O Professor (Livro 1)

31°

A praia onde íamos fica distante da cidade. Fiquei um pouco,-bastante, muito até,- empolgada já que iríamos a um passeio de verdade.

E ainda mais feliz por estar indo há algum lugar ao ar livre, com o meu homem! Fora do nosso mundinho particular,-seu apartamento, meu lugar preferido na terra.

Respirei fundo, tentando esconder o grande sorriso que estava quase para ser executado.

Olhei para o lado onde ele dirigia tranquilo, às vezes no ritmo da música que rolava cantava algumas partes, e voltava a prestar atenção na estrada.

Conforme íamos nos afastando, meu nervosismo ia aumentando e tudo que eu conseguia pensar era que alguma coisa iria acontecer...

Cá estou em um conflito interno dos grandes, me sentindo tolamente nervosa com a nossa primeira saída para o mundo afora!

Apertei minhas mãos uma na outra, em um gesto nervoso que foi captado por ele. Que calmamente tocou minha coxa,-em uma situação normal, esse seu gesto me causaria arrepios e excitação-,no entanto isso apenas me deixou um "pouco" mais nervosa e paranóica, do que eu já estava.

--Linda, ficarei sempre ao seu lado, e prometo que nada irá acontecer!-Ele apertou levemente a minha coxa.

--Promete?-Segurei sua mão.

--Eu prometo!

[...]

Ao descemos do carro, fiquei um pouco mais aliviada ao notar a linda praia a frente. Inspirei profundamente inalando o cheiro do mar, fechei meus olhos e abri os braços.

Ôh liberdade!

Fui abraçada, recebendo vários beijinhos no pescoço. Sorri.

--Eu sabia que você iria gostar!-Sussurrou, me virando.-Linda...-Colocou uma mexa do meu cabelo atrás da minha orelha e sorriu.-Te amo tanto...-Sorri abobalhada.

--Te amo!-Beijei seus lábios, e lhe abracei mais forte.

Seu celular vibrou, lhe observei pegar o aparelho ler a mensagem e sorri calorosamente para mim.

Céus!

--Vamos...-Ele segurou firme em minha mão e saiu caminhando. Suspirei. Ele sorriu.

Conforme íamos nos aproximando de uma linda casa próxima ao mar, senti um frio na barriga. E olhei para trás, notando só agora que havia um carro enorme perto do nosso.

--Onde vamos?-Ele parou em frente a porta e me olhou sorrindo.

--Vamos encontrar meus pais.-Meu sorriso foi-se.

--É o quê?

Antes dele consegui falar qualquer coisa, a porta foi aberta rapidamente, é, eu não tinha a mínima ideia do quê fazer.

Puta merda!

--Filho!

Uma mulher muito bonita bem jovial, que pela forma de comprimento suponho ser mãe do Nic, sendo que ele não tinha nada que lembrasse ela em aparência, se jogou nos braços dele exageradamente, então quando olhei para a entrada de onde ela veio. Lá estava um homem, e ele sim era basicamente o Nic com alguns anos á frente.

--Que rufem os tambores, o filho finalmente retorna ao lar!-O homem falou e o sorriso do meu homem se alargou ainda mais.

--Papai.-Papai?

Eles se abraçaram, depois de mais um abraço dos três, ele me apresentou.

--Papai e mamãe, essa é a Liz.-Os dois sorriram e a mãe dele me deu um abraço, abraço esse que me deixou sem ar por alguns segundos.