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Adrian pede que eu me sente.

Olho para os lados observando aquele escritório magnífico rústico. Me sento na cadeira a sua frente.

- An...o que deseja falar comigo, senhor? - pergunto um pouco receosa.

- Srta. Santos, quero lhe dizer que não aceito que fique de namoro em horário de trabalho. - diz Adrian secamente e eu sorrio, mas assim que ele me encara fecho o sorriso.

- Desculpe, senhor. Mas não estávamos "namorando" em horário de trabalho. - digo séria e seguro o riso. Será que ele está com ciúmes? Sorrio ao pensar nisso, mas trato de fechar o sorriso novamente assim que encaro aqueles olhos.

- Não me importo, só não quero que isso se repita novamente. Caso isso volte a acontecer tomarei as devidas providências. - diz ele em um tom frio e rude.

- O que quer dizer exatamente com "isso volte a acontecer"? - pergunto e sua expressão muda para raiva e ódio. - Não me lembro de  ter agido inapropriadamente em nenhum momento. - após dizer tais palavras sorrio de forma inocente.

- Quero dizer que não à quero com frescurinhas com homem algum dentro desta empresa. - diz isso e me lança um olhar de reprovação. Me encolho na cadeira.

- O que aconteceu com você pra ficar assim? - digo baixinho para mim mesma e só após isso percebo que não falei tão baixo assim.

- Se é só isso que deseja falar comigo, posso me retirar? - pergunto com a cabeça baixa.

- An...sim, pode sair. - diz ele ríspido e eu me estremeço. Me levanto e caminho a passos lentos até a porta.

Lágrimas querem escorrer do meu rosto, mas por que?

Por que ele foi tão frio e arrogante?

O que aconteceu com ele nesses últimos anos?

- Me perdoa, Lau... - diz Adrian e eu me viro surpresa. Vejo ele em pé olhando pelo grande vidro com a vista da cidade.

E sem aviso as lágrimas descem pelo meu rosto, paro ao lado de Adrian e cutuco ele no ombro.

Ele me encara surpreso, provavelmente pensou que eu havia saído.

Não espero ele dizer algo e o abraço apertado deixando as lágrimas molharem a sua camisa.

- Me des-desculpa, Adrian. Eu não devia ter i-ido. Eu não devia ter me mu-mudado. Me...me perdoa. - digo chorando e gaguejando.

A princípio Adrian não me abraça, mas após um tempo ele me aperta em seus braços musculosos.

E assim fico chorando em seus braços por longos minutos, sem dizermos nada.

- Ah, Laura. Eu que peço que você me desculpe. - diz ele me abraçando e beijando minha testa.

- Eu não tenho porquê desculpá-lo, você não fez nada de errado. Mas eu sim, eu fui embora sem lhe dar explicações, eu... - não consigo terminar de falar e mais lágrimas e soluços me interrompem.

- Shiuuu...não precisa dizer nada, está tudo bem. - diz ele me aconchegando em seus braços e meu desejo é ficar ali pra sempre.

Depois de alguns minutos me afasto de seus braços e encaro o chão envergonhada.

- Eu não devia ter... - digo mas Adrian logo me interrompe.

-Não, está tudo bem. - diz ele com seu sorriso de lado que tanto senti falta.

- Ah, minha nossa! Olha a situação da sua camisa. - digo mudando de assunto.

- Não tem problema, tenho outra. - diz ele sorrindo e nem se parece mais com o homem frio e arrogante. - Pode usar o banheiro se quiser lavar o rosto.

Assinto e ando rapidamente entrando no banheiro.

Me olho no espelho e meu rímel está borrado. Lavo meu rosto e faço um coque em meus cabelos.

E assim saio do banheiro, encontrando Adrian com outra camisa.

- Tenho que voltar, Max deve estar precisando de mim. - digo indo em direção a porta e a expressão de Adrian muda para frustação ou algo parecido.

- Já esta na hora do almoço. - comenta ele e eu fico chocada.

Passou rápido as horas. Claro, junto com o Adrian passa mais que rápido.

- Nossa! O Maxon deve estar me esperando. - digo pronta para abrir a porta.

- Lau, podemos conversar depois? - pergunta ele e eu assinto sorrindo.

E assim passo pela porta e sorrio por finalmente Adrian ter me mostrado que através daquela máscara ainda existe um homem totalmente incrível.

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- Ah, Max. Você sabe que eu não gosto disso. - digo emburrada e ele ri.

- Larga de frescura, Lau. - diz ele dando um empurrãozinho em meu ombro.

- Ai! - reclamo finjindo que doeu e ele revira os olhos.

- Srta. Dramática. - diz Max me abraçando pelos ombros.

Entramos no restaurante que tem perto da empresa, nos sentamos em uma mesa e fizemos nosso pedido.

- Não consigo entender como você consegue comer isso. - digo apontando para o seu lanche cheio de verdura. Balanço minha cabeça em negação e ele me olha frustrado.

- Não me venha falar do meu precioso lanche. - diz Maxon e eu sorrio.

- Oh! Você fica tão fofinho bravo. - digo esticando minha mão e apertando sua bochechas e o mesmo me dá um tapa na mão.

- AMOR, EU SEI QUE VOCÊ QUER FAZER SEXO, MAS ESPERA ATÉ A NOITE! - diz Max gritando e as pessoas presentes no local nos olham chocados por tais palavras.

- Seu idiota, por que falou isso na frente de todo mundo? - pergunto baixo e coloco minha cabeça entre minhas mãos.

- Ninguém mandou você falar do meu lanche. - diz ele sorrindo e eu o encaro com raiva.

- Ah seu... - digo mais sou interrompida assim que olho para frente, uma mesa depois da nossa.

Adrian me encara profundamente e ao seu lado Giovana diz algo a ele.

A Gordinha Rejeitada.Onde histórias criam vida. Descubra agora