Capítulo 05

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(Jack na multimídia)

Jack: você mora aqui sozinha?- ele perguntou curioso.

Eu: sim ué- dei de ombros.

Jack: deve ser legal ficar nesse silêncio o dia todo- ele falou olhando para mim.

Eu: chega a ser bem depressivo- falei rindo.

Jack: mas e você, gosta de alguém?- fiz uma careta.

Eu: ah, não, tô pulando fora dessa história de se apaixonar- bebi um pouco do meu suco.

Jack: é tolice odiar todas as rosas porque uma te espetou- fiz uma cara impressionada.

Eu: vou até copiar aqui- falei pegando meu celular.

Jack: eu vi essa frase em algum lugar da internet- deu de ombros.

Eu: como eu não pensei nisso- falei pensativa.

Jack: mas sabe, se apaixonar foi a melhor burrada que eu fiz na minha vida- falou sorrindo largamente.

Eu: vou acabar me apaixonando- falei irônica.

Jack: cuidado, eu sou viciante- sorriu de lado.

Eu: já pensou em ser comediante?- agora foi minha vez de ser sarcástica.

Jack: eu achei que você era uma garota metida, pelo jeito estava enganado, você é a pessoa mais legal que eu já conheci- falou realmente impressionado.

Eu: as pessoas me julgam sem nem me dá um "oi" é normal- encolhi os ombros.

Jack: aquela sua amiga Geovana é muito doida, vocês duas são tão diferentes- rir do jeito que ele descreveu a Geo.

Eu:eu sou a mãe e ela a filha, eu tenho que colocar um pouco de juízo naquela cabeça dela.

Jack: Manu, agora somos amigos?- perguntou exitante.

Eu: claro que sim Jack, aliás, eu nunca te vi na universidade, você faz o que?- perguntei interessada.

Jack: contabilidade- levantei as sombrancelhas em sinal de espanto.

Eu: nossa, só em ouvir a palavra "conta" me dá dor de cabeça- ele riu.

Jack: eu gosto muito de matemática- realmente ele é uma raridade no mundo.

Eu:jura? Nem imaginava- falei irônica.

...

Jack foi embora, então eu aproveitei para ir tomar um banho e tirar esse suor, vou no quarto, tiro minha roupa e entro no banheiro, tomo um banho relaxante, coloco um short jeans claro, uma regata preta, faço um coque no cabelo e coloco minha sandália, vou na casa da dona Maria.

Saio do meu apartamento, entro no elevador e subo até seu apartamento, bato na porta e logo ela vem abrir.

Maria: Manu, que bom que veio, entre- abriu espaço.

O apartamento era bem retrô, suas paredes eram brancas, seus móveis de madeiras, na sala havia um sofá de três lugares da cor marrom e uma poltrona da mesma cor, na estante tinha enfeites e porta retratos, umas fotos bem antigas, outras nem tanto, tem uma onde dona Maria está olhando para um senhor que está na cadeira de rodas, ambos sorrindo, será que um dia eu vou achar alguém para ficar juntos até meus últimos dias?

Maria: esse é meu marido- fala atrás de mim.

Eu: faz muito tempo que ele...- não terminei a frase.

Maria: cinco anos, eu vivi momento incríveis ao seu lado- sorriu saudosa.

Eu: imagino...- falei vagamente.

A Patricinha e o Dono Do Morro Onde histórias criam vida. Descubra agora