•15➼ Não se perde personalidade, se ganha experiencia para saber usa-la•

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 Alison♕ 

—Se é errado dizer que eu também lhe amo e provavelmente, eu sempre amei. Então Kahn, eu quero errar para sempre. — sorrio, deixando meus sentimentos ganharem nome, pois, eu também amava Noel Kahn, desde quando ele foi o primeiro a me ver e a querer cuidar de mim, desde que ele foi o primeiro a me amar sem interesse. 

Meus olhos ficam fixos nos seus sorrindo na mesma proporção, então em reação aos meus sentimentos, empurro Noel no chão e me viro em seu colo me sentando sobre sua barriga, animada, enlouquecida, entorpecida, pela sensação de liberdade e de, por uma vez na vida, certeza absoluta do quanto aquilo era certo, mesmo se todos gritassem o contrário, eu saberia sem necessidade de provar o quanto aquela sensação e sentimento era certo. Era o que todos provavelmente deveriam sentir, pois a paz em minha mente era alucinante. Coloco o cabelo atrás da orelha o olhando, nossos sorrisos igualmente avassaladores e emotivos, e me inclino tocando seus lábios a medida que fechos os olhos, sentindo a textura, a temperatura, o gosto. 

Eu me sentia uma criancinha, eu me sentia voltando no tempo, antes de tudo e ganhando uma segunda chance —mesmo tendo a plena consciência de que agradecia por toda a loucura que me fez chegar até Rosewood, até Noel, até ali. Eu poderia ter uma vida normal  e poderia ter uma vida completamente complexa e obliqua, naquele momento, eu percebi que escolheria sempre a segunda opção, já que ela me levaria até esse momento. 

Eu lutaria contra os demônios e faria qualquer coisa, passando por cima de qualquer paráfrase de bem ou mal, qualquer lei escrita por homens tão obscuros quanto eu. Pois, eu ganhara a plena consciência de que se queria felicidade eu deveria busca-la e não esperar um Deus me entregando ela de bandeja porque não revidei quando me bateram.

Eu faria, eu me manteria firme por Noel, por mim. Se Noel estava disposta a estar do meu lado mesmo sabendo tudo, se estava disposto a me amar mesmo eu não sendo a Princesa Bella, eu conseguiria, eu seria a melhor para ele e eu construiria um futuro sem nada daquilo, um futuro onde lutaríamos apenas nossas próprias guerras —e não a de minha família.

—Eu sei que te amo Alison, —ele comprime minha face em suas mãos, acariciando minha bochecha com o polegar e nos afastando apenas o suficiente para nossos olhares entrarem em concordância e a intensidade eletrizar de um para o outro— porque eu largo qualquer coisa por ti. Qualquer pessoa. Eu faço qualquer coisa por você e não me importo de fazer, na verdade, eu gosto de fazer. E isso não vem depois do sexo, não vem desse ano, vem do dia em que te conheci. Do dia em que você me encantou por ser quem é e não se preocupar em ser a menina bondosa e sofredora que todos dizem e são, obrigatoriamente. —ele se inclina fechando os olhos e depositando um selinho em meus lábios, então voltando a cabeça para o chão— Você guarda sua essência e alma ai dentro e é incrivelmente prazeroso ao ter a chance de ve-la, pois ela não é mostrada e exposta, assim, não é poluível. Eu te vejo, Ali. E eu vejo verdadeiramente ao ponto de necessitar ver mais para saber se é real a filosofia ambulante que é. Eu te quero, Ali. Pois, você se encanta pela maldade e vê nela uma ponta de bondade, vê nela o que ninguém ver: Uma ponte para os sofredores encapararem ilesos de quem usa da bondade para fazer maldade. De quem é o verdadeiro mal. Então, Ali, seja minha garota má com alma de boa, e prometo, prometo compactuar com o necessário para nós. Nós, pois no egoismo do mundo, somos egoístas sobreviventes. Eu te amo até mesmo quando te odeio por me provocar.

Meu rosto é tomado por um banho de lágrimas e os músculos por um sorriso enorme, minha boca apenas se movimenta em incontáveis "eu te amo" e Noel com o rosto emocionado e sorridente como o meu, me puxa pela cabeça e costa deixando minha cabeça enfiada em seu pescoço, sua mão indo e vindo em meu cabelo, o acariciando do topo as pontas jogadas pelo meu corpo.

Eu chorava por alguém além de mim acreditar que continuava boa. Eu chorava por aquele momento lindo que superava minha vida toda. Eu chorava por ser amada por um homem —sim, homem, porque aquele momento me remeteu ao fato de que ganhamos anos de maturidade no momento em que admitimos algo que meus pais não foram capazes de sentir nem quando já eram adultos— agraciado de toda a combinação genética e filosófica perfeita. Eu chorava por ainda ser capaz de chorar e de sentir aquilo.

Eu chorava pois ganhei uma promessa de futuro quando pensava em como escapar de outro horrendo. 

—Shhh, ou terei que procurar outra garota que não molhe minha camisa —Noel brinca beijando meu rosto.—Se bem que seria impossível, loirinha.  Você é  a única a qual eu deixaria molhar minhas roupas, destruir meu quarto ou destruir minha vida, que seja. Você é a única a me transformar nesse cara romântico que pensa sem parar em como uma garota é incrível por dentro e não só em seu corpo sensual.

—Eu sei que te amo, —sussurro baixinho, após rir e me emocionar ainda mais, em seu ouvido próximo a minha boca. —pois eu consigo me abri contigo, pois quando eu penso em algo, eu penso em você para executar. Quando eu penso em sentimentos, eu os tenho por você e isso desde sempre. Eu sei que te amo pois você me fez admitir tudo isso, me fez admitir para mim mesma e fez por mim o que nem eu fiz. Eu sei que te amo pois é você Kahn, pois é você para tudo, é por você que admito, é por você que sinto, é por você e com você que faço qualquer loucura. Inclusive atravessar o país de carro. —solto um risinho afinado em seu ombro e deixo mais lágrimas correrem— Eu sei que lhe amo porque eu sou capaz de agradecer os problemas de minha família por ter me trazido até você. Por eu ter o prazer de sentir sua intensidade, de rir de suas piadas e de lhe ter em meus dias. De ter a chance de ser a sua melhor amiga e poder contar contigo para tudo. Por ter uma intimidade que ultrapassa barreiras desde contar-lhe tudo até estar jogados em uma calçada suja em meio a uma cidade toda.

Eu queria gritar, me sentia realmente liberta, eu queria dizer tudo naquele momento. Eu estava convicta de tudo e estava certa de que nunca é um erro se não considerar um. 

Noel me conquistou em todos os sentidos e talvez amar alguém não seja uma fraqueza e sim uma força a mais. 

Ele se levanta me puxando junto e me faz olha-lo, seus olhos estavam vermelhos, mas, ele não chorava, sua boca esticada em um sorriso completo, as luas de sua bochecha bem marcada. Noel passa o dedo pelos fios de meu cabelo, caindo sobre meu rosto, e os leva atrás da orelha beijando com amor a minha testa e depois pegando meu rosto e fixando seus olhos nos meus, poderia ver o amor se esvair  por eles em direção aos nossos corações.

—Eu achava que te amava o suficiente quando você era irônica e alheia na maioria do tempo, mas ver o contrário disto e principalmente um sentimentos tão forte, tão onipotente, emanar de ti por mim. Por mim. Me fez ver que não a limites para o amor que sinto por ti agora, Alison. Merda. Eu te amo para caralho, loira. —ele solta um riso bobo e então me estende um sorriso cafajeste.—Eu disse que se apaixonaria por mim.

—Eu não me apaixonei —rebato passando os dedos entre o seu cabelo denso— Eu te amei desde sempre, mesmo não me reportando a isso.

—Parece que somos mais parecidos do que eu pensava, então. —ele conclui puxando meu rosto e me beijando com uma paixão efervescente. 

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