Capítulo 13

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Meses se passaram e nenhum sinal de Lynn. Carl e Lizzy já não falavam mais dela. No escritório, tudo se resumia a trabalho, ele mais simpático com todos, especialmente com Anna, sua secretária. Nas horas do almoço, ele era rodeado de mulheres, cada uma mais linda que a outra, todas visivelmente interessadas neles. Mas Anna era a que tinha a maior atenção...

Todos já sabiam que Carl estava separado mas ninguém sabia porque e era uma das maiores curiosidades no hospital, afinal, quem poderia largar um marido tão bonito, inteligente, e bem sucedido? Em todo caso, as mulheres agradeciam. Carl estava bem mais aberto aos flerte que elas davam e já tinha até saído algumas vezes para as festas com elas. A única coisa que elas não conseguiam ainda é ficar com ele, por alguma razão, Carl ainda não reagia a todos os avanços que recebia. Ele bebia um pouco, ria um pouco, e até dançava um pouco, mas chegava uma certa hora da noite, ele se despedia de todos, como se nada o afetasse.

Anna andava estressada com tanta concorrência embora era bem claro para ela e para todas as demais, que a atenção de Carl estava nela. Mas nada era feito a respeito e isso a irritava.

As vezes que eles haviam saído juntos por razões de trabalho, ela até insinuou-se algumas vezes, mas nada até que um dia non carro...

-Carl, sonhei com você ontem a noite...

Anna fingiu estar envergonhada.

-Eu já sonhei com você várias vezes Anna...

-É mesmo? Me conta um desses seus sonhos!

-Melhor não...

Ele sorriu envergonhado.

-Eu gosto de você Anna mas eu não posso me envolver com você.

-É a Lynn?

-Nem tanto. Eu ainda tenho sentimentos por ela mas não posso ficar preso a eles. A questão aqui é que trabalhamos juntos e isso é simplesmente inapropriado.

-Mas ninguém precisa saber Carl.

-Mas eu sei. Você sabe. Não seria isso já o suficiente?

Por mais que Anna admirasse o seu caráter, as vezes Carl a irritava com tanto senso de justiça...

-Até quando vamos ficar enterrando nossos sentimentos por meras razões profissionais? Eu acho que se o seu coração quer, porque não?

-O meu coração quer sim mas... e se tivermos problemas, e se alguma coisa acontecer, o que será da nossa relação profissional?

-Para quê pensar naquilo que não temos como prever Carl? Toda noite eu vou dormir pensando em você...

A verdade é que ela não era a Lynn e por mais que ele gostasse de seu sorriso, dos sonhos que já tinha tido com ela, de seu jeito sexy de se vestir, nada era o suficiente e ele sabia que se ele começasse a se envolver com Anna, ele a machucaria.

-Eu não quero lhe machucar Anna. Não sei se estou pronto para me envolver com alguém agora.

-Eu não me importo com isso Carl. Eu posso ser sua amiga mais íntima, não precisamos levar o nosso relacionamento a sério ainda, seria algo mais íntimo, menos previsível...

Carl não sabia o que responder. A oferta era muito boa para ser verdade... será que ela realmente não iria querer mais nada dele além de uma noite a dois?

O seu celular tocou antes que ele pudesse atende-lo e ao olhar, era Lynn. Seu coração acelerou um pouco...

-Alô

-Carl, sou eu.

Ele não queria que Anna soubesse que era Lynn então não pôde falar abertamente...

-Sim.

-Como está Lizzy?

-Ela está bem obrigado.

-Como assim bem? Carl, eu sei que você deve estar com raiva de mim mas... mas eu sinto saudades da Lizzy... tem como eu falar com ela?

-Agora não, estou no carro.

-Eu preciso falar com você também sobre a nossa separação.

-Eu não posso falar agora, estou com alguém aqui. Você me liga daqui uns 20 minutos?

Lynn aceitou ligar de volta. Ao desligar o celular, Carl chegou na frente da casa de Anna.

-Você quer subir?

Ela perguntou.

-Não, hoje não. A gente conversa na segunda...

Anna se entristeceu, afinal era sexta e tinha um monte de coisas que eles poderiam fazer juntos...em todo caso, ela se aproximou dele no carro e o beijou na boca e Carl não se desviou.

Amor em RuínasOnde histórias criam vida. Descubra agora