Passado Contra Futuro

Nine

Froncks's

Em passos rápidos apesar de querê-los lentos, procurei por Jones naquela academia e vou te dizer, ele deve ter se escondido muito bem, pois foi difícil acha-lo e só fui achar quando já estava desistindo. E como eu achei? Bem, eu estava procurando o meu celular quando esbarrei em alguém – destino? Oi! - estava pedindo desculpas quando aquele perfume me intoxicou.

Levantei o rosto e o fitei, reprimindo a minha vontade que era de me jogar nos seus braços e colar a sua boca na minha, mas tudo o que eu fiz foi respirar fundo e esperar a minha mente voltar ao lugar.

- Jones, Ethan foi para o hospital com a Joana e ele pediu para que você recolhesse as coisas dele e levasse o carro dele... – falei tudo de uma vez. E esperei...

- Ok! – e foi só isso que ele respondeu, me deu as costas e saiu.

É impressão minha ou desde o acontecimento ele está me ignorando? A minha vontade a principio foi perguntar, mas depois dei de ombros e deixei pra lá. Saí da academia e me deparei com mais uma questão absurda: "Como é o caminho de volta para casa?" Não, eu nunca havia ido naquele lugar e por cima eu era nova naquela cidade, ainda não a desbravei! Corri meus olhos pela rua em busca de algum ponto de táxi ou ônibus, mas nada.

Bufei e em seguida revirei os olhos, olhei para o lado do estacionamento que estava quase vazio e me pus a caminhar. Após ter caminho algumas quadras o meu tornozelo, que ainda não havia sarado começou a doer quando pisava no chão e para piorar eu não tinha ideia para onde eu estava indo.

Chegou uma hora que a minha vontade era de chorar de dor e por eu ser tão burra, já que não havia me lembrado do celular. Parei de andar de súbito e cacei o meu celular dentro da bolsa, assim que o achei apertei a tecla do desbloqueio e fui direto para os contatos, estava quase discando quando olhei para as horas e aí eu notei que não havia sinal de rede.

-Ótimo! – rosnei entre dentes, puta da cara! Com o maior ódio do mundo, joguei o celular de volta na bolsa e voltei a caminhar apesar dos protestos do meu tornozelo. Estava me amaldiçoando por não ter pedido carona para o Jones, apesar de ele estar de "cara" comigo acho que ele não iria me recusar uma carona.

Olhei para frente e notei um ponto de ônibus, apressei os passos e assim que cheguei um ônibus passou por mim, olhei para trás e havia outro vindo fui para a beira da calçada e fiz sinal, mas o ônibus não parou. FDP! Mas um carro parou e deslizou o vidro do carona e aí eu percebi ser o Jones, esperei que ele dissesse algo antes de me atirar naquele carro e poder respirar aliviada.

- Quer uma carona? – ele perguntou elevando a voz para que eu ouvisse. Apenas assenti com a cabeça não acreditando no que ele estava falando, na verdade eu não sabia se era verdade ou mentira... – Entra Froncks! – ele disse após um carro buzinar atrás dele, e aí eu acordei. Andei até a porta do carro e entrei, Jones acelerou e se introduziu no fluxo de carros, passei o sinto pelo meu tronco e respirei fundo.

- Para qual hospital eles foram? – ele perguntou me despertando do meu transe.

- Não sei... – sussurrei, fitando-o e notando a sua concentração na estrada assim como a velocidade que ele mantinha.

- Ligue para Ethan e peça, ok? – assenti com a cabeça e cacei o meu celular e aí eu me lembrei de que não sabia o numero dele.

– Uhm... Eu não tenho o número dele... – falei entrelaçando os meus dedos sobre o meu colo.

- Uhm... – ele fez um barulho com a boca, e tirou o celular do bolso da calça jeans e me entregou. – Pode ligar...

- OK! – abri a agenda de contatos e uma coisa me surpreendeu, eu esperava encontrar milhares de números de mulheres ou biscates, mas o que eu mais achei foram números de homens. Será que ele é...? Não, isso não! Sai dos meus devaneios e achei o número de Ethan, chamou uma vez, duas vezes e na terceira ele atendeu.