Capítulo 57

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Meus momentos de noiva estão ótimos, se eu contei para o meu pai? Não, e nem vou contar, ele não tem nada haver com isso.

Cheguei em casa muito feliz, o porque? Eu não sei, só estou de bom humor, de ótimo humor para falar a verdade.

Vou no quarto, deixo minha mochila encima da cama e tiro minha roupa entrando no banheiro, tomo banho, saio, me enxugo e entro no closet, visto um short jeans, uma blusa florida e faço um coque no cabelo, saio do closet e pego minha mochila para fazer um exercício da faculdade, mas escuto um barulho de choro vindo do quarto ao lado, no caso, o da Sam.

Saio do meu quarto e vou até lá, abro a porta e vejo Sam sentada na cama com a mão enterrada entre a cara chorando, e o Bruno do seu lado.

Eu: o que houve?- perguntei preocupada.

Sam: o Felipe...- soltou um soluço.

Eu: o que houve com o Felipe?- sinto meu coração acelerar.

Sam: ele foi preso.

Aquelas palavras foram como um soco no meu estômago, toda minha felicidade foi por água abaixo.

Eu: c-como assim?- perguntei atônita.

Bruno: Manu, estamos fazendo o possível para tirar ele de lá, já ligamos para o advogado- tentou acalmar a situação.

Eu: mas ele vai sair de lá né?- perguntei com a voz embargada.

Bruno: vamos fazer o possível Manu- veio até mim e me abraçou- tudo vai ficar bem.

...

Jack: calma Manu- acariciou minha cabeça.

Eu: por que eu não posso ter uma vida normal?- perguntei entre lágrimas.

Nesse momento estou deitada na minha cama com a cara enfiada nas coxas de Jack, que veio imediatamente para cá quando eu lhe liguei.

Eu: primeiro a dona Maria morre, depois a Jennifer, e agora o Felipe está preso.

Jack: calma Manu, logo tudo isso vai passar.

Eu: não vai Jack, para de falar isso- me irritei.

Jack: eu vou fazer um chá para você- saiu do quarto e eu continuei a chorar.

Xxx: vai acontecer algo terrível na vida de quem você ama... Trancafiado...  Trancafiado... Trancafiado... Trancafiado.

As palavras daquele velhinho ecoam pela minha cabeça, claro, trancafiado, poxa seu velho, não poderia ter sido mais claro? Agora tudo faz sentido.

Jack: trouxe seu chá- entrou novamente.

Eu: obrigado.

Tomei um gole daquele chá e estranhamente meu corpo começou a ficar dormente.

Eu: Jack... o que tem nesse chá?- perguntei olhando para o líquido.

Jack: shiu, apenas durma.

...

Me acordo, olho para o lado mas não tem ninguém, o quarto está vazio, me levanto ainda um pouco sonolenta e saio do quarto descendo a escada, encontro Jack no sofá assistindo desenho animado.

Eu: oi.

Jack: ah, oi- olhou para mim.

Eu: o que você tinha colocado no meu chá?- franzi o cenho.

Jack: apenas um remedinho.

Eu: você viu a Sam?

Jack: está no quarto com o namorado dela, sério velho, da pena de ver ela, seus olhos estão inchados e vermelhos- fez uma careta.

A Patricinha e o Dono Do Morro Onde histórias criam vida. Descubra agora