Capítulo 42

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Felipe saiu do provador pela sei lá, décima vez, agora ele estava com uma calça jeans e uma camisa polo listrada vermelha e branca, ficou ótima nele.

Felipe: não quero provar mais nada, vamos embora, estou cansado- choramingou.

Eu: ok, já escolhi minhas roupas, vamos pagar e ir para casa, ok?

Felipe: ok.

Felipe vestiu a roupa que já tinha vindo de casa e pegamos tudo que íamos levar e fomos para o caixa, talvez eu seja um pouco consumista, mas só um pouco mesmo.

Pagamos as coisas e saímos da loja cheios de sacolas.

...

Felipe: quero dormir- se jogou no sofá.

Eu: eca, você não vai babar no meu sofá- tentei lhe empurrar.

Felipe: não vou dormir, só vou descansar as pálpebras- fechou os olhos.

Saí tirando as peças de roupas do meu corpo até chegar no banheiro, liguei o chuveiro e deixei a água bem fria, fiquei lá de olhos fechados por longo segundos, é tão bom ter um momento de paz, comecei a sentir saudades do meu pai, já faz tempo que não lhe vejo, e até da minha mãe, mesmo que eu nem havia lhe conhecido, mas queria ter alguma lembrança dela.

O futuro é muito doido, quem diria, a Geovana grávida e com uma família, eu namorando o comandante do morro do Alemão, a vida é muito louca, nem adianta você fazer planos, sempre acontece de uma forma diferente.

Desliguei o chuveiro e me enxuguei, me enrolei na toalha e saí do banheiro, fui no closet e peguei um pijama da Hora da Aventura, fiz um rabo de cavalo, e coloquei meus óculos de grau, peguei um livro que eu estava lendo mas havia parado e fui para cama, Felipe entrou no quarto e foi para o banheiro parecendo um furacão, comecei a folear meu livro, minutos depois Felipe saiu do banheiro com uma bermuda fina.

Felipe: não sabia que você usava óculos- falou me observando.

Eu: uhum- murmurei.

Quando estou lendo meus livros fico muito concentrada, não gosto que fiquem conversando comigo, ele se deita do meu lado e suspira, levanta de novo e desliga a lâmpada, ligo meu abajur e ele liga o dele.

Felipe: eu fiz alguma coisa?- perguntou me olhando.

Eu: hãn?- não estou me fazendo de desentendida, realmente eu não entendi.

Felipe: nada, vai dormir agora?

Com certeza não dá para se concentrar com o Felipe do lado, fechei o livro e coloquei de lado.

Eu: vou- bufei.

Desliguei meu abajur e Felipe fez o mesmo, tirei o óculos e coloquei no criado mudo, sinto os braços fortes do Felipe embalar meu corpo e fecho os olhos.

...

Acordo, olho para o lado e Felipe está dormindo todo torto com as mãos de baixo do rosto fazendo sua cara fazendo ficar amassada, tive um idéia.

Me levanto, vou no banheiro e encho um balde, quando já está cheio pego o balde e vou no quarto, jogo o balde encima do Felipe e ele pula da cama caindo no chão, comecei a rir, rir tanto que meu pâncreas começou a doer.

Felipe: affs, namoradas normais me acordaria com beijinhos- reclamou.

Eu: eu não sou uma namorada normal- coloquei as mãos na cintura.

Felipe: jura?- perguntou irônico.

Eu: levanta daí que você tem um morro para cuidar e eu vou para universidade- falei impaciente.

A Patricinha e o Dono Do Morro Onde histórias criam vida. Descubra agora