A Gordinha Rejeitada.

♥19♥

Não viro meu rosto para encarar Adrian.

Meu olhar de fúria e ódio é direcionado totalmente a Giovana.

- Ah, é só que eu encontrei a Laurinha e estávamos falando do quanto sentimos saudades. - diz a vadia e eu dou uma gargalhada involuntariamente.

Saudades dela? NUNCA!
Coitada.

- Me poupe, Giovana. Me parece que continua a mesma idiota de sempre. - digo rindo e a mesma me encara com um olhar mortal.

- Não me compare a você. - diz me olhando de cima a baixo, mas não me deixo intimidar. Então me viro lembrando que Adrian está ali me encarando.

- Quer um conselho, Adrian? - pergunto retóricamente com um sorrisinho. - Dê um jeito na sua puta ou eu não serei responsável pelos meus atos.

Assim que termino de falar, saio dali deixando dois seres perplexo.

Acharam que só eles eram capazes de mudar...coitados, não sabem o que os aguardam.

Começo a beber loucamente e sei que já não estou em meu juízo perfeito.

Vou para pista de dança novamente e deixo a música me guiar.

Decido ir um pouco para fora para tomar um ar.

Vou na calçada e me sento no chão.

Vejo algumas meninas entrando na boate e um grupinho de homens ao longe observando o que se passa maldosamente e eu decido voltar para dentro, pois no momento lá deve ser o lugar mais seguro.

Me levanto do chão e começo a andar em direção a entrada.

Não olho para trás, esses homens devem estar olhando, então tudo que penso é em chegar mais rápido a entrada.

Alguém segura meu braço me fazendo parar bruscamente.

Me viro para trás e vejo um homem alto de olhos pretos.

- Quer me fazer companhia, docinho? - pergunta o homem e eu me arrepio de medo, mas não deixo que o medo seja evidente em meu olhar.

- Não, obrigada. - digo séria e o mesmo ri.

- Quê isso, vamos só nos divertir. Prometo que vai ser legal, bonequinha. - diz ele e eu tento me soltar, mas é em vão.

- Não, não quero. Me solte! - digo tentando me soltar novamente.

- Vem, deixe-me provar do seu sabor. - diz com suas palavras asquerosas.

Ele me puxa beijando os meus labios grosseiramente e eu dou uma mordida em sua boca arrancando sangue.

- Selvagem, assim que eu gosto. - comenta e eu me arrepio mais ainda de medo.

Ele me beija desta vez mais feroz ainda e pede passagem com sua língua, mas eu não permito e tento em vão me afastar do seus braços nojentos.

Ele começa a rasgar meu vestido e um lado dos meus seios fica exposto.

Olho para os lados vendo se tem alguém para me ajudar, mas não tenho tempo de gritar por socorro, pois o homem me puxa para a entrada de um beco escuro.

- Só vem, gata. Vou te dar todo prazer que ninguém lhe proporcionou. - diz o maldito e eu tento dar um soco em sua cara, mas o mesmo segura os meus pulsos.

Ele toca meus seios e isso me dá repulsa.

O maldito homem puxa mais meu vestido e eu tento com todas as minhas forças me soltar de suas garras.

- SOCORRO! SOCORRO! ALGUÉM! - grito em plenos pulmões.

Mas ninguém aparece e minhas esperanças se vão.

Cansada de lutar contra o homem espero pelo pior, sem esperança de que alguém apareceria para me ajudar.

Suas mãos percorrem todo o meu corpo e isso me dá nojo, mas sou incapaz de fazer qualquer coisa, minhas mãos estão imobilizadas.

- Solte ela agora! - diz uma voz conhecida e penso ser apenas um ilusão.

- Cheguei primeiro, ela é minha. - diz o homem asqueroso.

As lágrimas não param de rolar pelo meu rosto e minha visão está totalmente um borão.

Mas aquela voz me dá uma última gota de esperança.

- Não perguntei e não irei pedir de novo para largar ela. - diz ele, meu salvador.

- Ah! Caso contrário vai fazer o quê? - pergunta o nojento rindo.

- Eu lhe avisei. - diz o meu herói que eu reconheceria em qualquer lugar e logo o maldito cai no chão me soltando.

Assim que me vejo livre corro em direção aqueles braços.

Não me importando em estar boa parte do meu corpo nu.

Aperto ele em meus braços não querendo o soltar mais.

- Vai ficar tudo bem. - diz ele e também me abraça com força. - Fique calma, Lau. Já liguei para a polícia, não vai acontecer mais nada com você.

- Obrigada, obrigada. Não sei como te agradecer, ficarei devendo a você pelo resto da minha vida. - digo chorando.

- Shiiuu! Vai ficar tudo bem, fique calma. - diz ele com sua doce voz.

- Adrian...- não consigo terminar de falar e tudo escurece.