Convidado surpresa

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Os dias se passaram como um borrão sem forma, me sentia cansada e de alguma forma fora de órbita.  Quando dei por mim uma semana já havia se passado.
Tive que passar horas para convencer Sam de que eu ficaria bem sozinha e que em breve Max estaria de volta, ele foi embora mas até agora não tive notícias do meu tio. Só por telefone.
Com o tempo fui me acostumando a ficar sozinha de novo.
Não tive nehhuma notícias deles depois daquele dia... em partes isso me fazia me sentir calma... mas ao mesmo tempo ficar sozinha tem se tornado frio...
Estou deitada em minha cama com algumas folhas do meu trabalho de geometria que acabei de fazer quando ouço o barulho da porta de entrada se abrindo. Sem notar pulo da cama com uma esperança boba no corpo, pulo os degraus da escada rumo ao hall de entrada. Quase esqueço as dores e fraquezas apenas corro.
- Tio Max é você?- minha voz sai tremula e tenho que me conter.
Olho pela casa mas nenhum sinal de Max,  vou até a porta principal e ela esta perfeitamente trancada.  Sinto meu sorriso morrrer aos poucos,  não notei a falta que sentia de Max até aquele momento. Viro para voltar ao meu quarto e noto pelo canto do olho uma sombra passar pela cozinha, paro instantaneamente com os ouvidos atentos.
- Max?- mas não tenho nenhuma resposta. Sem pensar digo o nome que a dias tentava evitar.- Tobby...?
Dou alguns passos até a porta da cozinha, com cuidado olho em volta, não havia ninguém.  Me sinto cansada novamente,  e me apoio na mesa para não cair no chão.
- Isso está ficando fora do normal...
Talvez eu estivesse doente, uma virose talvez... Próximo tópico da minha lista mental: ir ao médico.
Subo com cuidado até meu quarto e me jogo na cama.
Quando estou prestes a dormir novamente vejo algo na mesa próxima a janela. Me levanto e pego a pequena garrafa que encontro ali. Eu não tinha colocado aquilo ali. Sequer tinha uma garrafa assim.
Ela era de vidro e cabia na palma da minha mão.  Dentro havia um líquido azul brilhante.  Passei alguns segundos admirando a garrafa até que um movimento me fez olhar para fora da janela.
Tinha um homem ali. Seu rosto estava corberto pela sombra de seu capuz.  Mas eu senti...
Ele esteve dentro de casa, e ele colocou aquela garrafa ali...
Mas de todas as questões que rondavam minha a questão que mais me assombrava era...

Por que ele não veio antes...?

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