Capítulo 6 - Equipando o Grupo

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          No dia seguinte, Julius montou uma planta do que conhecia ser a InChain. Orientou que não era interessante que todos fossem, pois possivelmente encontrariam com a milícia que guardava o local.

          Marcela entrou em contato com o grupo que estava no shopping próximo à prefeitura, para saber notícias daquela parte da cidade.

          - Olá, aqui é a Marcela. Quem fala do outro lado, câmbio.

          - Olá, Marcela. Aqui é o Bolzan. Câmbio.

          - Bolzan, queremos saber como estão as coisas por aí.

          - Continuamos dentro da área do shopping. As grades nos mantém afastados dos zumbis, mas como nos movimentamos pelo estacionamento, eles já perceberam e a cada dia se aglomeram mais e mais nos portões. Como estamos isolados aqui, não sabemos do restante da cidade. E vocês, o que contam de novidades, câmbio.

          - Descobrimos que a explosão ocorreu na InChain. E que um vírus foi solto no ar no mesmo dia da explosão. Assim, achamos que os zumbis tem a ver com o vírus, mas não sabemos como as pessoas começaram a se transformar. Câmbio.

          - Como descobriram isso? Câmbio.

          - Não há tempo para explicar. Vamos mandar uma equipe até a InChain para tentar entender o que está acontecendo. Quer ajudar? Câmbio.

          - Não sei como faremos para sair daqui. Está complicado. Mas boa sorte. Câmbio e desligo.

          Bolzan não deu abertura para ajudar a equipe. Isso significava que estariam sozinhos. Não sabiam da existência de pessoas em outras partes da cidade. Mesmo assim, precisavam agir.

          Diego formou o grupo que acompanharia Julius até a InChain. Gabriele também se voluntariou para a busca. Completaram a equipe Marcela, Karen e Pedro. Os demais, ajudariam na procura por objetos que servissem como arma. Julius organizou a estratégia enquanto Rodrigo, Helena, Roberta e Francine saíram à rua para ver o que encontravam.

          Subiram a rua Uruguai chegando à Praça Tamandaré, onde encontraram com diversos mortos-vivos andando de um lado para o outro. Precisavam atravessá-la, pois o objetivo era chegar até uma escola que tinha como nome a referência a um médico e político passofundense. Cuidadosamente, foram se esgueirando pelas árvores que margeavam as ruas, por vezes escondendo-se atrás de algum carro destruído. Os zumbis estavam por toda a parte, pela grama, calçadas, no parquinho de brinquedos. Roberta e Francine correram para a Igreja Matriz, entrando rapidamente pela porta. Ela estava destruída e sem o teto. A torre lateral havia sido danificada com a explosão. Dentro havia muitos tijolos e madeiras retorcidas com o desabamento do teto. Os vitrais estouraram com a rajada de vento. Não restara muita coisa, mas a fachada ainda estava de pé. Acharam difícil encontrar qualquer coisa útil que pudesse ser utilizada como arma.

          Rodrigo e Helena seguiram a rua, tentando não fazer barulho para não chamar a atenção dos zumbis. Margearam a praça, passando por algumas árvores caídas, até chegarem à Rua Marcelino Ramos. Lá, desceram correndo até a Rua Paissandú. Roberta e Francine saíram da Igreja em direção à escola, mas não sem atraírem a atenção dos zumbis, quando Francine tropeçou e foi ao chão. Ela soltou um grito, que mais foi um reflexo do ato de ter caído, mas foi suficiente para chamar a atenção das criaturas. Com isso, começaram a correr, sendo perseguidos pelos zumbis que estavam mais perto. Chegaram à esquina e desceram pela rua Paissandú, onde estavam Rodrigo e Helena. Estes as avistaram e, vendo que estavam sendo perseguidas, subiram as escadas da escola e pularam a grade. Aguardaram que Roberta e Francine chegassem e conseguiram, por pouco, puxá-las para dentro da escola. Os zumbis chegaram correndo em seguida, amontoando-se no portão. Faziam barulhos de grunhidos, tentando arrebentar a grade que estava fechada com um cadeado.

Apocalipse Z: Zona de quarentenaOnde histórias criam vida. Descubra agora