Capítulo 29

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Desculpem a demora- de novo- a internet caiu.
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Paramos em frente ao meu restaurante favorito, como ele sabia? Felipe estacionou o carro e abriu a porta para mim, nossa, um completo cavalheiro, quem ver até pensa.

Eu: como sabia que esse é meu restaurante favorito?- perguntei curiosa.

Felipe: eu não sabia, foi sorte- sorriu de lado.

Caminhamos até a entrada e um homem nem baixo e nem alto com um bigodinho francês e cabelo muito bem penteado estava na entrada.

Xxx: tem reserva?- perguntou com um sotaque diferente.

Felipe: sim, Felipe Almeida- espera aí, o Felipe sabe ser civilizado? Deus existe irmãos.

Xxx: ah, Claro senhor Felipe, pode me acompanhar- falou super educado.

Felipe ofereceu o braço para mim segurar e assim eu fiz, o homem nos levou para uma mesa mais reservada com apenas dois lugares e se retirou.

Felipe: você não imagina quanto tempo a Geovana demorou para me ensinar etiqueta- falou se sentando ereto na cadeira.

Eu: você fez aulas de etiquetas só para sair comigo?- perguntei surpresa.

Felipe: na verdade foi só uma aula, foi de última hora- sorriu sem jeito.

Eu: você fez uma reserva no restaurante sem nem saber se eu aceitaria?- talvez minha curiosidade esteja maior do que está normalmente.

Felipe: se você não tivesse aceitado traria a Sam oras- falou óbvio.

Eu: bem esperto você.

Garçom: já vão fazer os pedidos?- se aproximou de nós.

Eu: ah, sim, traga aquele vinho que eu sempre tomo- pedi. Pode ser coincidência, mas ele sempre me atende quando venho aqui.

Garçom: sim senhorita Godoy- falou formalmente.

Eu: e eu vou querer lasanha, Felipe, eu recomendo para você, a lasanha daqui é tipo, a melhor do mundo- senti minha boca salivar.

Felipe: então eu também quero a lasanha- falou sorrindo.

Garçom: ok, logo trago seus pedidos- se retirou.

Felipe: sim senhorita Godoy- fez uma péssima imitação do garçom.

Eu: para mano, coitado do garçom- falei me segurando para não rir.

Felipe: se eu soubesse que conversando amigavelmente seria mais divertido eu teria feito isso muito antes- falou me observando de uma maneira estranha. Tudo hoje está estranho.

Eu: mas era até legal nossas brigas- falei rindo.

Felipe: eu estava pensando, a gente quase transou duas vezes mas nunca tivemos uma conversa civilizada, então pedi teu número para a Geovana e ele me ajudou dando as aulas- ajeitou os talheres que estavam arrumados.

Eu: não precisava ter feito aula de etiqueta- falei lhe observando.

Felipe: eu não queria te envergonhar- sorriu tímido. Oi? Felipe tímido?

Eu: você nunca vai me envergonhar, e vai por mim, eu fiz aula de etiqueta por anos e é a coisa mais chata que eu já vi, sem cotovelos na mesa, pegar os talheres de dentro para fora, coloca porções pequenas na boca, mastigar delicadamente- falei com tédio.

Felipe: para, já está me dando dor de cabeça, como conseguiu decorar tudo isso?- perguntou impressionado.

Eu: eu tinha que aprender se não aquela velha me batia com o leque, mas aos onze anos eu disse para o meu pai que se ele não cancelasse as aulas eu ia pintar o cabelo de roxo- falei rindo.

A Patricinha e o Dono Do Morro Onde histórias criam vida. Descubra agora