Companheira do meu irmão

Capítulo IV

   Após ter ficado consolando minha mãe até ela pegar no sono, vou atrás do meu pai queria conversar com ele e tirar essa história a limpo e tentar entender o seu lado, mas não o encontro em nenhum lugar da casa.

Deixa amanha eu converso com ele.

   Então vou para meu quarto e me jogo na cama, fico ali tentando dormir, pois amanha seria um dia muito longo. Como esperado não demorei nem dez minutos e já estava dormindo feito um panda.

[...]

   No dia seguinte acordo com o som adorável do meu despertador, me levanto contra gosto e vou arrastada até o banheiro tomo um banho bem demorado e faço minha higiene matinal. Após terminar volto para meu quarto visto uma lingerie preta e meu uniforme, vou até meu espelho e fico olhando meu reflexo, não me considero feia, mas hoje eu me superei meu cabelo esta parecendo um ninho de passarinhos, estou com olheiras enormes, simplificando estou horrível.

   Faço uma maquiagem bem natural apenas para tampar as olheiras, penteio meu cabelo e faço uma trança de lado. Pego meu all star preto, o calço pego minha mochila depois desço encontrando minha mãe como sempre, sentada no banquinho da bancada com sua caneca de café extra forte na sua mão direita e perdida em seus pensamentos. Vou até ela e a braço dando um beijo em sua testa.

   - Como você está? -pergunto alisando seu cabelo.

   - Melhor que ontem -disse dando um sorriso fraco- estive pensando, acho que vou fazer uma visita a Madame Nora.

   - Mãe você não está pensando em cortar a sua ligação com o papai? -pergunto preocupada me sentando em cima da bancada pegando uma maça da vasilha ao meu lado.

   - Emyli, entenda o que seu pai fez é imperdoável. -disse olhando para o conteúdo da sua xicara.

   - Mãe, você e o papai ainda se amam, esta certo que o que ele fez é imperdoável -dou uma pausa e ponho uma mão em seu ombro- mas se você fizer isso você só vai piorar essa dor que você esta sentindo ....vai ser pior para vocês dois.

   Ela não diz nada apenas me olha com tristeza.

   - Mas se você acha que esse é o melhor caminho, vou estar do seu lado te apoiando -dou um sorriso terno- mas agora eu preciso ir se não vou chegar atrasada na escola. - lhe dou um beijo em sua testa, pego minha mochila e saio começando a fazer meu trajeto até a escola, só que dessa vez sem meu querido e fofo Stefan.

[...]

   Já estávamos na ultima aula e o senhor Harold, professor de matemática explicava a matéria que cairá na prova de semana que vem e adivinha quem não esta prestando atenção em nada? Se vocês disseram Emyli vocês acertaram em cheio. Não sei o que anda acontecendo comigo toda vez que tento me concentrar nas aulas alguma coisa na floresta me atrai, como a luz atrai uma mariposa, seja lá o que for que me atrai para lá é perigoso, mas mesmo assim não sinto medo isso de certo modo me deixa ainda mais curiosa para saber o que tem lá.

   - Senhorita Emyli Harris. -diz o professor com uma sobrancelha erguida.

   - Sim, senhor Harold? -digo virando meu rosto imediatamente para onde ele estava.

   - Você pode-me dizer como fazemos para resolver essa equação? -disse apontando para uma equação escrita na lousa.

   - Não senhor. -digo abaixando a cabeça.

   - Então sugiro que preste mais atenção nas minhas explicações. -disse serio voltando a lousa e mostrando a turma como se resolvia aquela equação criada pelo capiroto.