Capítulo 61

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O tempo está passando muito rápido, está até difícil de acompanhar, rápido em tese, para mim cada segundo longe do Felipe passa se arrastando.

Estou no quarto mês de gestação, na última ultrassom tinha sido mais uma vez acompanhada por Jack, que com certeza será padrinho do meu filho ou filha, eu quero logo saber o sexo, por enquanto só estou comprando roupinhas com cores neutras.

O Rafa está a coisa mais linda do mundo, dá vontade de morder as suas bochechas, ele é tão gordinho, dá vontade de apertar.

Já dá para ver minha barriga, o que eu acho muito grande, o doutor disse que meu filho é muito saudável, eu estou fazendo muito esforço, estou tomando todas as vitaminas, procuro comer frutas e legumes, e evito comer besteiras, tudo para o bem do meu bebê.

Eu: tchau Geovana, já estou indo para casa- me despedir da minha amiga.

Geo: tchau, até amanhã- acenou.

Saí da casa dela e caminhei até em casa, cumprimentei algumas pessoas com breve acenos, as pessoas do morro vivem me mimando, eu posso está apenas com uma sacola na mão que as pessoas já não me deixam levar, as senhoras nem se fala, vivem levando comida lá em casa, dizem que eu estou carregando o herdeiro no ventre, mas eles nem cogitam que pode ser uma menina.

Entro em casa e já vou logo para cozinha, essa coisinha aqui é um esfomeado, vejo Cleide de costa fazendo algo na pia.

Eu: o janta já está pronto?- perguntei ansiosa.

Cleide: sim, para você eu fiz sopa- faço uma careta. Não aguento mais comer sopa.

Eu: ok- falo tentando parecer animada.

Peguei um prato fundo e coloquei a sopa de carne nele, me sentei na mesa e comecei a comer.

Sam: o que tem para hoje?- entrou na cozinha.

Cleide: fiz macarrão com salsicha.

Sam: tá bom.

Eu: oi para você também Sam- falei debochada.

Sam: ah, oi Manu, como vai a vida?- se sentou na cadeira.

Eu: sabe, muito corrida, amanhã irei em Nova York e na parte da tarde estarei em Miami, e a noite irei tomar um vinho na Itália- brinquei.

Sam: amanhã eu tenho um ensaio fotográfico, e uma cena para decorar- entrou na brincadeira.

Cleide: eu irei gravar meu novo programa gastronômico.

Sam: voltando a vida real, o professor de ciências quer falar com você- olhei desconfiada para ela.

Eu: por que?- parei de comer.

Sam: nada demais, só mandei ele ir tomar no cú- arregalei os olhos- e tirei 0 nas duas últimas provas, e 0,5 na recuperação- falou calmamente.

Eu: mas Sam, você não estudou?

Sam: aí Manu, eu juro que tento me concentrar mas não consigo, eu penso em tudo, menos no assunto que está sendo dado, é como se ele estivesse falando em grego- colocou as mãos na cabeça.

A Sam anda tendo problemas na escola, nessa última semana eu já conheci todos os professores dela, e sempre é o mesmo motivo, notas extremamente baixas, eu não consigo entender, ela sempre tirou ótimas notas, e agora está assim.

Eu: Sam, eu sei que estamos passando por um momento difícil, o Felipe faz muito falta, mas você não pode acabar sua vida escolar assim, você está no nono ano, daqui a pouco entra no ensino médio, precisa focar mais, prestar mais atenção e tentar tirar notas boas- falei calma.

A Patricinha e o Dono Do Morro Onde histórias criam vida. Descubra agora