Capítulo 4 - Missão de reconhecimento

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O Grupo se organizou com a intenção de descobrir o que estava acontecendo na cidade. O que causou a explosão e o porquê. Preferiram se dividir em duas equipes, ficando no mercado Caroline, Helena e Karen.

          Após a formação dos grupos, decidiram qual seria o planejamento que cada um seguiria. Haviam dois itinerários: um tentaria chegar até o Shopping que ficava do outro lado da cidade, próximo à prefeitura. Era um local de grande movimento e que também poderia fornecer provisões. Logo, era possível que outras pessoas estivessem lá. O Outro grupo tentaria chegar ao Quartel General da Polícia Militar. Ficava na avenida que levava até o Estádio de futebol. Precisavam saber se haviam militares sobreviventes que pudessem restaurar a ordem.

          Gabriele e os demais saíram pela porta lateral e logo foram em busca de algum carro que pudesse os levar onde precisavam. No entanto, após uma semana enclausurados, seria difícil encontrar um veículo que não estivesse sem bateria. Decidiram que seguiriam a pé até onde conseguissem.

          Enquanto uma equipe desceu pela avenida Sete de Setembro em direção à outra avenida, a Presidente Vargas, Rodrigo e seu grupo chegaram à Avenida Brasil, e por ali começaram a se deslocar em direção ao Shopping próximo à Prefeitura. Ambas as ruas estavam cheias de destroços. Carros, ônibus, árvores, se misturavam à pessoas mortas nas calçadas. Tudo destruído devido à explosão. O mau cheiro dos corpos tomava conta do ambiente e o uso de máscaras se fazia necessário. Então, Gabriele e seu grupo foram até uma farmácia e lá conseguiram as máscaras. Curiosamente, a cidade estava silenciosa. Nem mesmo pássaros ou urubus vinham pedir a carne dos mortos.

          Cruzando pela cidade, Diego, Gabriele e Camila chegaram ao parque próximo à antiga estação de trem. Ali, encontraram um grupo de pessoas parecidas com as que ficaram em frente à porta do mercado. Esconderam-se atrás de um carro e ficaram a observar. Como fariam para passar por eles? Precisavam ser silenciosos e esgueirar-se para conseguirem atravessar o parque. Lentamente, foram passando de um carro a outro ao mesmo tempo em que olhavam aquelas pessoas catatônicas.

          Na Avenida Brasil, Rodrigo, Pedro e Marcela andavam despreocupados em meio aos destroços, visto que olhando-se ao longe, nenhum movimento era percebido. Tinham um longo caminho até o shopping, mas naquele momento, não havia pressa. Também perceberam o cheiro dos corpos que jaziam dentro de carros, ônibus e nas calçadas. No entanto, seguiram em frente. À medida que avançavam, perceberam um grupo de pessoas reunidas em uma praça onde haviam bancas de camelôs. O comércio, por ser mais frágil que os prédios, estava semidestruído devido à onda de calor proveniente da explosão. Olharam sem muita atenção para o grupo e com isso, Pedro acabou tropeçando em um saco contendo latas, acabando por espalhá-las pelo chão. Isso chamou a atenção do grupo para eles.

          Lentamente, as pessoas começaram a ir em direção aos três. Estavam sujas, com roupas rasgadas e algumas ensanguentadas.

          - Pessoal, olha isso, eles estão vindo em nossa direção. - falou Marcela.

          - Sim, vamos andando, apressem o passo. - falou Rodrigo.

          À medida que desciam a avenida, aquelas pessoas estranhas os seguiam. Resolveram, então, correr. Depois de duas quadras, olharam para trás, pensando terem despistado o grupo, porém, eles continuavam vindo em sua direção, também correndo.

          - O que faremos? - gritou Marcela.

          - Continua correndo. - respondeu Pedro.

          - Mas para onde vamos? - questionou Marcela.

          - Por aqui, vamos entrar nessa loja de materiais. - falou Rodrigo.

Apocalipse Z: Zona de quarentenaOnde histórias criam vida. Descubra agora