Eu: amor, eu vou na casa da Geovana- avisei.
Felipe: vou contigo, quer dizer, eu não vou na casa do Brunin, vou lá na boca.
Eu: então vamos logo.
Descemos a escada e saímos de casa, mesmo sendo de tarde o sol ainda está quente.
Felipe: como foi na universidade hoje?- perguntou passando o braço pelo meu ombro.
Eu: legal.
Felipe: nossa, que interessante- falou sarcástico.
Eu: não tem muitas novidades- dei de ombros
Xxx: oi, Manuela né?- perguntou uma moça que eu acho que já vi em algum lugar- você não se lembra de mim?
Eu: eu acho que conheço você de algum lugar mas não lembro de onde... ah, você é aquela mulher do centro- falei sorrindo.
Xxx: sim, isso mesmo.
Eu: o que você faz por aqui?- perguntei curiosa.
Xxx: aconteceu tantas coisas na minha vida, mas enfim, eu conseguir comprar um barraco aqui no morro, agora eu tenho uma casa que eu posso chamar de minha- falou animada.
Eu: que bom que você conseguiu- falei sincera.
Felipe: se você precisar de alguma coisa não precisa ficar com vergonha, pode me pedir- se pronunciou.
Xxx: ok, obrigado- senti que ela ficou um pouco amedrontada com o Felipe. Quem não ficaria né?
Eu: foi um prazer te rever, que Deus continue te abençoando.
Xxx: amém, agora tenho que ir- foi embora.
Felipe: tchau amor, te amo- me deu um selinho.
Eu: também te amo.
Vou até a casa da Geovana e já vou entrando, não tem ninguém em canto nenhum, mas escuto o barulho do chuveiro, provavelmente ela está tomando banho, me sento no sofá e ligo a TV deixando em Bob Esponja.
Geo: eu estou armada.
Hãn?
De repente ela aparece na sala com um rodo na mão e gritando, o que me fez gritar também.
Eu: que susto garota- coloco a mão no meu peito esquerdo.
Geo: que susto digo eu, achei que ião roubar a casa.
Eu: que bandido liga a TV e deixa em Bob Esponja?- perguntei incrédula.
Geo: sei lá, eu estava com medo, não raciocinei.
Eu: agora larga isso- mandei.
Geo: ah, claro.
Ela entra no quarto e eu jogo a cabeça para trás, se essa garota for normal eu que sou doida. Logo ela saí do quarto vestindo um short jeans rasgado e uma blusa justa florida marcando sua barriga.
Geo: eu queria mesmo falar com você- se sentou no sofá.
Eu: fale.
Geo: já escolhemos o nome do bebê- disse animada.
Eu: e qual é?- perguntei ansiosa.
Geo: Rafael.
Eu: que nome lindo, quem escolheu?- não pode ter saído da cabeça dela.
Geo: escolhemos juntos, eu achei perfeito.
Eu: sim, é muito lindo- concordei.
Geo: e quando a senhorita vai me dá um sobrinho?- passou a mão na minha barriga.
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A Patricinha e o Dono Do Morro
Novela JuvenilManuela Godoy é aquela típica patricinha, doce, meiga e arrogante, desde muito nova teve que conviver com a solidão, com o quase abandono do pai e a morte da mãe só lhe restou sua melhor amiga Geovana. Manu tem aparentemente uma vida normal, mas uma...