2. There's No Smoke Without Fire

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AOOOO PESSOAL!!!
Porra, queria agradecer a todos vocês que tiraram um tempinho para começar a ler minha estória. Eu fiquei muito feliz com os views, os comentários positivos que me incentivaram a escrever e tentar passar para vocês uma coisa legal.
Obrigada de verdade, porque eu enrolei muito para ter coragem e recebi muito apoio de pessoas importantes para mim. Queria agradecer a filha da puta da Paola que enche meu saco mas que foi e vai ser ainda uma peça fundamental nas minhas idéias. Também queria indicar as duas fics da minha amiga cabeyojergg, ela é incrível e está se dedicando muito na estória dela, enfim, to falando demais porque to empolgada.
SOBRE O CAPÍTULO: Qualquer crítica também será bem aproveitada, então sinceridade, gente HAJKAKSKAKA ENJOOOOY!

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POV CAMILA

- Paciente é vítima de perfuração abdominal por arma de fogo. - corri ao lado da maca sendo acompanhada pela equipe até a emergência.

- Kordei, aplique pressão no sangramento para evitar uma hemorragia mais intensa, ela está perdendo muito sangue.- Normani pegou a gaze pressionando diretamente contra a lesão, enquanto Dinah cortava o resto das roupas que estavam prendendo a circulação.

- Paciente chegou consciente, mas agora apresenta cianose de extremidades, hipotermia, pulsação oscilando. Pupilas dilatadas. Apresenta suor excessivo e pele úmida.
Jane, cubra-a com manta porque ela está com todos os sinais, já está em estado de choque. Pode aferir a pressão arterial e continue monitorando a respiração de cinco em cinco minutos. Mantenha as vias aéreas desobstruídas.

- Está tudo bem, só quero te ajudar. Tente não se mexer. Mantenha-se acordada. - Dinah cobriu a paciente com uma manta e elevou as pernas da mesma, monitorando com o aparelho de aferir a PA enquanto ela balbuciava coisas inaudíveis.

- Veronica Iglesias, 25 anos. Veio de Miami, é tudo que está anotado no prontuário, Cabello. E se ela for alérgica a algum medicamento? Ela está em estado de choque impossibilitada de responder qualquer tipo de pergunta. E se ela tiver um choque anafilático? - Normani perguntou alterando a voz.

- Então vamos fazer o efeito antagônico medicamentoso, enfermeira, Kordei. - rebati em um tom ainda educado comparado a situação.- Não quero responder por negligência, ainda mais por incompetência de ninguém aqui dentro. Parecem que não conhecem código de ética. - o monitor começou apitar; pulso fraco. Normani sai da sala disparada.

- Bradicardia, o coração está parando. Tragam o carrinho de parada. QUEM TIROU O CARRINHO DA EMERGÊNCIA? - subi no banco ao lado da maca, com as mãos sobre a região do esterno sem flexionar os cotovelos, fazendo de 100/120 compressões por minuto.

- Doutora, Cabello. - um dos residentes presentes comentou em um tom de deboche. - A senhorita Jane está fazendo a elevação das pernas em 30cm por que? Você pediu mudança de decúbito? - trinco o maxilar. Não era possível que iam fazer piadinha a essa altura do campeonato.

- A senhorita Jane, está me auxiliando na ventilação e estabilizando as vias. Totalmente ao contrário do que você está fazendo, agora vá buscar o carrinho de parada antes que eu jogue você para fazer exame retal pelo resto da semana. Some da minha frente, aqui é uma vida em jogo, se não for para ajudar, não atrapalha, Shawn. - todos me olharam estática. Ele apenas se retirou da sala. Ótimo! Um a menos para atrapalhar.

- Camila, paciente apresenta hematêmese. - Dinah arregalou os olhos ao ver Veronica vomitando sangue.

- Muda decúbito, lateraliza senão ela vai broncoaspirar e vai ter outra parada cardiorrespiratória. - Dinah fez o que foi mandado.

- Faz aspiração das vias aéreas, tem muito sangue na boca, não quero precisar fazer a traqueostomia, e aposto que vocês não estão mais afim de ver sangue.

- Camila, mas ela vai precisar ficar entubada, vai ter que fazer a traqueo uma hora ou outra. - Lucia esbravejou.

Normani voltou com o carrinho de parada, e Dinah começou a aspiração do sangue com uma cânula. Passou o gel e aplicou choque, depois de novo.

- RITMO ESTÁ ESTABILIZANDO. - Lucia conferiu a monitoração.
Logo Normani aplicou a dose de epinefrina.

- Tudo estabilizado? Faz a traqueostomia. Continuem com os medicamentos necessários e encaminhem a Veronica para o centro cirúrgico porque precisamos retirar essa bala. Ela será submetida a laparotomia. Cuidado porque tem lesões de delgado e sigmoide, também terá que fazer a tomografia abdominal, precisamos saber se afetou o fígado e os rins. Laparotomia exploradora, quero controle de sangramento e contaminação intestinal. Agora é com vocês. Dinah, to confiando em você.- dei uma piscadela e sai marchando para fora da sala de emergência, e indo em direção a recepção.

Ar, eu precisava de ar, tava me sentindo tonta. Me encostei em uma árvore e retirei o maço de cigarro do bolso do jaleco, puxando um e levando entre os lábios onde tudo que enxergava eram as luzes laranjas dos grandes edifícios de NY, e um par de esmeraldas verdes que me fitavam com o isqueiro aceso na altura do meu rosto. Aproximei o cigarro do fogo, acendendo o mesmo e dando uma enorme tragada.

- Isso vai te matar.- Ela exclamou.

- E isso vai matar os seus neurônios. - lancei um olhar para o cigarro de maconha enroladinho entre os dedos dela. - E não sei se você sabe, mas neurônio não se regenera.

- E nem os seus pulmões. - que abusada, quem essa garota pensa que é? - Prazer, Lauren. Acho que nos conhecemos mais cedo, doutora Cabello. - ela respondeu como se meus pensamentos fossem audíveis naquele momento.

- Ohhh. Verdade, como está se sentindo? - indago encarando seus lindos olhos tristes. Eu nunca havia visto olhos tão profundos em toda minha vida. Seu rosto estava abatido, sua camiseta cinza completamente ensanguentada. Seus lábios se encontravam totalmente roxeados com cortes superficiais, agora entreaberto soltando lufadas de fumaça.

- Bom, eu fui barrada de entrar no hospital, digamos que fui um pouco rude com um dos seguranças. - ela dizia enquanto encarava as próprias mãos e brincando com os dedos. - Eu estava muito nervosa.. - seus olhos ficaram marejados e ela esfregou as mãos nos olhos. - Por favor doutora, eu sei que você tem poder nesse hospital, todos te olham com respeito e temor. A pessoa que mais amo nesse mundo agora está lá dentro e... Eu só não quero perdê-la, eu não tenho notícias, eu to me controlando para não explodir e voltar lá, não quero arrumar encrenca mas também não posso ficar aqui de mãos atadas, enquanto minha amiga está sozinha, e sangrando até pelas tripas.

Ela parecia desesperada, havia súplica em seus olhos. O que houve com essas duas? Por que a Veronica havia tomado um tiro?

- Olha, eu não posso te dar nenhuma informação aqui fora, até porque existe sigilo absoluto sobre meus pacientes e não seria nada profissional dar informação assim. - disse em um tom ameno enquanto jogava a bituca de cigarro no chão. - Mas você pode entrar comigo, eu converso com o Elias e vejo se ele da um desconto. - ela me encarou com os olhos vermelhos, suas mãos estavam trêmulas.

- J-jura? Eu não vou mais tentar arrumar encrenca com ninguém, eu não sei como agradecer.

- Eu sei. Não se meta em confusão, já cansei de consertar as suas, e olha que te conheci hoje. Eu não sei o que aconteceu, mas você vai precisar responder muita coisa, Lauren, e não é para mim. - me aproximei de seu ouvido e sussurrei. - Deixe meu hospital em ordem, que garanto que sua vida também fica. Se cuida porque sua amiga precisa de você. - rumei em direção a porta do hospital. Essa história tinha acabado de começar e eu já não queria participar.

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EAI?????

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