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Olhei para Adrian e eu não sabia o que dizer.

Giovana é uma vadia, mas nem por isso eu lhe desejo o mal.

Mas cá entre nós, saber que ela levou um pé na bunda foi a melhor notícia da noite, eu só não poderia dizer isso alto, eu não sabia realmente se Adrian gostava dela.

Eu não iria dizer nada, o que eu diria?

Poxa! Adrian até que enfim acordou pra vida e viu que sua noiva é uma puta mal amada, mas é claro que eu não diria isso.

Depois de minutos de silêncio, Adrian se levanta do banco ao meu lado.

- Vamos? - pergunta ele e eu me levanto também sem dizer nada.

Entramos no carro e Adrian acelera dando partida no mesmo.

O silêncio como sempre foi cômico, eu queria perguntar a ele o que aconteceu para eles terminarem, mas eu não tinha coragem suficiente.

Suspiro triste, não irei perguntar. Se ele quisesse me contar já teria contado.

- Você e o Mattheus estão... - eu sabia o que ele diria a seguir e eu gargalhei. É, até que a "brincadeira" que eu e meu amigo fizemos tinha funcionado.

- Ah não...não. - digo assim que paro de rir.

Ficamos em silêncio novamente. Me encostei no banco de couro do carro e olhei o movimento dos carros através da janela.

- Fico feliz de ter reencontrado você. - digo me virando para Adrian e sorrindo.

- Minha beleza lhe encanta não é mesmo? - diz ele galanteador e eu sorrio. - Deve ser por isso que ficou feliz por ter me reencontrado.

- Não seje tão convencido. - digo ainda rindo e Adrian sorri o típico sorriso dele.

- Oras, Laurinha, só digo verdades. - diz ele com sua voz rouca e eu me arrepio. Eita! O que foi isso?

- Arram. - murmuro irônica. - Então você, meu caro Adrian, também deve saber que eu só digo verdades.

- Que tipo de verdades? - pergunta ele sarcástico.

- An...do tipo que Giovana não o merece, é uma puta desprezível. - digo um pouco rápido, mas sei que ele ouviu, pois já estava sem o sorriso que antes havia em seu rosto. - Também do tipo que ela só estava com você por dinheiro.

- Não devia descrevê-la dessa maneira. - diz ele entre dentes.

- Ah não? Vai me dizer que estou errada? - pergunto sarcástica.

- Sim, você está errada - diz ele ríspido. - Giovana esteve comigo quando meu pai morreu. Ela estava lá para mim, ela me consolou.

- Ah, já imagino o tipo de consolo. - digo rindo. - Ela o consolou como? Abrindo as pernas pra você?

- Você não sabe de nada, Laura. - diz ele frio e nem parecia o Adrian de minutos atrás.

- Vai me dizer que é mentira? - pergunto e o mesmo fica em silêncio. - Ótimo, foi o que imaginei.

- Não aceito que fale comigo desta maneira. - diz ele rude.

- Não aceita verdades, isso que você não aceita. - digo olhando pela janela. - Pare o carro.

- Como? Não vou parar o carro. - diz ele e eu não o olho.

- Para a porra do carro logo! - grito com raiva.

- Não irei parar, larga de ser criança! - diz ele gritando também.

- Criança? Vai se fuder, Adrian! - digo raivosa. - Por que chamou essa criança para jantar?

- É, não devia ter lhe chamado. - murmura ele.

- Cale a boca e pare a merda do carro. - digo rápido e desta vez ele não diz nada, apenas para o carro.

Quem ele pensa que é pra me chamar de criança?

Ele não devia ter defendido Giovana, ele não sabe o que eu passei nas mãos daquela vadia.

Abro a porta do carro e desço fechando a porta com força.

- Lau, volta aqui. A onde está indo? - pergunta ele andando atrás de mim.

- Estou indo pra minha casa, onde as pessoas não me xingam e nem defende uma mulher que odeio e que me fez sofrer. - digo andando rápido e sinto Adrian segurar meu braço me virando para trás. - Me larga!

- Me desculpa, Laura. Eu na...

- Desculpar você? - pergunto irônica. - Adrian, pedir desculpas não significa nada.

- Laura, eu não queria dizer aquilo, eu...

- Não diga nada, só vai piorar as coisas. - digo fuzilando o mesmo com o olhar.

- Laura, eu gosto de você e...

- Cala boca, Adrian. - digo o interrompendo e fecho os meus olhos com força.

- Não, Laura. Você me contou como se sente, eu também tenho que dizer. - diz ele e eu abro meus olhos encarando aqueles olhos verdes que estavam perto demais.

- Não, eu não quero ter esperança de que um dia possa vir a dar certo e qu...

Não termino de falar pois sou interrompida com os lábios de Adrian nos meus.

- Adrian... - digo entre o beijo e o mesmo não deixa eu terminar de falar novamente.

Seu beijo é viciante, seus lábios são macios.

Me sinto perdida com seu sabor que me deixa embriagada.

- Laura, desde que te vi a 6 anos atrás naquela festa eu sabia que você era diferente das outras... - diz ele e eu sorrio.

Não deve ser só eu que sou criança não...
Adrian além de criança é bipolar também.

Uma hora tá defendendo outra e agora...bom, agora ele me beija.

Cara bipolar, eu eim!

- Não precisa dizer nada, Adrian. Só vamos deixar acontecer. - digo abraçando o mesmo.

Adrian levanta meu rosto e me beija novamente.

Desta vez o beijo foi calmo e sem pressa.

Sua língua explora minha boca e eu sorrio em meio ao beijo.

- Por várias vezes imaginei como seria te beijar. - comenta ele tímido.

- E o que achou? - pergunto. Nossa! Tinha que ser eu pra perguntar uma coisa dessas?

- Foi melhor do que eu imaginei. - diz ele sorrindo e me abraça beijando minha testa.

E tudo que eu faço é abraçá-lo de volta sorrindo como uma boba apaixonada.

Sim, apaixonada. Não sei quando isso foi acontecer, mas o que eu sei é que eu me apaixonei completamente por ele.

- Adrian, espero que não se arrependa depois. - digo me afastando um pouco.

- Acredite, não irei me arrepender jamais. - diz ele me dando um selinho.

- Eu espero que isso seja verdade. - brinco sorrindo.

- Lau, eu estou disposto a tentar.

A Gordinha Rejeitada.Onde histórias criam vida. Descubra agora