° Capítulo 8 °

1.2K 96 43
                                    

Depois de invasão sempre rola reunião e lá estávamos nós, tentando descobrir quem era o x9, mas meus seguranças eram treinados para nunca passar desconfiança pelo olhar, então se tornava uma tarefa mais complicada, mas eu vou descobrir. 
  Estava rolando pagofunk em um barzinho próximo da boca, chamei o Bruno e a Manu, a Ally não quis ir porque estava enrolada com um boy ai. Descemos no barzinho já pedindo um cerva gelada. Fiquei dançando com a Manu enquanto o Bruno ficava conversando com os meninos e servindo a gente. Era mais de duas horas da manhã quando cheguei em casa e fui olhar meu celular, tinha mensagem de número desconhecido e logo leio. 

"Como dona do morro você tinha que dar exemplo e não ficar dançando por ai. Beijos da sua X9 preferida"

  A única coisa que eu sei é que a cada dia que passa meu ódio aumenta porque essas pessoas estão ao meu redor e eu não faço ideia de quem sejam elas. Resolvo tomar um banho e dormir, ficar me remoendo a essa hora não vai adiantar é nada mesmo. 

Acordo no outro dia com o meu radinho gritando, misericórdia Jesus, Bruno tá desesperado para eu ir na boca, aviso que vou só tomar um banho e vou. Faço minhas necessidades e tomo um banho rápido, visto a calça, uma regata e calço o tênis, pego minhas chaves e o capacete e arranco com a moto, chegando em poucos minutos na boca.
  Entro na minha sala e vejo o Bruno espumando de tanta raiva, eu ein, que bicho mordeu ele? Espero que não tenha acontecido algo com o meu morro, se não eu fico pior que ele.

- SE EU TIVESSE MORRENDO EIN, DEMOROU DEMAIS VELHO- ele grita e eu olho bem no fundo dos olhos dele.

-Meu amor, qual a necessidade de gritar e logo comigo? Se você tá de TPM a culpa não é minha não, come chocolate que passa.

Me sento de frente pra ele ainda o olhando, esperando ele falar até que ele suspira e finalmente fala.

- Olha Patroa, sei que os esquemas aqui estão de boa, então tipo, precisamos reforçar o armamento e rever a segurança, creio eu que não tem apenas um x9 aqui, tem vários e a maioria é da segurança- ele fala e eu começo a pensar no caso.

- Concordo com você e deixo isso nas suas mãos, só continua me informando de tudo que acontece aqui- falo.

- Pode deixar patroa, vai tudo ficar melhor que agora- ele fala e eu assinto.

- Bom, vou lá na Ally ver se como está o andamento dos pagamentos do morro. Mas antes quero te fazer uma pergunta- falo e ele me olha atentamente.

- Pode perguntar pow, respondo tudo o que quiser- ele fala de um jeito malicioso e eu mando o dedo do meio pra ele.

- Sai de mim, meu pai era mandão ou era bem de boa e quase não cobrava?

- Na boa Ágata, seu pai era muito tranquilo, ele cobrava pouco e quando não pagavam ele só deixava pra lá, não ia atrás pra saber o motivo, se aquela pessoa que não pagou tá realmente passando fome, igual faz. 

Sorrio e saio da sala indo em direção a sala da Aline, mas paro na porta ao perceber que ela não está sozinha. Volto para a minha sala e fico até a hora do almoço organizando as coisas, pensando em planos e em possíveis X9. Chamo o Bruno pra gente ir almoçar na tia Divina, ela faz comida tão bem que nem faço almoço pra mim mais, só como lá. 
 Já era noite quando cheguei em casa com a cabeça fervilhando com os pensamentos, pensando em quando será a próxima invasão, porque o tempo tá passando e a Matadora tá ficando impune e se aproveitando. Mando uma mensagem no grupo das meninas e dos meninos chamando eles para irem em uma boate aqui perto, é hoje que eu pego um X9.

Já arrumada entro no meu carro e sigo para a boate, quando chego lá dou uma boa gorjeta para o segurança colocar o nome de todos na lista e arrumar um camarote pra gente e entro, nada que dinheiro não possa resolver. Logo todos chegam e a gente começa a beber, as meninas logo se dispersam por ai com os boys e eu fico tranquila só observando o movimento pra ver se vai rolar algo suspeito, até que sinto uma presença atrás de mim.

Me viro já com a arma na mão e a pessoa se assusta segurando em minha mão, era o Bruno.

- Oh inferno, sabe avisar que ia chegar perto de mim não? Quase que eu te mato doidão.

- Eu não podia avisar que ia chegar perto de você, queria te pegar de surpresa pra fazer uma coisa.

- Que coisa uai? 

- Isso.

Ele me puxa pela nuca e me beija, fico sem reação alguns instantes mas logo passo meus braços ao redor do seu pescoço e me deixo levar por esse momento, uma coisa eu posso afirmar com toda certeza: ele tem pegada.

Quando o beijo acaba sinto meu celular vibrar no bolso da saia e o pego, quando abro a mensagem do número desconhecido tenho a certeza que a pessoa está mais perto de mim do que eu imaginava. Mostro a foto para o Bruno e ele apenas assente, indo em direção de onde a pessoa tirou a foto. 

Hoje eu te mato sua X9.

////


Deixa seu votinho ai vai, me incentiva a continuar editando. 

Com amor, Bella

Ágata (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora