End Of The Day

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Sou acordado com alguns raios de sol batendo no meu rosto, reclamo baixo e viro para o outro lado abrindo meus olhos lentamente, vejo Gabriel me encarando, revirei os olhos dei um leve suspiro chegando para trás, ele sorri e se deita ao meu lado se ajeitando. Olho para ele que me olha também com uma expressão alegre, mas ele não estava sorrindo, levo minhas mãos até suas bochechas e aperto, ele faz uma careta e tira minhas mãos de suas bochechas.

- Você tem que levantar - Ele afirma me olhando e eu suspiro alto - Ele não vai fazer nada se você não levantar - Murmura olhando pra baixo.

- É, eu sei - Me levantei rápido passando por cima de Gabriel, ando até meu guarda roupa pegando a primeira camisa que eu vi.

Ando lentamente até o banheiro fechando a porta, pego minha calça moletom que estava encima do cesto de roupa, coloco a mesma e começo a fazer minhas higienes matinais. Saio do banheiro e vejo Gabe dormindo tranquilamente, dou um sorriso de lado e ando até a cama cobrindo ele. Como hoje a gente não vai fazer nada importante eu vou deixar ele dormir mais um pouco, porque queria eu dormir até tarde, tenho saudades de dias assim.

Saio do quarto e vou em direção as escadas, vou descendo olhando os portas retratos, Eles parecem tão felizes, penso comigo mesmo. Eles estavam felizes, porque não sabiam o que ia acontecer no futuro, não sabiam que algo ruim iria separar a família tão feliz das fotos. Desci o último degrau me virando para a sala de estar, vejo meu pai sentado na poltrona dele vendo algum programa de culinária, como se nada e nem ninguém precisasse dá sua atenção, revirei os olhos e e balancei a cabeça lentamente em sinal de negação, ando até a cozinha e apoio minhas mãos na pia.

Sinceramente até quando ele vai ficar nisso? Parece que ele não quer melhorar, eu que tenho que ser o adulto dessa maldita casa desde quando ela se foi...
Pego a massa de panqueca no armário e coloco em cima dá pia, pego o resto dos ingredientes e começo a fazer as panquecas, tentando ao máximo não sujar muita coisa.

Isso era tão injusto, eu tinha que fazer tudo, porque aquele babaca do meu pai não fazia nada, sei que ele é meu pai e não devia xingar ele, mas porra, ele tinha que superar, ela morreu, Eu superei, o Gabe superou, qual era o problema dele?
E pra piorar minha situação tinha os vizinhos, meu deus, ninguém merece, sempre que aqueles caras tinham uma chance de colocar músicas de rock, tipo: AC/DC, Aerosmith, The Rollins stones, entre outros; Eles colocavam aquela merda no máximo, ninguém merece.
Eu nunca fui lá reclamar, Gabe sempre me impedia e falava para aproveitar a música, então eu não ia, mas queria, queria e muito, e se algum dia eu tiver muito puto, nem deus me segura. E meu pai nem para fazer algo, mas não era de se admirar isso dele.

Término de fazer as panquecas e coloco no prato, pego o mesmo e coloco encima dá meda dá sala de jantar, vejo Gabriel parado na porta esfregando seus olhos com as mãos, dou um sorriso e ele anda até a cadeira e se senta com uma expressão de sono, coloco duas panquecas em seu prato e ele começa a comer lentamente - As vezes eu me sentia o pai dele, sempre fazendo as coisas pra ele, e principalmente, cuidando Dele.
Me sento na cadeira ao seu lado e começo a comer também, não ia chamar meu pai, quando ele sentisse fome ele viria, e mesmo que eu chamasse ele ia fingir que não ouviu.

-X-

Já eram quase seis e meia dá tarde e eu estava trancado no meu quarto jogando vídeo game com a Charlie, e ela estava ganhando, o que me deixou um pouco irritado demais.
Ela sempre ganhava, sempre, e mesmo eu treinando ela ganhava - Já chamei ela aqui em casa para saber se ela estava roubando ou algo do tipo, mas na real, ela era realmente muito boa. Por mais que Miguel falasse que ela usava códigos para ganhar, claro que ela sempre discordava e jogava aquele olhar mortal para cima de Miguel.

Everything Has Changed {Destiel}Onde histórias criam vida. Descubra agora