Felipe veio para sala com uma bermuda, uma camisa verde, e os cabelos bagunçado, esse homem fica bonito até desarrumado? Respira Manu, você precisa se controlar, respira fundo.
Felipe: o que vamos almoçar?- se sentou no sofá.
Eu: lasanha- dei de ombros.
Felipe: você sabe que não pode- bufei.
Eu: então cozinha você, eu não sei fazer nada- falei impaciente.
Felipe: nem eu.
Eu: então aprende- falei óbvia.
Felipe: então vamos aprender juntos- olhou para mim.
Eu: já sei- dei um pulo do sofá- vamos na casa da dona Maria.
Felipe: quem?- franziu o cenho.
Eu: a vizinha daqui de cima, a gente vai lá como se não quisesse nada e fica para almoçar- sugerir animada.
Felipe: você vai na casa dos outros só para comer?- perguntou incrédulo.
Eu: claro que não- sim- ela é minha amiga, e eu nunca mais vi ela, eu mato dois carneiros com uma cajadada (talvez essa palavra não exista).
Felipe: só porque estou com fome- falou derrotado.
Eu: oba- bati palminhas.
Puxei Felipe e saímos do meu apartamento, fechei a porta e entramos no elevador, ele entrelaçou seus dedos no meu, eu olhei para cima para lhe fitar mas ele não prestava atenção, o elevador abriu e fomos até o apartamento da dona Maria, toquei a campanhia e ela abriu.
Maria: Manu- me abraçou- quanto tempo, por onde você se meteu?
Eu: estava no hospital.
Maria: ah, podem entrar- deu espaço e eu puxei Felipe- como assim no hospital?
Eu: eu passei mal, estou com anemia e com fome- talvez eu seja um pouco direta.
Maria: sentem aí, vou colocar comida para vocês, tem arroz, feijão e frango grelhado, e vou fazer salada- falou indo para cozinha.
Eu: não queremos incomodar- sorri falsa.
Maria: você nunca é um incômodo Manu, podem se sentar no sofá, aliás, como é seu nome?- se referiu a Felipe.
Felipe: Felipe.
Maria: meu nome é Maria, também conhecida como melhor amiga da Manu- se apresentou.
Eu: não liga, ela é assim mesmo- falei um pouco mais baixo.
Maria: Manu sua sem vergonha, está namorando e nem para me contar- falou mexendo em algumas panelas.
Eu: só somos amigos- expliquei.
Maria: amigos, sei, e o Jack? Nunca mais vi ele- olhou rapidamente para mim.
Eu: ele está com uns problemas na casa dele, falando nisso eu tenho que ligar para ele- me lembrei.
Maria: vou chamar ele no whatsapp.
Eu: olha, vovó moderna- falei rindo.
Maria: vovó meu ovo- levantou o dedo do meio.
Eu: o único que tem ovo aqui é o Felipe- rir mais ainda.
Felipe: nunca me senti tão constrangido- falou baixo.
Eu: relaxa, isso é normal no meu dia-a-dia- falei tocando no seu ombro.
Maria: vocês também querem que eu leve a comida aí? Daqui a pouco vão pedir para eu dá na boca- resmungou.
Eu: hoje a senhora está com o diabo no couro né?- perguntei debochada.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Patricinha e o Dono Do Morro
Dla nastolatkówManuela Godoy é aquela típica patricinha, doce, meiga e arrogante, desde muito nova teve que conviver com a solidão, com o quase abandono do pai e a morte da mãe só lhe restou sua melhor amiga Geovana. Manu tem aparentemente uma vida normal, mas uma...