Ele abraçou-me e sussurrou um "shhh vai ficar tudo bem" ao meu ouvido. Como sempre eu continuava a chorar mas aquele gesto foi de alguma forma simpático da parte do Harry, embora eu não tenha dado muito valor ao momento.
"Vamos lá ao hospital" - ele disse e eu olhei confusa para ele mas assenti afimativamente. Aquele 'vamos' tinha sido um pouco confuso para mim, não sabia se ele estava a dizer se era suposto irmos os dois ou não.
"Tu.. tu vens comigo?"- perguntei ainda confusa e pensei que talvez o efeito da bebida já estivesse a passar até porque senti que gaguejei.
"Sim, vou"- ele disse enquanto começámos a atravessar a estrada. Quando alcançámos o carro o Harry destrancou-o e eu entrei rápidamente para dentro. Doía-me extremamente a cabeça e as minhas pernas não paravam de tremer.
A mulher que me atendeu do hospital tinha dito que a Mia estava estável e que não era nada de grave, mas mesmo assim estava preocupada, e não ia ficar descansada enquanto não a visse com os meus próprios olhos. O caminho até ao hospital foi feito em silêncio, apenas se ouvia os carros lá fora e os meus suspiros de preocupação, o Harry não disse uma única palavra, ao contrário de mim que no meu estado alterado quase falava sozinha contra os vidros do carro.
"Chegámos" - olhei pela janela e um arrepio tomou conta do meu corpo. Sai do carro e corri até a porta do hospital enquanto o Harry chamava por mim, mas resolvi ignorá-lo.
Parei em frente do balcão de informações e dirigi-me à enfermeira.
"Boa noite, podia só dar-me uma informação?" - perguntei chamando a atenção da enfermeira que parecia chamar-se Claudia no seu cartão preso à bata branca.
"O que pretende saber?" - a enfermeira era simpática, o que não costuma acontecer, pelo menos eu nunca tenho sorte com médicos e enfermeiras.
"Sou amiga de uma paciente que deu entrada aqui neste hospital por volta das 8:30 esta noite... eu.. bem gostava de saber como é que ela se encontra, ela sofreu um acidente de viação" - eu disse muito rápido, o que fez o Harry por a sua mão em cima do meu ombro numa tentativa falhada de me acalmar. Acho que ele hoje está, sei lá, estranho, não costuma ser assim tão prestável e tolerante.
"Bem, deram entrada aqui no hospital muitas pessoas por causa de um acidente bastante grande"- ela disse e o meu corpo tremeu todo. "Pode-me dizer o nome por favor?"- assenti com a cabeça e o Harry continuou a passar a sua mão pelo meu ombro.
"Mia.. Mia Smith"- disse e ela começou a escrever o nome no teclado do computador pousado em cima da secretária repleta de papéis.
"Bem... o quadro clínico da sua amiga ainda não está bem definido mas pelo que tudo indica ela não está muito ferida, apenas algumas fraturas e queimaduras ligeiras, e deverá acordar em breve, é tudo o que lhe posso dizer, pois também não sabemos mais nada, assim que tivermos novidades entramos em contacto consigo. Estes pacientes ainda não podem ter qualquer tipo de visitas por isso aconselho mesmo que volte para casa e espere por notícias" - ela disse e fiquei bastante aliviada. Ao que tudo indica a Mia estava bem, não tinha de me preocupar, apenas tinha que voltar para casa e dormir, preciso de dormir caso contrário não vou aguentar muito mais tempo de pé. A enfermeira virou costas e o Harry puxou-me até à saída do hospital devido à minha falta de consciência no momento. Entrámos novamente no carro e rapidamente saímos do parque de estacionamento do hospital em direção a algum sítio, nem sequer sabia para onde estávamos a ir.
"Vou levar-te a casa, tens de dormir, ainda deves ter alcóol no sangue" - disse enquanto se ria da minha cara de sono. Eu não estava bêbada, claro que não! Tinham sido só três copos daquilo, já não me lembro o que era.
Fui o caminho todo em silêncio, a minha cabeça estava a mil e tinha uma vontade enorme de fechar os olhos e esquecer isto tudo da Mia. Eu já criei algumas defesas para desilusões com o meu passado mas é complicado para qualquer um, e mesmo estando um bocado fora de mim ainda tenho a noção da gravidade das coisas e felizmente a Mia está bem.
Finalmente senti o Harry a estacionar o carro. Sai a muito custo enquanto o Harry ainda estava a desligar o carro. Dirigi-me à mala do carro para buscar o meu casaco que acho que tinha lá deixado. Abri a mala e os meus olhos focaram montes de garrafas que pareciam ser de whisky ou algo assim e automaticamente uma vontade indómita de abrir uma delas me atingiu. Também haviam montes de papéis que pareciam ter o carimbo da esquadra daqui da zona e da universidade. Abri uma garrafa e não conseguia parar de beber, era viciante, bom demais para parar agora.
"Tu estás completamente fira de ti!"- o Harry tirou-me a garrafa e eu senti-me completamente injustiçada. Ele olhou para a mala, pousou a garrafa novamente e trancou o carro sem uma única palavra. "Mas que raio é que te deu para ires à mala?"- ele não estava muito feliz e eu já não estava a perceber nada.
"Eu ia buscar o meu casaco!"- disse em minha defesa. Aquelas feições chateadas do Harry só me faziam querer agarrá-lo, era o que o meu cérebro me estava a dizer naquele momento. O Harry começou a empurrar-me pelas escadas caso contrário eu não as iria subir e começou a por a sua mão no meu bolso das calças.
"Deixa-me pegar nas chaves!- agora já percebi porquê que ele estava com a mão no meu bolso, mas eu não estava de todo importada. "Ah e a propósito, o casaco não estava na mala, vieste o caminho todo com ele vestido"- inclinei a minha cabeça para poder olhar para a minha roupa e realmente estava com o casaco vestido. O Harry foi até ao quarto comigo e eu atirei-me para a cama. Tirei as sapatilhas e as meias, e logo de seguida o casaco e a camisola, nem sequer me tinha lembrado que o Harry estava ali, mas afinal estava de calças e soutien, coisa que de certeza ele já viu antes.
"Eu vou indo, dorme"- disse com uma cara estranha quase a sair do quarto.
"Não Harry, quero que fiques aqui!"- aproximei-me dele, pus-me em bicos de pés e comecei a beijá-lo. Ele não se pronunciou nem me parou, o que me fez querer mais e mais. Caminhei com ele até à cama sem parar o beijo, eu não iria acabar com isto. Sentei-me em cima dele e comecei a tirar-lhe o casaco, ele não se mexia e continuava com uma cara estranha.
"Porra, Catty!"- disse parando-me "Estás bêbeda, não sabes minimamente o que estás a fazer! Tu não queres isto!"- ele continua a insistir que eu estou bêbeda, mas eu não bebi praticamente nada e sei o que estou a fazer.
"Quero sim Harry, eu sei perfeitamente o que estou a fazer! Eu não estou bêbada! Apenas continua.." - disse e quase que ia jurar que estava a ficar apreensivo e assustado com as minhas intenções.
Ele engoliu em seco, mas deixou-se levar. Comecei a levantar-lhe a camisola lentamente e ele nao me parou, rapidamente atirei a camisola para o chão do meu quarto e comecei a beijar os seus abdominais bem definidos, fui subindo até ao seu pescoço dando beijos e leves mordidas por toda a sua pele. Senti-o arrepiar-se e puxar-me rapidamente para cima, começou a beijar-me muito calmamente, mas em poucos segundos intensificou o beijo o que fez com que dentro de pouco tempo ficássemos sem folgo. Ele trocou de posição ficando agora por cima de mim e repetindo tudo o que eu havia feito anteriormente. Nunca me imaginei a fazer isto a alguém, ou muito menos alguém me fazer a mim, era completamente impensável para mim. Desapertou o meu sutiã, beijando e mordiscando sucessivamente os meus seios, uma sensação que me estava a dar um prazer imenso.
(Olaaaaa ! Estamos muito contentes por termos tantas leituras, nunca pensámos chegar aqui, obrigada a todas/os por fazerem isto acontecer LY ALL <3
E ATE AO PROXIMO CAPITULO <333)
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New Life
Fanfiction"Cada vida é uma história. Algumas têm finais felizes, outras não são tão boas como gostávamos que fossem" Para Harry e Catty não existe um conto de fadas, mas sim uma verdadeira história de amor. Copyright © 2013 Fanfictionone Todos os direitos r...
