"Eu nunca acreditei em histórias de terror, pra mim elas não passavam disso. Nunca tive que me preocupar com os monstros do meu armário, ou o que havia em baixo da cama. Nunca tive medo do escuro. Desde que me entendo por gente eles sempre foram re...
Decido passar a noite na mansão. Não queria admitir, mas eu estava com medo... pessoas entrando na minha casa a qualquer momento, assassinos soltos por ai... Tio Max longe. Eu me sentia impotente e insegura. Queria dar um fim em toda essa confusão. Mas por onde eu vou começar? No que seria "o meu quarto" na mansão, ao lado da minha cama havia uma janela onde eu pude ver a chuva da madrugada novamente caindo. O quarto era bonito e eu me sentia em paz. Pude notar que antigamente alguma garota dormia ali. Talvez Jane? Creio que não, o quarto era delicado demais. Após algum tempo olhando para o teto decido descer até a cozinha para tomar um pouco de água. Desço a escada e antes de chegar aonde queria noto alguém na janela. Era ele...
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Ele estava sem os óculos e o capuz que sempre cobria o seu rosto, pude notar que ele estava pensativo, quase não me viu parar ao lado dele. - Tobby... Ele continuou olhando para janela, as gotas escapavam até seu cabelo e sua respiração saia como fumaça de sua boca, por conta do frio me encolhi para mais próximo da janela. Ele não disse nada por um tempo e o silêncio começou a se tornar constrangedor. - Ele tocou em você? Sua voz saiu séria, seus olhos permaneciam fixos do lado de dora da janela. Sem entender continuo olhando para ele esperando que ele pare de se distanciar. - Não. Ele ou o que quer que tenha entrado na minha casa não me tocou. Ele olhou para mim por um breve momento e segurou o meu queixo. - Então o que é essa marca roxa no seu rosto? Eu já havia me esquecido, quando Jane me fez tomar o líquido acabei me descontrolando e acertei alguns objetos tanto nela quanto em mim. Eu era um perigo até para mim mesma... - Isso não foi nada...- Digo já tirando sua mão da minha e me virando para voltar ao quarto, mas ele segurou minha mão antes que eu a soltasse. - Devia fazer o que o Slender pediu, talvez seja mais seguro ficar aqui... Ele me olhava nos olhos e tive que fazer força para não deixar o que aconteceu com a gente voltar em minha memória. - Eu sei me cuidar. - Tento puxar minha mão, mas ele a segura ainda mais forte. - Você não sabe cuidar de si mesma... - Então eu acho que esse não é um problema seu. - Você se transformou em um problema para todos... Nossos corpos se aproximavam cada vez mais, enquanto suas palavras queimavam dentro de mim. - Você é um idiota intrometido. - E você uma pirralha teimosa. Sem aviso prévio nossos lábios voltaram a se tocar, esse beijo foi diferente do último, não tinha pressa. Era como se já fosse normal, apenas a saudade do toque. Sinto sua mão em minha cintura me puxando para mais próximo enquanto eu deixava minhas mãos em sua nuca. Ele me pressionou para janela fazendo o vendo gelado bater contra mim. Mas eu não ligava, enquanto nossos corpos continuassem juntos eu me sentia bem... -Eve pare...- Disse ele por fim- Isso não é um conto de fadas. - O que? Pisquei sem entender, ele logo voltou para sua armadura de sempre me deixando confusa. - Isso aqui não é uma droga de romance.- disse ele se virando para sair. - Por que não me disse? Ele apenas me olhou como se eu fosse louca, é talvez eu seja mesmo... - Dizer o que?- Sua voz saiu fria o que fez meu sangue ferver. - Sobre as rondas na minha casa, você ficou com todas... Ele pareceu surpreso por eu saber, mas logo voltou a ser um filho da mãe. - Fiz apenas o meu trabalho. E sem dizer mais nada me deixou ali, mais perdida do que antes.
