O Professor (Livro 1)

35°

POV NICOLAS

Tinha acabado de chegar na escola em pleno sábado já que haveria jogo, e ensaio prós alunos.

Fui diretamente até o banheiro dos alunos mesmo, já que eu estava prestes a explodir, entrei em uma das cabines e abri o zíper.

--...cara não acredito que tu comeu ela...-Ouvi a empolgação deles e ri.

--Ela é bem gostosinha, porém não consegui ainda.-Gargalhou.

--Quem diria, ela toda anjinha.-Outro garoto falou.

Terminei o que eu fui fazer.

--Ela ainda tá toda tímida.-A voz dele não me era estranha.-Querem vê o vídeo?

--Mostra logo.

O áudio começou, parecia som de beijo. Logo ouvi ele falar, em seguida a garota...

Puta merda.

Liz?

-- vai em frente...

Fiquei paralisado, que porra era aquela?

Vai em frente o que? Merda, eu tô puto! Abri a porta de forma bruta fazendo-os assustar.

--Bom dia professor!-Um dos garotos falou.

--Vocês por acaso têm permissão para estar aqui?-Lavei minha mão olhando nos olhos do merdinha que estava com o celular na mão.

Eu sabia que já tinha visto ele, era o idiota que vi cantando com ela dias atrás.

--Já estavamos de saída!-O idiota falou.

Quando os três saíram, olhei para meu reflexo no espelho. Que vontade de matar aquele garoto, como ela se deixa ser gravada em um momento íntimo? E que merda era aquela?

Peguei meu celular abri a lista de contato e procurei pelo número dela. Minha linda, fiquei olhando o contato durante alguns segundos, porém desistir de ligar já que eu tinha certeza de que ela não atenderia.

Então o que fiz foi, procurá-la em todos os lugares daquela escola, logo a encontrando em uma sala com a Juliana.

--Posso falar com você um minuto?-Pedi sem paciência.

--Não acho que seja uma boa ideia professor...- Ela olhou para a amiga e as duas foram saindo da sala.

Respirei fundo antes de ir até ela e a puxa-la bruscamente.

--Você é burra ou o quê?-Gritei perdendo totalmente as estribeiras.

--Como?-Observei o ódio em seu olhar.

--Você ouviu, como se deixa ser gravada em um momento íntimo com alguém?-Ela olhou novamente para a amiga.

--Do que você está falando?

--Ah, não sabe?-Apertei ainda mais seu braço.-Estou falando de você com aquele pirralho, que anda espalhando um vídeo seu! Você tá ficando louca?--Ela me empurrou.-Só porque terminei com você não significa que deve sair por aí fazendo papel de vadia...-Senti meu rosto arder, e logo entendi o motivo. Pisei na bola mais uma vez, e dessa vez não precisei de ajuda.-Desculpa eu...-Olhei para o rosto dela, e meu coração foi novamente quebrado.

Ela estava chorando!

-- Você perdeu o direito de opinar em minha vida no instante que terminou comigo!-Olhei para ela, que estava sendo puxada pela amiga.-E pode ter certeza de uma coisa; eu dou pra quem eu quiser, quando eu quiser e na hora que eu quiser. E você não tem nada haver com isso...

Fiquei ali naquela sala por um longo período de tempo, me sentindo pior do que aquele moleque. Eu tinha lhe feito chorar mais uma vez, a machuquei mais uma vez...

Sentei na mesa e baixei a cabeça, foi quando a um toque em minha perna.

--Nic...-A voz embargada dela me fez levantar a cabeça.-Porque tá chorando?

Observei o rostinho lindo que ela tem, cada detalhe dele. Ela é tão linda, tão pura e tem tudo que eu amo...é ela que eu amo!

--Nic...

Segurei o seu rosto, observei ela fechar os olhos e algumas lágrimas cair. Fechei meus olhos e lentamente a beijei, e como senti falta do beijo dela...

--Preciso saber se ainda há esperança...-Sussurrou com nossos lábios ainda grudados.-Você não pode simplesmente me deixar, e depois dá a entender que podemos ficar juntos...-Lhe beijei novamente.-Fala alguma coisa...

--Eu...-Lhe dei um selinho demorado.-Não posso...-Forcei meus olhos e senti mais lágrimas.-Não dá!

Lhe beijei mais uma vez, dessa vez com mais intensidade.

--Estou desistindo de você...-Manti nossos lábios juntos.

--Eu sei...-Olhei bem dentro dos olhos dela. Ela me beijou, e aos poucos foi-se.

Ela se foi...mais uma vez!

[...]