♥18♥

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- Bernardo, eu já disse que não vou trocar de roupa. - digo frustrada ao meu irmão.

- Lau, não seja teimosa. Não irei deixar minha irmã ir a nenhum lugar assim. -diz ele me olhando de cima a abaixo.

- O que tem de errado com minha roupa, Bernardo? - pergunto ainda com mais raiva.

- Você ainda pergunta? - diz irônico e eu apenas dou de ombros saindo pela porta do ap.

Poxa, não posso mais nem me divertir?
O que tem de errado com um vestido vermelho acima do joelho?

Bernardo logo sai também fechando a porta atrás de si.

- Desta vez passa, mas da próxima não irá nem sair do quarto. - diz furioso.

- Quê isso, maninho?Quem comeu a carne do seu espeto? - digo rindo e o mesmo me encara.

- Se eu ver você com algum fulaninho irá me ver bravo. - diz sério, mas logo solta uma risada tentando disfarçar mas é em vão.

- Bê, eu já sou bem grandinha, não acha!? - digo irônica rindo.

- Mas ainda assim é minha irmãzinha. - diz assim que entramos no elevador.

- Larga de drama, irmão. - digo rindo e passando meu braço ao redor de sua cintura.

Saimos do prédio em direção ao carro do meu maninho.

Entramos e Bernardo da a partida em direção a uma das minhas boates favoritas; Ceo James.

- Senti muita falta sua, irmão. - digo encarando o mesmo que dirigia atentamente.

- Também senti saudades sua, Lau. - diz me encarando e logo dá um sorrisinho voltando sua atenção para a estrada.

- Como eles estão? -pergunto e Bê solta um longo suspiro já sabendo de quem estou falando.

- Continuam os mesmos, só o pai mudou um pouco. - diz apenas.

- Mudou? - pergunto pensativa.

- Sim, ele uma vez disse que sentia a sua falta. - diz meu irmão e eu fico perplexa.

Não digo nada e depois de alguns minutos de silêncio chegamos a boate.

Descemos do carro e caminhamos para dentro da boate.

- Não quero que pense muito nisso. - diz ele com um suspiro. - Apenas divirta-se.

Eu assinto e assim Bê fala com um dos seguranças liberando nossa passagem.

E assim entramos, e poxa! Que coisa lotada!

Achei que ninguém viria a uma boate em um dia da semana, principalmente segunda a noite.

Mas pelo visto estou completamente errada.

- Uma caipirinha. - digo ao barmen gato e o mesmo me entrega uma.

- Lau, vou ir lá na área vip, quer vir? - pergunta Bernardo e eu nego. O mesmo me deixa ali.

Bebo minha bebida e vou direto para a pista de dança.

Danço como uma louca e me sinto muito mais animada do que antes, apesar de não ter bebido muito.

Sinto alguem atrás de mim conforme danço uma música eletrônica e simplesmente não ligo. Afinal, tudo que quero é diversão.

Depois de um tempo a música acaba e eu apenas saio de perto do homem que por sinal é bem bonito, mas não ligo. Não estou com vontade de pegar ninguém.

- Uma vodka. - digo novamente ao barmen e o mesmo logo me entrega a bebida. Eu apenas pago e me sento no banquinho que tem ali.

- Olá. - diz uma voz rouca de um homem e eu me viro constatando que é o mesmo homem que dançava comigo minutos atrás.

- Oi. - digo apenas e o mesmo sorri.

- Você dança muito bem. - diz ele e eu apenas sorrio com o elogio. - Posso lhe pagar uma bebida? - pergunta o mesmo.

- Ah! Obrigado, mas já tenho uma. - digo erguendo minha bebida e o mesmo sorri galanteador.

- Então sendo assim, deixe-me fazer companhia a senhorita. - diz e eu olho em volta; encaro os olhos castanhos do belo moço ao meu lado.

- Ok. - digo tomando um gole da minha vodka.

- Qual é o nome da bela dama? - pergunta chegando mais perto.

- Laura Maria, mas me chame apenas de Lau. - digo dando um sorrisinho - E qual é o seu nome?

- Rodrigo, me chame de Ro. - diz e eu assinto. - Aliás, belo nome. Igual a dona.

- Ok, vamos finjir que essa não foi uma cantada barata e crichê, mas obrigado. - digo rindo e o mesmo ri.

- Nunca funciona. - diz fingindo-se de magoado com um falso drama.

- Vamos finjir que funcionou. - digo dando uma piscadinha para o mesmo.

- Você é bem engraçada. - diz rindo.

- Espero que isso seja um elogio. - digo gargalhando.

- Oh! Pode acreditar, porquê foi sim. - comenta ainda rindo.

- Fico lisonjeada. - digo dando uma pequena abaixadinha de cabeça e Ro gargalha alto, eu faço o mesmo.

- Preciso ir ao banheiro. -digo e ele me encara. -Nos vemos por aí, Rodrigo.

- Ok, foi um prazer te conhecer, Laura. - diz ele erguendo sua bebida.

- Imagina, o prazer foi meu. - digo dando uma piscadinha e um sorriso. Logo saio dali deixando o mesmo para trás.

Vou direto para o banheiro e faço minhas necessidades e saio.

Meu celular começa a tocar e procuro na minha pequena bolsinha. Sem perceber trombo em alguém.

- Olha por onde anda, idiota. - diz uma voz feminina bem familiar e assim ergo meu olhar encarando Giovana.

- Giovana. - digo entre dentes.

- Poxa! Como o mundo é pequeno. - diz ela falsa. - Achei que tinha voltado para o mar, baleia.

- Haha, não me faça rir. Suas palavras não me atinge. - digo rindo da cara de palhaça. Sério, gente. Quem em sã consciência passa tanta maquiagem assim?

- Devia ficar na sua, gorda. - diz ela e eu chego mais perto da mesma.

- Ah é!? E você faria o quê? - digo encarando a mesma.

- Não me desafie, baleia. - diz e sua voz sai tremida. Isso me faz sorrir.

- Algum problema aqui!? - diz uma voz rouca familiar.

E assim que me viro vejo ele.

A Gordinha Rejeitada.Onde histórias criam vida. Descubra agora