♥️30♥️

1.4K 164 15
                                    

1 mês depois...

Havia se passado um mês, após Adrian dizer que queria tentar algo a mais.

No começo apesar de não demonstrar tive um grande receio.

Porque raios Adrian Rodrigues um homem altamente bonito e cheio de dotes, sem contar que ele um dos caras mais ricos, iria escolher eu? A gordinha que por vezes foi rejeitada, dolorosamente.

Ok, eu não saberia responder o por que ele me querer, essa era uma das preguntas que não saiam de minha mente.

Durante esse um mês que havia passado, Adrian se mostrou ser um homem maravilhoso, atencioso e outros adjetivos que eu não conseguiria rotular.

Na empresa ninguém sabia, mas dava para imaginar, pois Adrian fazia questão de não ligar em relação as opiniões alheias e por vezes passávamos tempos sozinho, com somente a companhia um do outro.

Giovana por sinal vivia a súplicas para voltar com Adrian.

Coisa que eu não gostava nenhum pouco, mas não podia bancar a namorada ciumenta, afinal não somos namorados, pois Adrian não dizia nada sobre esse assunto.

O Mattheus eu o raramente o via pois constantemente estava de plantão no hospital, onde exercia sua função como médico cardiologista.

Acabo de sair da empresa e corro para pegar o ônibus, hoje dispensei a carona de Adrian, eu não podia viver simplesmente as custa dele, pois nem namorados somos ainda.

Entro no ônibus e me sento em um assento sozinha.

Estava um pouco atrasada, pois meu irmão havia combinado de jantar no apartamento dele.

Se eu fiquei surpresa em ele ter um apartamento? Claro que sim, aliás nem sabia que ele tinha saido daquela casa.

--------------------------
Entrei esbaforida pelo apartamento e joguei minha bolsa no sofá correndo para o quarto.

Tomei um rápido banho e sai com o roupão em direção ao quarto.

Peguei um vestido preto com apenas um decote nas costas e uma sapatilha dourada.

Deixei os cabelos molhados e penteei para um lado só, passei um rimel e um brilho labial e logo após passei um perfume.

Por fim vesti o vestido e peguei minha bolsa.

Pronto estava otima, afinal era só um jantar com meu irmão.

Desci para o hall do prédio e encontrei Bernardo ao lado do seu carro.

-Oi irmão-comprimento dando um abraço e um beijo em seu rosto.

-Oi Laurinha, vamos?-assenti e entramos no carro.

No caminho fomos conversando, Bernardo não parava de dizer que ele devia ter me levado antes para conhecer seu apartamento e eu apenas dei de ombros.

-Chegamos-diz Bernardo animado.

Descemos do carro e observo o lugar ao meu redor.

Um enorme prédio pintado de preto.

-Vem irmã-chama Bê e eu rapidamente ando até o mesmo.

-Belo apartamento-comento assim que chegamos ao ap do meu irmão.

-Obrigado, foi difícil achar um lugar que fique perto da empresa-diz meu irmão me guiando até a cozinha.

Ao ouvir a palavra empresa, me lembrei do meu pai, que por sinal não fazia questão se eu estava viva ou morta.

-Quer vinho?-pergunta Bernardo e  eu me limito apenas a um aceno aceitando.

-Eu estava pensando, acho que vou visitar eles...-comentei entre um gole de vinho e outro.

-Não sei não...você sabe muito bem  como nossos pais é-diz meu irmão preocupado.

-Talvez eles tenham mudado-digo e Bernardo olha para os lados desconcertado.

Só podia ter alguma coisa errada.
Eu conheço meu irmão e sei quando me esconde algo.

Deixei esse assunto de lado e Bê me chamou para sentar  a mesa.

-Está realmente maravilhoso, não sabia que era um ótimo cozinheiro em irmão!-digo entre risos após terminarmos o jantar, com toda certeza eu já estava um pouco alterada,afinal sempre fui fraca em relação a álcool.

-Fico feliz que tenha apreciado e gostado da minha comida-diz ele sorrindo largamente.

-Adrian ainda não me pediu em namoro-murmúro tristemente.

-Não seja precipitada Laura, ele acabou de sair de um relacionamento e entrar em outro de cabeça, não deve ser nada fácil-diz meu irmão sabiamente e eu o olho admirada.

Poxa meu irmão realmente está mudado.

-É você tem razão...

-Claro que tenho!

-Aquela puta de quinta ainda tenta conquistar ele,puff-digo com certa raiva e Bernardo ri.

-Ei não seje insegura irmã, se ele disse que vai tentar é porque ele quer e não está mais interessado nela-diz meu irmão e eu olho em volta, odeio admitir mas mais uma vez ele tem razão, estou sendo insegura demais.

-Sabe,senti muita saudade de conversar com você-comento sorrindo.

-Eu sei, afinal sou a melhor pessoa para se conversar em relação a todos os assunto-diz Bernardo convencido, então apenas me limito em um revirar de olhos.

Me levando da onde estavo sentada e caminho até a estante que á na pequena sala do apartamento.

Olho os pequenos quadros com algumas fotos nossa e um quadro de Bernardo com nossos pais.

Aliás se assim posso chamar de "nosso".

Eles parecem realmente felizes.
Elise inclusive esta com o sorriso maior do que o rosto.
É com certeza se eu não existisse eles seriam uma bela família, claro mais do que já são  (sem eu).

Ainda me pergunto qual é  o meu propósito aqui neste mundo.
Nasci pra fazer o que?

Claro não vou ser uma pessoa que está sofrendo de crise existencial neste momento, porque finalmente minha vida está entrando nos trilhos.

-Quer que eu te leve para casa?-pergunta meu irmão e aceno negativamente.

-Não, pode deixar,vou pedir um uber, afinal pra isso que eles servem-digo rindo e ele assenti.

-Ok, pode me ligar se precisar de algo irmã.

-Pode deixar Bê, só vou no banheiro antes de ir, aonde fica mesmo?

-Segunda porta a direita-diz meu irmão se sentando no sofá com o celular na mão.

Sigo o caminho e abro a porta que acho ser o banheiro.

Suspiro frustrada, por ter me enganado de porta e entrado no escritório do meu irmão sem querer.

Resolvo usar o banheiro do escritório mesmo, afinal eu já estava ali e não faria mal algum, pelo menos eu acho que não.

Após fazer minhas necessidades saio do banheiro e reparo no escritório de Bernardo, que por sinal é bem lindo e um pouco desorganizado.

Vejo um papel em cima da mesa que me chamou atenção.

Então caminho até a mesma e apanho o papal e começo a ler.

Se eu soubesse o que encontraria jamais teria lido os malditos papéis.

E eu jamais teria descoberto que sou...
Adotada.

A Gordinha Rejeitada.Onde histórias criam vida. Descubra agora