Capítulo 8 - A Fortaleza

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           A tensão estava no limite, em ambas equipes. Na InChain, Diego, Gabriele, Julius, Karen e Francine adentravam o subsolo, rumo ao desconhecido. Não sabiam o que esperar, nem se voltariam dali. Era uma missão de risco, quase suicida. No hospital, Pedro, Marcela, Rodrigo e Roberta pareciam ter chegado a um beco sem saída e estavam encurralados. Ainda que estivesse em segurança no mercado, Helena pouco poderia ajudar.

          Julius desceu as escadas primeiro, pois conhecia parte da empresa, e foi seguido pelos demais. Não parecia surpreso com a estrutura abaixo do solo estar pouco danificada. Sabia que os andares subterrâneos foram construídos para suportar um ataque nuclear. Já o prédio acima da terra não existia mais. O primeiro e o segundo andares abaixo da terra eram de armazenamento de materiais. Em seguida, começavam os laboratórios. Julius não conhecia todos os laboratórios, pois suas credenciais só o habilitavam a descer para o seu andar, para o refeitório e aos alojamentos para descanso.

          - Com cuidado pessoal, e em silêncio. Não sabemos o que pode haver aqui embaixo. - disse Diego.

          - Por enquanto sei aonde estamos indo, Diego. Mas daqui a pouco, será novidade para mim também. Além disso, veremos se conseguirei passar dos andares que eram restritos. - falou Julius.

          O prédio subterrâneo possuía dois elevadores centrais que desciam até o ultimo andar. Porém estes elevadores estavam desligados, o que significava que teriam que descer para os próximos andares pelas escadas externas que serpenteavam a estrutura da instalação. A luminosidade era quase zero, então tiveram que utilizar as lanternas e celulares que tinham consigo para iluminar o caminho. Quanto mais desciam, mais sombrio o local ia parecendo. Sons estranhos por vezes chegavam até eles. Julius dizia que poderia ser o ranger da própria instalação, sofrendo com alguma rachadura que possa ter ocorrido devido ao impacto da bomba. Outras vezes dizia ser os canos de água que estavam fazendo barulho. O certo é que a descida pela escada de um andar para o outro parecia com Racoon City, do filme Resident Evil.

          Chegaram a uma porta prateada a qual Julius nunca havia entrado.

          - Este andar eu não conheço. Não sei o que pode haver atrás desta porta. Portanto, tenhamos cuidado. Pessoal, me ajudem a abri-la.

          A porta parecia emperrada, mas não estava trancada. Com a ajuda de todos, conseguiram abrir uma pequena fresta, a qual lhes permitiu tentar enxergar o que havia lá dentro. Provavelmente outro laboratório, mas o que estaria guardado ali dentro? Era o que estavam prestes a descobrir.

          No outro lado da cidade, presos dentro da área de manutenção do hospital, Pedro, Marcela, Roberta e Rodrigo traziam dois tonéis de combustível de dentro da sala para a área externa.

          - Como sairemos daqui? - perguntou Marcela.

          - Faremos o seguinte. Precisamos do combustível, mas não temos como voltar com os tonéis pelo corredor do hospital. A porta de saída para a rua está fechada. Teremos que derrubá-la.

          - E como faremos isso? - questionou Roberta.

          - Quantos tonéis estão guardados na sala? - perguntou Pedro.

          - Quatro tonéis. - respondeu Rodrigo.

          - Certo. Levaremos dois tonéis. Um terceiro, colocaremos encostado no portão de saída para a rua. Nos esconderemos atrás daquelas pilhas de madeira. Então, darei um tiro no tonel, ele explodirá e derrubará o portão. Em seguida, sairemos com os tonéis. - disse Pedro.

Apocalipse Z: Zona de quarentenaOnde histórias criam vida. Descubra agora