreditei em uma única palavra, então guardei tudo dentro da caixa e voltei a assistir o desenho.

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