📌 Este livro se tratava de uma fanfic e passou recentemente por revisão. Estejam cientes que os nomes dos personagens sofreram alterações e podem não coincidir com os comentários.
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Era uma noite chuvosa, mas apesar disso estava uma calmaria agradável do lado de fora. A brisa da madrugada soprava levemente pelas brechas da janela, o que fez com que Bernardo despertasse lentamente do sono.
Olhou para o outro lado da cama, à procura de Lívia, mas apenas encontrou um emaranhado de cobertas, indicando que ela esteve deitada por um tempo, mas que no momento estava desperta.
Era sempre assim. Lívia gostava de praticar atividades quando todos estavam dormindo, na sua opinião o silêncio era mais produtivo.
Bernardo se levantou calmamente e seguiu para a sala, onde tocava bem baixinho O Lago dos Cisnes, de Tchaikovsky. Era a música preferida de Lívia, que já chegou a interpretar o cisne negro em um espetáculo da oficina de ballet em que ela fazia parte.
Parou diante da entrada para ampla sala e se encostou no batente da porta, relaxado, observando como Lívia se movia levemente pelo espaço. Ela estava com os olhos fechados e interpretava com o corpo o que a música queria dizer. Estava tão focada que sequer percebeu sua presença.
— Posso sentir o seu olhar sobre mim, amor... — Lívia sussurrou e abriu os olhos sorrindo, dando de cara com Bernardo à sua frente. — Veio me levar para dormir? — Brincou.
— Não, na verdade vim dançar com você. — Bernardo respondeu, abraçando-a por trás. Lívia precisou apenas virar um pouco o rosto e a boca de ambos se encaixaram perfeitamente.
Ele a embalava nos braços de acordo com a melodia da música e Lívia não pode conter o gemido que emitiu dos lábios quando sentiu a protuberante excitação de Bernardo roçar suas costas.
Lívia gargalhou alto enquanto segurava as mãos de Bernardo e o rodopiava sem parar pela sala. Ele só a encarava fissurado, com amor, até que resolveu puxá-la pela cintura e distribuir uma trilha de beijos por todo o vale do seu pescoço.
— Você é muito assanhadinho! — Lívia riu, descendo as mãos lentamente pelo corpo dele até chegar na barra da sua camiseta preta, tirando-a com um só puxão. Pressionou seus corpos um no outro enquanto Bernardo a ajudava subir seu próprio vestido.
Em um momento de paixão e luxúria, Bernardo abriu o fecho do sutiã de Lívia e apalpou aqueles delicados seios com as mãos. Já ela fechou os olhos, jogando a cabeça para trás e arqueando o corpo, sentindo aquele imenso prazer que Bernardo lhe proporcionava apenas com o seu toque.
Foi descendo lentamente as mãos pelo corpo dela, acariciando-a, e levou com ele a pequena calcinha que Lívia usava. Enquanto ela tirava sua calça juntamente com a cueca, Bernardo aproveitou para começar a estimulá-la na intimidade, penetrando-a com dois dedos, em um vai e vem delicioso e molhado.
— Por favor, Bê... — Lívia gemeu baixinho, contorcendo-se sobre os dedos ágeis dele.
Bernardo a pegou no colo, e Lívia trançou as pernas ao redor da cintura dele, carregando-a para o sofá mais próximo. Ela o montou enquanto passeava suas unhas pelo peito firme e másculo de Bernardo.
— Eu sempre vou te amar, Liv. — Bernardo prometeu, com os dentes trincados, no mesmo instante em que Lívia descia lentamente no seu colo, envolvendo o membro dele com sua abertura úmida, de modo perfeito.
Lívia o beijou e repetiu no seu ouvido várias vezes o quanto o amava e que não viveria sem ele. Bernardo subiu a mão pela perna dela com força enquanto aumentava o ritmo das estocadas, que no momento já estavam bem mais fortes e indo mais fundo.
— Mais rápido... — Ela choramingou, puxando-o pelo pescoço para um novo beijo. Nessa altura do campeonato, a música tocava pela quarta vez seguida. — Isso, amor! — Delirou, revirando os olhos de prazer enquanto rebolava no membro dele.
— Eu vou... — Bernardo parou de falar assim que sentiu a intensidade do seu orgasmo chegando. E mesmo depois de atingir o ápice, ele não parou com as estocadas até que Lívia atingisse o dela também.
Bernardo esperou os corpos de ambos esfriarem para sair de dentro de Lívia enquanto a mesma ainda respirava pesadamente apoiada no seu peito.
— Vamos dormir, você vai precisar acordar bem disposta amanhã. — Lembrou-se que Lívia teria ensaio na parte da manhã para finalmente a noite estrear o seu novo espetáculo no teatro principal da cidade.
— Estou muito ansiosa. — Ela comentou enquanto pegava a camiseta de Bernardo, que o mesmo estendia. — Obrigada — Deu-lhe um selinho, levantando-se do seu colo e vestindo a camiseta que batia na metade de suas coxas. Bernardo colocou novamente a sua cueca e a calça.
Lívia correu para desligar a vitrola portátil, interrompendo o instrumental.
— Não precisa se preocupar, você estará maravilhosa, como sempre. — Ele a abraçou por trás e juntos caminharam de volta para o quarto. — Agora durma um pouco. — Deu um beijo na bochecha de Lívia assim que ela se deitou ao seu lado e o abraçou pela cintura, descansando a cabeça no seu peito desnudo.
Não demorou muito e os dois dormiram, abraçados e muito apaixonados.
No dia seguinte, Lívia agilizou para trancar a porta de casa e correr até o carro do seu marido, que a esperava pacientemente.
— Estou bonita? — Lívia perguntou, ajeitando o coque frouxo no seu cabelo. Deixou a sua bolsa com os preparativos e figurino para mais tarde no banco de trás.
— Está perfeita! — Bernardo sorriu, beijando-a na boca.
Ligou o carro e seguiu em direção ao teatro da cidade. Com sorte, não enfrentou trânsito nenhum pelo caminho.
Lívia se preparava para sair do carro quando Bernardo a agarrou pelo braço.
— Hey! E o meu beijo? — Ele questionou, desligando o carro.
Lívia sorriu.
— Você vai conseguir vir para a estreia?
— Claro que sim. — Bernardo confirmou sorridente, como se fosse óbvio, em seguida inclinou-se para mais perto dela. — Eu vou estar aqui para te assistir, não importa o que aconteça.
Lívia enrubesceu levemente, tamanha era a felicidade em que sentia no seu coração, e o beijou.
Começou com movimentos lentos, um simples roçar dos lábios, mas logo Lívia sentiu a língua de Bernardo pedindo permissão para adentrar na sua boca, o que não demorou muito para ser permitido. O beijo demonstrava muito amor, carinho, paixão e desejo de ambas as partes.
— Droga... Preciso mesmo ir. — Lívia riu encerrando o beijo por falta de tempo, e fôlego. Deu um último beijo nele e abriu a porta do carro assim que pegou sua bolsa no banco de trás. — Amo você. — Bateu a porta e se afastou.
— Também te amo! — Ele gritou em resposta pela janela do carro antes que Lívia sumisse entre as grandes portas do teatro.
Bernardo ligou o carro novamente e partiu para empresa de ônibus no qual trabalhava como contador financeiro.
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Justiça
FanfictionQuando a perda é irreparável, nada pode trazer alguém de volta. E, o que resta é o vazio. Existe justiça na vingança? Finalizada em: jan 12, 2017. A HISTÓRIA É DA MINHA AUTORIA, ENTÃO NÃO SE ESQUEÇA QUE PLÁGIO É CRIME COM PENA PREVISTA EM LEI, DETEN...