5 é meu número da sorte - Part 1

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Capítulo 35

*Spencer's Point Of View*

Apertei o botão de desligar a chamada segurando o choro e inconscientemente,ao finalizar a ligação,tudo o que eu estava segurando se libertou ao observar meu plano de fundo: Eu e Toby em algum festival que eu nem me lembrava mais.Tentar secar as lágrimas era inútil e apesar de sentir que eu havia tomado a decisão certa para mim e para meu futuro,ainda me machucava.

Fechei os olhos ainda lembrando do ocorrido,minha sensação naquele momento era de estar numa cela,com aquilo passando em minha mente para sempre,num loop infinito.Minha cabeça girava sem eu sair do lugar,e meus olhos não me deixavam enxergar nada,os malditos estavam ardendo devido as lágrimas.

Não,Spencer,você não vai sofrer por amor - pensei comigo mesma enquanto secava os olhos

Levantei da cadeira sentindo as pernas dormentes,e naquele momento e não fazia ideia se isso aconteceu pelo tempo que eu estava sentada ali ou por algum tipo de frescura do meu corpo após meu término.Fui até a biblioteca e sentei me na poltrona mais perto da lareira,torcendo para que a tristeza passasse e me deixasse em paz.Peguei algum livro aleatório,apenas para me distrair e comecei a leitura.

Maldita biblioteca dos Drake.

Era um livro romântico.

Essa não é a melhor opção para se curar de uma tristeza. - minha mãe (isso soa bem e estranho ao mesmo tempo) se aproximou e sentou ao meu lado

Como você sabe que eu estou triste? - funguei secando as lágrimas

Eu posso usar o clichê de "Mães sempre sabem" ou dizer a verdade. - ela colocou o seu braço ao redor de mim - Eu também escondia minha tristeza,e bem,isso é pior.

O que você quer dizer com "Isso é bem pior"? - disse sinalizando com os dedos

Sabe,filha,se você me permite chamar assim... - ela iria continuar porém foi interrompida por mim

Você é minha mãe,é claro que eu te deixo me chamar de filha. - disse pegando na mão de Mary e olhando no fundo de seus olhos azuis,deixando que um sorriso crescesse em meus lábios,o que foi recíproco

Nós somos como máquinas. - ela deu de ombros - Se acumularmos muito de algo,temos que despachá-lo depois,o corpo não aguenta tudo de uma vez.Se nós não liberarmos,uma hora ficamos sobrecarregados e explodimos.

Você quer dizer que eu posso virar lágrimas? - disse rindo finalmente

É bom ver você sorrindo. - ela fitou-me - Me desculpe ter perdido toda sua vida.

Eu estou morta por um acaso? - sequei as antigas lágrimas do rosto e segurei suas mãos entre as minhas - Nós temos muito tempo pela frente mãe.

É estranho e maravilhoso ao mesmo tempo quando você me chama de mãe. - ela sorriu

Somos duas. - sorri - Agora,vamos fazer algo de mãe e filha.

Eu não sei se sua mãe,sua outra mãe iria fazer isso com você,mas... - ela arqueou as sobrancelhas

No que você está pensando? - disse repetindo o gesto

Bem...

[...]

Paramos em frente a uma ponte onde ela conversou com um cara por alguns minutos,os dois riram e logo ela acenou para mim,me chamando para mais perto.

É nisso que estou pensando. - ela sorriu empolgada

Você quer me matar ou que eu pule de bungee jump? - fiz uma expressão preocupada

Eu não quero te matar...Ainda. - ela riu divertida - Mas então,você quer pular?Eu quero.

too good. | spobyWhere stories live. Discover now