Felipe: amor, já está quase na hora e você ainda nem se arrumou.
Eu: não é você que tem que arrumar uma criança- resmunguei.
Felipe: nossa, tudo bem estressadinha, estou lá embaixo te esperando- saiu do quarto.
Coloquei a tiara na cabeça da Isabela e sorrio contemplando o meu trabalho, ela estava com um vestido rosa com um laço na cintura, sua tiara tinha uma flor e seus sapatinhos são brancos com uma flor pequenininha.
Eu: AMOR- gritei. Logo ele estava na porta do quarto- fica com a Isa enquanto eu tomo banho.
Felipe: ok, vamos filha- pegou ela no colo.
Felipe saiu do quarto com a Isa conversando com ela como se ela estivesse entendendo tudo.
Vou no banheiro, e tiro minhas roupas, hoje é o aniversário de um ano do Rafa, o meu garotão é tão gordinho e fofo.
Entro no box ligando o registro do chuveiro, sinto a água descer pelo meu corpo me relaxando. Cuidar da Isa é um trabalho e tanto, mesmo sendo muito pequena ela é muito sapeca, mas não tem como ficar com raiva quando ela abre aquele sorrisinho de apenas um dente nascendo em baixo, o nascimento dela foi bem tranquilo, apesar da dor.
***
Acordo sentindo uma pontada na barriga, me revirei na cama e logo as dores foi ficando mais intensas, já estava suando frio e um pouco pálida.
Eu: amor- cutuquei Felipe- amor acorda- sinto uma pontada forte- FELIPE ACORDA, ESTÁ NASCENDO.
Felipe: aí meu Deus, quem está nascendo?- deu um pulo da cama.
Eu: sua filha seu idiota- gemi de dor.
Felipe: calma amor, o que eu tenho que fazer agora?- perguntou para si mesmo andando em círculo.
Eu: vai pegar as bolsas.
Felipe: ah, claro, aguenta aí amor- saiu correndo do quarto.
Continuei me revirando na cama e falando todos os palavrões possíveis, nunca havia sentido tanta dor assim na vida.
Felipe: ok, bolsa, chaves do carro, estou indo- virou as costas saindo do quarto.
Eu: você não está esquecendo nada não?
Felipe: não, por que?- franziu o cenho.
Eu: VOCÊ ESTÁ ESQUECENDO DE MIM SEU IDIOTA- gritei irritada.
Felipe: aí meu Deus, claro.
Felipe veio em direção a cama e me pegou no colo saindo apressadamente, sinceramente, não sei como ele não caiu da escada.
Saímos de casa e Felipe me colocou no banco do passageiro, ele foi para o outro lado e se sentou no seu lugar.
Eu: vai logo Felipe- murmurei.
Felipe deu partida no carro e saiu praticamente voando, a cada minuto eu gritava algum palavrão fazendo Felipe acelerar ainda mais, se via o completo desespero em seu rosto.
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A Patricinha e o Dono Do Morro
Novela JuvenilManuela Godoy é aquela típica patricinha, doce, meiga e arrogante, desde muito nova teve que conviver com a solidão, com o quase abandono do pai e a morte da mãe só lhe restou sua melhor amiga Geovana. Manu tem aparentemente uma vida normal, mas uma...